segunda-feira, 25 de abril de 2016

O Animal Que Em Sua Pele Habita

O Animal Que Em Sua Pele Habita

Ele a olhava com ternura e devoção
Mas ainda assim desejava-lhe tocar em sua pele alva
Em pensamento já a possuiu de leve

Dizia-lhe sentimentalidades, quando na verdade
A luxúria era a sua melhor amiga
A libido era a casa que o abriga

Tratava a sua nudez como uma prece
Quando juntos o ardor era sentido
O contato dos lábios é sempre ardido

Quando sua mão tocava o corpo dela
Ela se perdia no mais doce desejo
A alma abandonava o corpo tal qual num despejo

Espreme o corpo dela contra a parede
Mordida no lábio, arrepio na nuca
Segura seus braços, funde-lhe a cuca

Ela arranhava suas costas como quem afia as garras
Corpos suados numa noite fria de inverno
Corações aquecidos por um calor interno

O rubror das buchechas dela demonstram sua alegria
Ela o aperta entre suas coxas
Tomando-a de frente, de lado e de costas

Usavam seus corpos em busca do prazer final
Já não se importa com o que limita
Só queria ser o animal que em sua pele habita

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