sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz 2017

Feliz 2017

Gosto do fenômeno de renovação das esperanças que toma conta de todos com a passagem de ano, acho maravilhoso poder desejar tudo de melhor pras pessoas que eu já desejo o ano inteiro e durante a vida inteira delas, desde que eu passei as conhecer. Gosto da festa, gosto da alegria restauradora, aprecio as companhias, me divirto com as coisas simples.
Percebo que existe sim, um recarregamento das baterias, que as energias são reavivadas e principalmente, que tudo o que a gente deixou pra trás no ano que se encerra, será realmente posto pra debaixo do tapete, abrindo espaço para novas buscas, sonhos, anseios, desejos e fantasias. 2016 foi um ano de superação, de alegrias, algumas tristezas, mas de sempre me manter seguindo em frente.
Que 2016 fique com as derrotas, com os dissabores, com as reclamações, com as dores, com as lamentações, com as desculpas, com as perdas, com as tragédias, com as desilusões, com as mágoas, com as mortes impensadas, com as guerras, com a fome, com as desilusões e com as ilusões. Que seu 2017 seja de vitórias, alegrias, muitas risadas, sorrisos, amores, diversões, comemorações, conquistas, saúde, paz, amizades sinceras, bons drinks, dinheiro, felicidade, sexo do bom, gente legal em sua vida, paz no coração, um bom emprego, reconhecimento na vida, muito beijo na boca, abraços acolhedores e família reunida e feliz. Que esse novo ciclo que se inicia, sirva para você saber centrar seus esforços em ser feliz, buscando fazer sempre o bem, deixando de lado os vícios do passado e visando uma vida melhor, não só pra você, mas pra todos que estão em seu coração.
Engraçado, que não estou aqui querendo que nosso ano de 2017 seja melhor pra nós, não, nem é por aí, quero que nós sejamos pessoas melhores em 2017. Quero que nós possamos ser pontos distintos do caminho que a humanidade está levando. Hoje, a humanidade caminha pro descaminho, se perde pelas suas ideias tortas, não visa mais o bem coletivo, é cada vez mais individualista e sem compaixão ou coração. Por isso, não quero que você tenha um 2017 melhor. Não, isso é muito pouco pro que eu te desejo. Quero que você faça um você melhor em 2017.
Sim, quero que você seja ainda melhor do que você no ano que vem. Que você possa ser ainda mais! Ser mais feliz, mais humano, mais alegre, mais sincero, mais amigo, mais amoroso, mais dedicado, mais trabalhador, mais acolhedor, mais apaixonado, mais vivaz, mais saudável, mais criativo, mais disposto, mais voraz com a vida, mais viajado, mais culto, mais religioso, mais sexy, mais bonito, mais inteligente, mais verdadeiro, mais você, mais humanitário, mais jovial, mais participativo, mais família, mais coração aberto...
O mundo anda precisando muito que a gente se doe mais, que a gente se arrisque mais, que a gente faça mais pelos outros, que você seja mais positivo, seja capaz de agregar mais valor à sua vida, agregar mais pessoas boas a sua volta, que te tragam mais prazer em viver, mais prazer em ser feliz. Sendo sincero, a verdade é que não adianta de nada a gente querer um ano novo melhor se não formos melhores, não adianta de nada desejar um ano novo diferente, se nós seremos iguais.
Todas as manhãs eu desejo que as pessoas tenham e façam um excelente dia, não seria diferente com o próximo ano. Então, que vocês tenham e façam um excelente 2017, que vocês sejam tudo o que vocês quiserem, mas que dessa forma, vocês possam fazer do mundo um lugar melhor, que ao vocês serem melhores, vocês inspirem a mim, para que eu busque ser melhor também, mas não só isso, que vocês inspirem o mundo a ser um lugar melhor.
Estamos precisando de bons exemplos, de pessoas que sejam melhores, que nos inspirem, que nos façam querer ser melhores, que nos façam buscar ser melhores, que nos façam ver que podemos ser melhores, precisamos de pessoas mais educadas, mais amorosas, mais acolhedoras, mas acima de tudo, precisamos de pessoas mais humanas.
Então, desejo que pro ano que vem, a partir do 00:00 do dia primeiro de janeiro de 2017, você seja mais humano, você seja mais exemplo pra mim, seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo, que você mude, evolua, cresça, seja mais alegre, brinque mais, saiba lutar pelas causas certas, seja a cada dia uma melhor companhia, que você se apaixone pela vida todos os dias, que você faça do mundo um lugar melhor, que você mude o mundo com o seu sorriso, suas ideias e o seu abraço.
Que em 2017 você seja muito mais, muito melhor, você possa fazer mais, seja mais solidário, tenha mais amor pelo mundo, possa doar mais amor ao mundo, doar mais do seu tempo a quem precisa, fazer mais o bem, estar mais em sintonia com o bem, fazer mais o bem, ser mais, ser melhor, se aperfeiçoar, não para ganhar mais dinheiro ou ter mais posses, mas sim para fazer mais amigos, ser mais amoroso, receber mais amor. Tente coisas novas, faça coisas novas, seja mais criativo, faça algo que você nunca fez, seja diferente do que você já foi. Evolua!
Assim, desejo a todos os meus amigos, leitores, colaboradores e por fim, familiares, um 2017 em que você seja diferente, você faça a diferença, você seja aquele que mude o seu mundo, que inspire o meu mundo, que faça com que eu acredite em um mundo melhor, pois você está nele. 2016 foi um ano complicado, difícil, chato até, mas saiba, o Sol vai brilhar mais amanhã e assim será, por todos os dias daqui pra frente, tenha certeza, então, brilhe você também, cada dia mais. Desejo que todo o amor do mundo esteja em sua vida no ano que se inicia e com esse amor você possa gerar ainda mais amor pro mundo e assim a gente acabe criando uma corrente do bem, para que a gente faça em 2017 um mundo melhor.





sábado, 24 de dezembro de 2016

Mensagem de Natal 2016

Mensagem de Natal 2016

Se perguntar o que é o Natal para mim, eu vou responder que é o momento em que a gente esquece os problemas, esquece as diferenças, esquece os sofrimentos, esquece as brigas, esquece o que nos faz mal e se obriga a ser feliz. Minha família não é nem um pouco tradicional, não temos aquela coisa de pedir bênção aos mais velhos, ou então de ter que pedir licença para sair da mesa ou qualquer dessas coisas bem tradicionais, mas uma coisa sempre funcionou como tradição aqui, o Natal.
Natal aqui sempre foi sinônimo de esquecer os problemas, esquecer as dores, esquecer os desentendimentos, esquecer as brigas, esquecer tudo de ruim que vivenciamos no ano e focar em alegria, diversão, união, paz, saúde, prosperidade, renovação, família... Aliás, a minha família é sinônimo de Natal para mim, pois é sempre com eles com quem eu passo. Faça chuva ou faça sol, estejamos morando perto ou longe, estejamos no amor ou não, é com eles com quem eu conto.
Minha vivência de Natal é sempre muito se deve muito a eles. Meus pais sempre fizeram questão de nos fazer acreditar em Papai Noel, mesmo, embora eu tenha perdido a crença no Bom Velhinho quando eu tinha quatro anos, quando os entregadores da Mesbla (sim, sou velho) chegaram lá em casa entregando o meu presente e o dos meus irmãos, contudo, ainda assim, a minha fé no Natal nunca foi abalada, pois eu sabia que ao menos, durante o Natal, todo o mal e toda a dor dos nossos mundos nos eram afastadas, pois nós estávamos todos juntos.
Algumas tradições do nosso Natal são mantidas até hoje, como por exemplo, distribuir os presentes logo após o badalar da meia noite. A ceia é feita com todos juntos, e a comidaria é grande, mas a família é grande também, tanto em número quanto em tamanho, então, você pode ter certeza que sobrar comida não sobra. Temos também a tradição de fazermos uma oração para agradecermos. Minha família é muito sincrética, cada um acredita em alguma coisa, alguns são católicos, alguns evangélicos, outros espíritas, outros de matrizes africanas, mas no fundo, todos somos de Deus e temos sempre o que agradecer em mais um ano.
Geralmente, a gente se reúne na casa de um dos membros da família e geral se diverte, brinca, canta, dança, ri, se emociona, mas o que nunca pode faltar em nosso Natal é nossa união. Minha família acaba sempre sendo ainda mais unida quando estamos nessa época do ano, o calor do verão nem se compara ao calor humano que emanamos, seríamos capazes de gerar energia para iluminar o mundo inteiro, de tão acolhedores que somos nessa época do ano.
Uma das certezas que tenho quanto ao Natal na minha família, é que ninguém fica pra baixo nos nosso Natais, sempre pegamos uma energia boa, uns dos outros, e acabamos curtindo a festa, curtindo o momento, interagindo, entrando mais no clima de Natal, ficando mais felizes. A gente se deixa contagiar por todos os nossos entes queridos, vendo a felicidade de cada um a gente acaba se fazendo muito feliz, se tornando muito mais felizes do que realmente somos, pois para nós é isso o que significa o Natal para nós, é ver a felicidade de quem nos quer bem e ficar ainda mais feliz por ver que o outro está feliz.
Muita gente deseja paz, amor, saúde, sucesso... Eu desejo que você possa ter momentos em família como eu tenho com a minha. Que você possa se sentir acolhido mesmo após a maior besteira que você possa fazer em sua vida, que você esteja com pessoas que sempre vão te apoiar, te querer bem, te desejar o melhor, se alegrar com as suas vitórias, te levantar nas suas derrotas, que te perdoam por suas falhas, mesmo que você não peça, que te enalteçam quando você esqueça o seu real valor e que saibam te fazer se sentir amado, independentemente dos seus méritos ou deméritos, que vão estar com você aonde você for.
Minha família me ensinou o verdadeiro sentido do Natal, não são os presentes, as comidas, as tradições, as roupas bonitas, as festas, as bebidas, a diversão... O verdadeiro sentido do Natal é a união e paz que nos traz ficar cercado de quem a gente ama, é o amor que a gente faz crescer cada dia mais em que nos reunimos, é estarmos em paz com nós mesmos e com aqueles que nos cercam, por eles estarem com a gente.
Natal para mim é tempo de estar com quem se ama, de agradecer por ter essas pessoas em minha vida, de agradecer pelos momentos vividos, podem ser as dores, as delícias, as alegrias, as tristezas, tudo com eles é melhor de ser vivido. Natal é tempo de paz, mas paz na minha família tem um significado diferente, não tem nada de onda zen, é confusão, falatório, voz alta, barulheira, mas a nossa paz é com alegria, com diversão, com risadas, com bons momentos para se recordar.
Então, eu sou um privilegiado, por vivenciar um Natal dessa forma, sei que muitas pessoas acabam com rancor no coração e nesses momentos de festas, se ressente de familiares, amigos e afins, já eu não. Abri mão dessas vaidades, acho que tudo nessa vida passa, até mesmo nós, portanto, não tenho porquê de ficar alimentando sentimentos ruins dentro de mim. Guardo o que é bom e agradável. Por isso, no Natal posso estar em família, com paz, amor, alegria e tantos sentimentos bons, pois sei que as coisas ruins que acontecem se vão quando chega o Natal.
Que em mais um aniversário de Cristo, nós todos possamos ser presenteados com paz, serenidade, alegria, saúde, diversão, amor, prosperidade, harmonia, leniência, sabedoria, irmandade, família e acima de tudo, Deus no coração. Que o nascimento de Cristo Jesus renove a nossa fé de que dias melhores virão, sempre. Agradeço a Deus por ter posto você em minha vida por mais um Natal! O único presente que posso querer é que você vivencie um Natal tão alegre e feliz quanto o meu, tão amoroso e afetuoso, tão divertido e acolhedor, tão especial e peculiar quanto o meu. Um beijo em seu coração e que você possa transmitir aos seus um pouco desse sentimento bom que te desejo e que o seu Natal realmente seja um...


Feliz Natal!!!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Exótico Em Prosa

Exótico Em Prosa

Sim, eu sou uma pessoa fora do comum, isso tudo já ficou bem claro nessas páginas já publicadas e mais ainda pra quem tem o prazer ou desprazer de conviver comigo mais intimamente. Sou capaz de me encantar com coisa fora do comum, como o senso de humor de uma pessoa, o seu jeito peculiar de ver o mundo, a sua forma de pensar que é fora da caixa, um tipo de humor mais ácido, uma forma diferente de ver o mundo, uma pessoa com um estilo mais peculiar... Coisas que não sejam comuns acabam me chamando a atenção.
Não sou de convenções, não curto essas coisas normais. Respeito quem o faça, mas eu realmente não sou desses, sou do que é diferente, do que é incomum, do que é exótico, de tudo aquilo que não é ordinário. Até por ser uma pessoa que gosta de escrever, gosta de criar um mundo em sua mente, que vive em um eterno estado de criação, eu acabo me apegando a pessoas que tenham certas capacidades criativas, que tendem também a contestar os convencionismos, a caretice e o conservadorismo de nossa sociedade.
Não sou nenhum revolucionário, lunático, maluco, rebelde ou coisa do tipo! Não, nada disso. Você e qualquer pessoa pode ter certeza disso. Sou um homem comum, que paga impostos, que trabalha, estuda, busca um mundo melhor para si e para os outros, mas que ao mesmo tempo, não consegue se encaixar nas imposições que a sociedade faz a mim. Sendo assim, acabo mesmo me agarrando a tudo que posso ter de fora do comum em minha vida.
Meu senso de humor é um pouco mais negro e mais ácido que o comum, meus gostos pessoais são um pouco diferentes do senso comum, não sou obrigado a nada nessa vida que não me seja imposto por força da lei, então, não me obrigo a gostar do que as pessoas acham que eu tenho que gostar, só porque elas julgam isso o certo e o comum. Por exemplo, por ser um homem negro, as pessoas acham que eu não posso ver uma loira que eu logo fico de quatro por ela, babando. Mas não é assim que a banda toca comigo. Eu amo a melanina, eu amo a morenice, amo um cabelo preto, uma pele com cor, com melanina, com um bronzeado, prefiro!
Não é uma coisa de que eu só goste das morenas, por favor, não me entenda mal, saio com mulheres loiras, brancas, albinas, sei lá... Não tenho preconceitos, mas não gosto também de coisas impostas, não acho legal essa coisa de que todo negão curte um loirinha. Preferi desde sempre em minha vida as morenas, acho muito mais interessantes, não tem um porquê, mas sempre foi assim, desde que eu me entendo por gente.
Além disso, as minhas preferências vão além, quando o assunto é comportamental. Não curto mulher submissa, mulher sem conteúdo então, muito menos, mulher dondoca e mulher que é dependente, passam longe do que me agrada. Eu gosto de mulher independente, que sabe se posicionar, que tenha bom papo, que fale palavrão, beba cerveja, goste de sair sozinha e que saiba o seu lugar no mundo. Mulher pra mim tem que saber se portar, mas não necessariamente precisa ser uma lady.
Não tenho essas frescuras de que a mulher tem que ser virgem, gosto de mulher que curta sexo. Não tenho problema com o passado da mulher, até porque eu também tenho um passado. Respeito amizade da mulher com outros homens, não curto ciúmes, pra mim isso é uma infantilidade sem tamanho. Acredito que as pessoas estão juntas porque querem, a partir do momento que não quiserem mais, vão simplesmente pegar e falar que não querem e pronto, não precisamos ficar paranoicos, olhando o celular da outra pessoa, fuçando o Facebook, para saber de cada pessoa que curte as fotos dela ou faz um comentário.
Eu gosto de mulheres sem mimimi, que não ficam remoendo uma coisa por anos. Pegou, falou o que a incomoda, perdoou, vamos em frente, não precisa guardar aquilo pra te atacar naquela discussão na madrugada quando ela te acorda pra falar que sonhou que você fez algo e volta naquele assunto, que teoricamente tinha sido superado.  Aliás, odeio DR! ODEIO!!! Acho uma das coisas mais inúteis que podem existir, até porque, um casal equilibrado acaba sendo de boa e aí, não discute a relação, simplesmente acaba conversando sobre aspectos em comum e pronto, não tem o lado ruim.
Eu gosto mesmo de coisas exóticas, mulheres que são tidas estranhas por uma grande maioria, em muitos casos me atraem, não me pego ao físico apenas, gosto de gente que me agrega, que me faz ter prazer pela companhia, que me faz rir até a barriga doer, que é companheira de copo, mas que sabe fazer um cafuné, não precisa ser daquelas mulheres todas chiques, mas tem que ter seu charme e sua elegância, que pode tomar uma caixa de cerveja e ainda assim ficar de boa comigo, não vira uma maníaca homicida... Gosto de coisas que geralmente outros caras não se sentem atraídos, apesar de gostar de bunda, coxa e peito, como qualquer cara normal, é claro, mas ainda assim, não acho que meus gostos sejam ordinários nesse quesito, pois apesar de gostar disso, o meu gosto é peculiar, para dizer o mínimo.
Não me vejo como uma pessoa estranha no mundo, acho apenas que sou realmente exótico, que eu tenho meus gostos e que eles são fora do comum, mas nem por isso eu acabo me tornando uma aberração ou um esquisito. Mesmo que a sociedade em muitas vezes se espante com os meus gostos, mas eu pouco me importo com tudo isso, pouco me ligo no que as pessoas têm a falar a meu respeito. Beirando os trinta e cinco anos de idade, depois de tantas idas e vindas com o meu bem-estar com a minha autoestima, como o meu jeito de ser, cheguei à conclusão de que estou numa fase boa, de me auto identificar de me olhar no espelho e saber exatamente quem eu sou, quem eu quero ser e quem eu já fui. Não me ligo mais com a opinião alheia, hoje o que conta é a minha e se o mundo me chama de peculiar, de exótico, de diferente, de original e sei mais lá o que, que assim seja.
Eu vim pra esse mundo destinado a ser eu. E serei eu, independente dos rótulos ou do que cada um escolhe achar que sabe ao meu respeito, ninguém mais sabe melhor do que eu quem eu sou, por conta disso, eu não me preocupo mais com ser chamado de esquisito ou de estranho, de exótico ou de anormal, posso ser tudo isso, de acordo com o ponto de vista de pessoas que vivem presas ao convencionismo da nossa sociedade, mas independentemente disso, eu estou interessado é em seguir a minha vida, sem precisar agradar a ninguém além de mim, em ser o que me agrada e se no meio do caminho eu agradar alguém com os mesmos princípios que eu, ótimo, mas se eu não achar também, estarei de boa, pois o que me importa sou eu. E eu, por incrível que possa parecer para muitos, mesmo fora da curva, estou muito bem.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Exótico

Exótico

Eu gosto do exótico
O bizarro me fascina
Tenho estima pelo estranho
O anormal me agrada
Não gosto do comum
Acho belo o diferente
O incomum me engalana
O ordinário me enoja

Gosto de tudo que é dito esquisito
Daquilo que causa espanto
Do que aos outros não agrada
A mim faz muito bem
Me encanta o que espanta
O que choca me enche os olhos
Me deleita o fora do senso comum
Eu amo o ponto fora da curva

Me é afrodisíaco o exótico
O bizarro mexe comigo
Me completa o estranho
O anormal me faz bem
Desprezo o comum
Me encanta o diferente
O incomum me apaixona
O ordinário eu desprezo

Não Me Tire A Paz

Não Me Tire A Paz

Não me tire a paz
Não me vem com guerra
Se não for de boa
Vê se me erra

Traga-me paz e tranquilidade
Traga-me amor e amizade
Eu quero equilíbrio e equidade
Traga pra mim a felicidade

Não me tire a paz
Não me vem com guerra
Se não for de boa
Vê se me erra

Não me tire a paz, seja eficaz
Eu sou perspicaz, mas um pobre rapaz
Não me tire a paz, não me vem com grito
Porque eu não quero mais aturar conflito

Não me tire a paz
Não me vem com guerra
Se não for de boa
Vê se me erra

Não me vem com guerra, porque cê não me erra
Você só me ferra e joga tudo por terra
Não faça mal ao meu coração
Peço pra você só compreensão

Não me tire a paz
Não me vem com guerra
Se não for de boa
Vê se me erra

Me venha de boa, não me venha à toa
Pois o tempo voa e a gente enjoa
O canto a gente entoa e o amor não vem
Se não for de boa, é porque não convém

Não me tire a paz
Não me vem com guerra
Se não for de boa
Vê se me erra

Não me tire a paz, não é nada demais
Deixe tudo pra trás, aceite o que o mundo te traz
Não tenhamos o mas, só quero certezas
Nada pesa mais, só há leveza

Não me tire a paz
Não me vem com guerra
Se não for de boa
Vê se me erra

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Quando Amo, É Pra Valer

Quando Amo, É Pra Valer

Eu sou um cara sincero, por isso mesmo, fica fácil para mim admitir certas limitações minhas. Tenho várias, algumas leves, algumas mais graves, contudo, nenhuma delas se compara a minha limitação em me apaixonar. E não falo da paixão como combustível para te mover em relação a algum objetivo ou prazer mundano, mas sim a paixão de homem e mulher, a paixão romântica, aquela paixão avassaladora, aquela de história de cinema, de romances e afins. Eu tenho um problema sério com isso, pois não consigo ter aquele interesse irracional por uma pessoa, sabe aquela coisa de mesmo com tudo diferente, veio meio de repente uma vontade de se ver? Pois bem, pra mim isso não rola. Eu não tenho essa empatia irracional pelas pessoas, pra mim tem que ter aquela coisa de interesses mútuos, ter hobbies em comum, de gostar das mesmas coisas e aí, por conta das similaridades, acabar se envolvendo, nascendo um interesse pela outra pessoa.
Pra quem tem o costume de ler esse meu blog, já deve saber que eu sou pragmático, que as coisas comigo funcionam de uma forma diferente, não sigo os modelos básicos de comportamento e nem as opiniões alheias, sendo assim, não consigo me envolver com alguém sem ter um envolvimento prévio, um conhecimento prévio de quem é a pessoa e um convívio prévio, também. Parece loucura isso, mas para eu me interessar por alguém, preciso desenvolver um nível de empatia, uma certa amizade. Não dá para chegar do nada, conhecer a pessoa hoje e já achar que é a mulher da minha vida. Tem gente que consegue isso, mas pra mim não funciona assim. Eu não tenho isso, nunca fui de sair com alguém que conheci numa night e me relacionar direto, mas se depois, conseguia sair com a pessoa mais vezes, via que a pessoa tinha algo pra me acrescer, aí eu já não via problema, porque tornei a pessoa alguém próximo, sendo leve a relação e algo bom de se ter, daí, não tinha porquê de não deixar rolar. Podemos dizer, que isso é uma forma de defesa, mas acho que é uma evolução na questão dos relacionamentos, pois não é algo superficial, ou só físico, é um encontro de mentes, de almas, é algo muito mais profundo e que pra mim vale mais a pena ser vivido, pois eu já terei uma base para alicerçar uma relação.
Eu acho relacionamento coisa séria, até que o relacionamento não seja sério, ainda assim, a relação entre as pessoas precisa ser séria, precisa, ter respeito, carinho, atenção, dedicação, sinceridade... Mesmo que para ser uma relação frívola ou sem maior envolvimento, pode ser apenas pegação ou sexo casual, mas precisa ter o básico: respeito, atenção e cuidado. Sem isso, você não consegue manter uma relação saudável ou um envolvimento minimamente prazeroso. Quer dizer, um relacionamento que vise meramente o prazer não dá importância para essas coisas, mas um que seja prazeroso, que valha a pena ser vivido, esse precisa mesmo desse pacote básico de respeito, atenção e cuidado. Não se pode fugir disso, até para você não ter um relacionamento, você precisa deles, para não ter um namoro, ser só uma ficada, ainda assim, você precisa entender que o outro merece que você haja de certa forma, para não terem problemas.
Minha forma de ver os relacionamentos foi se aprimorando com o tempo, cada vez mais e mais. Comigo, cada relação contou, cada uma delas me trouxe uma coisa boa, mesmo que seja, simplesmente, nunca mais fazer algo parecido. Sou do tipo de pessoa que valorizo as experiências vividas, valorizo o que passei, valorizo o que vivi, valorizo o aprendizado, valorizo o que tive com cada uma das mulheres que passaram pela minha vida. Nunca fui de cuspir no prato que comi, nem de falar mal da pessoa com quem me relacionei ou da relação em si. Até porque, eu creio que relacionamentos acabam, vão e vêm, mas o que se viveu a dois, não se apaga, mesmo que em muitos casos, algumas pessoas achem que tirar todas as coisas relacionadas ao casal das redes sociais vai apagar o que se viveu, porém, o certo é que não vai. Mesmo. Você vai carregar para sempre as coisas boas e ruins da relação, os bons e maus momentos, as boas e as más experiências, tudo isso vai estar intrinsecamente ligado a você, independentemente de você gostar ou não da ideia, mas essas experiências de relacionamentos que você teve, te deram a vivência e a maturidade para você vivenciar as suas futuras relações de uma forma melhor e mais plena.
Acontece, que hoje, para mim, o que importa é ter relações plenas, sinceras e diretas. Plenas, de forma que me deixam realizado e feliz de vivenciá-las, assim, não me trazem ônus penosos, sendo fácil de se vivenciar a relação e a mesma não nos traga temores ou dúvidas. Sinceras, pois apenas quando ambas as partes estão dizendo de forma verdadeira o que querem da relação, as partes podem decidir, de forma rápida e prática o que será dessa relação, afinal, as relações mudam, evoluem e por isso mesmo, só com muita sinceridade para se conseguir manter a relação. Diretas, pois precisam ser simplificadas, não dá pra você ficar achando que deve satisfação da relação para mil outras pessoas, não. Devemos satisfação só entre o casal, ninguém mais, não dá pra ficar se deixando levar pela opinião alheia ou ainda pelas informações de fora, o melhor da relação é quando ela é bem vivida a dois, quando os dois se bastam, quando pra felicidade do casal, qualquer programa a dois é suficiente para a sua satisfação. Não dá para achar que pessoas de fora terão mais capacidade que vocês para decidir o melhor para a relação, então, o desenvolvimento da relação só precisa ser feito em uma via, de mão dupla e não num sistema de ruas e avenidas mais desarranjado que o nosso sistema político.
Por isso mesmo, acredito que pra me apaixonar perdidamente sem conhecer o coração da pessoa, não rola. Eu preciso mesmo que a coisa venha num crescendo, que vá ter seu auge em um outro momento das nossas vidas, talvez num momento em que o aceitemos com mais facilidade que as pessoas não precisam se apaixonar para amarem a outra ou que a paixão não seja tão valorizada a ponto de se sobrepor ao amor. Eu acredito que a paixão burra é complicada, afinal, ela nos tira o eixo, nos faz cometer loucuras, nos leva a sermos menos abertos as possibilidades de que o amor maduro nos traz.
A paixão adolescente é legal, parece que nós vamos morrer por amor, que nada mais será capaz de nos fazer nos sentirmos inteiros novamente, somos melodramáticos, despreparados e pouco afeitos aos problemas que acarreta um amor juvenil. Contudo, eu já estou com trinta e quatro anos, não estou mais afim de rompantes, de alterações bruscas de sentimentos, de instabilidades emocionais... Como disse o poeta: “Eu quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida”. Eu quero isso, eu quero é algo maduro, quero viver algo que seja pra sempre, mas sem a ilusão de que todo amor é pra sempre, quero a certeza de que a pessoa vai se dedicar, vai dar o seu máximo, não quero que a pessoa saiba que é a mais bonita da sala e pode fazer o que quiser, quero que ela saiba que é a mais bonita da sala e ainda assim, escolha fazer o que me agrada.
Eu sou romântico, podemos dizer assim, mas é ao meu jeito. Não sou de falar que amo, mas sou capaz de mover mundos e fundos para agradar a pessoa, quero por sempre um sorriso em seu rosto, quero fazer ela sorrir, ser feliz, estar contente por estar comigo em sua vida, por me ver como alguém que lhe agrada... Mas acima de tudo, eu acredito no amor, naquela sensação de que foram feitos um para o outro, mas que não se acomodaram com isso, fizeram as coisas certas, tal qual um jogo de xadrez, onde a felicidade e o fim da relação travam um duelo imprevisível, mas que eu acredito sempre que o amor vai vencer. Então, eu posso ser incapaz de me apaixonar, mas quando eu amo, podes crer que é pra valer.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Esse Tal Do Amor

Esse Tal Do Amor

Me atacou como um vírus, esse tal do amor
Me deixando sem defesa, atacando minha imunidade
Me vi perdido, sem reação, sem atitude
Só conseguia me deixar levar, esse tal do amor

Me dava calafrios, esse tal do amor
Não era fome, sede ou frio, era algo mais
Me fazendo ficar envolvido, até mesmo debilitado
Já era o senhor de mim, esse tal do amor

Transformava prosa em poesia, esse tal do amor
Me mostrava a felicidade, deslumbrei a alegria
Essa doença não tinha cura, era quase uma loucura
Afinal, não tinha tratamento, esse tal de amor

Me pegou no contra-ataque, esse tal do amor
Me deu um xeque-mate, um tremendo despautério
Agindo na surdina, me deixando fora de mim
Quase me levando a loucura, esse tal do amor

Mudou meus paradigmas, esse tal do amor
Me levando a crer em coisas que eu não cria
Transformando o meu silêncio em melodia
Ai, mas como é bom, esse tal do amor

Eu nunca fui de acreditar que existia, esse tal do amor
Mas você mudou o que eu pensava sobre ele
Fez com que eu almejasse a bela paz
Que só quem o vive, sabe que traz, esse tal do amor

Me faz bem, me faz mal, esse tal do amor
Me apunhalou pelas costas, me pegou desatento
Tal qual um acalanto, me pôs num remanso
Foi assim me dominando, esse tal do amor

Me deixou totalmente sem rumo, esse tal do amor
Fazendo de mim refém, ou até mesmo cativo
Me deixando preso a isso ou aquilo
Acho até que vai acabar comigo, esse tal do amor

Mas é sentimento puro e verdadeiro, esse tal do amor
Daqueles que invade o peito e alma
Dando a calma intranquilidade
Nos levando a cometer bobagens, esse tal do amor

É relativamente boa companhia, esse tal do amor
Pode nos levar pra frente, bem como para trás
Nos faz agir como loucos e insanos
Age como um tirano, esse tal do amor

Afeito a mandar e desmandar, esse tal do amor
Brincando com tudo e com todos, ao seu bel prazer
Agindo, às veze de um modo leviano
Muitas vezes nos aprisionando, esse tal do amor

Como é perigoso, esse tal do amor
Nos mexe a cabeça e o coração em demasia
Aperta o peito, a garganta e traumatiza
Nos anestesia, esse tal do amor

Como é gostoso, esse tal do amor
Nos deixa perto da felicidade
Nos leva pra longe, nos faz viajar
Faz com que qualquer mal a gente esqueça, esse tal do amor

Como faz bem, esse tal do amor
Alegra a alma e o corpo
Reverbera por fora e por dentro
Como é barulhento, esse tal do amor

Me pegou de jeito, esse tal do amor
Me acertou, tal qual um sono em cheio no queixo
Batendo forte pra nocautear
Como é imprevisível, esse tal do amor

domingo, 11 de dezembro de 2016

O Sarrafo

O Sarrafo

É engraçado como que acabamos nos impondo certos padrões em nossas vidas e eles nos servem de referencial. Seja a profissão desejada, o estilo musical preferido, o tipo de filme que nos agrada, o beijo que nos tira o ar, o tipo de pessoa que nos toleramos, os amores que vivemos, as relações que temos, todas essas coisas acabam tendo um padrão básico de qualidade, que tudo que é abaixo dele, nós descartamos e o que é acima, nós aproveitamos, não tem jeito. A isso, eu chamo de sarrafo, exatamente igual nas competições de salto em altura ou com vara, onde um atleta impõe o seu limite mínimo e caso o ultrapasse, conquista a sua melhor marca pessoal ou de competição.
Certos padrões ou limites norteiam as nossas vidas, fazendo com que busquemos nossos objetivos para alcançá-los, outros simplesmente nos trazem uma seleção básica do que queremos, mas de qualquer forma, só colocamos o sarrafo em uma posição que conseguimos saltar. A forma mais comum de sarrafo é quando resolvemos nos relacionar de forma racional, independente de paixão, temos uma série de pré-requisitos, que nos fazem aceitar uma pessoa e não outra. Em alguns casos, o critério é objetivo, em outros é subjetivo, mas de qualquer forma, o sarrafo é colocado em uma posição que, mesmo com dificuldades, a gente consegue saltar, ou melhor, os pretensos interessados conseguem suplantar.
É aquilo, você impõe certos padrões mínimos que qualquer pessoa para estar com você precisará superar. E o curioso disso é que acaba sim, sendo uma competição entre as pessoas interessadas, onde você vai acabar ficando com aquela pessoa que transpôs o sarrafo na altura mais alta, ou aquele quer ao menos chegou mais rápido ao seu limite mínimo. É simples, você coloca o sarrafo com os critérios objetivos em uma determinada altura, quem salta passa adiante, e aí vem o sarrafo com os critérios subjetivos, que é mais alto, aí é uma seleção mais apurada. Então, vem o convívio como critério de posicionamento do sarrafo, quando você o coloca nessa posição, poucos são os pretendentes que são capazes de saltar e então, acaba que torna a escolha mais fácil, já que as opções de escolha são escassas, e com poucas opções, fica mais fácil a comparação e o poder de decisão.
O problema maior é quando uma pessoa ou relação acabam sendo o próprio referencial, se torna o próprio sarrafo. Isso acontece até meio que involuntariamente, mas aquela pessoa passa a ser o seu padrão, você vê que ela é a aquela que combina mais com você. Aí, vira uma questão de comparação, onde você compara tudo e todos com tudo aquilo que se refere a essa pessoa, entendeu? Então, você usa aquela pessoa como o seu próprio sarrafo. Em competições de saltos, certas pessoas só começam a competir quando o sarrafo já está em determinada altura, pois essa altura é o mínimo que essa pessoa consegue saltar, daí, não precisa competir nas alturas menores. Quando a pessoa ou relação é o próprio sarrafo, a competição se torna um pouco desleal, pois os outros pretendentes podem fazer o melhor delas, saltar o salto da vida deles, contudo, por pura comparação, eles não poderão saltar aquele sarrafo, ainda assim, eles ficarão longe do ideal que está personificado com aquela pessoa.
Daí, então, o seu referencial é outro, ele tem nome, sobrenome, endereço, CPF, cor, jeito de ser, cheiro, humor, gostos... É aquele ponto: tudo com essa pessoa é melhor, tudo com ela é mais fácil, tudo com ela é mais divertido, tudo com ela é mais tranquilo, as coisas se desenvolvem mais fácil, quando você está com outras pessoas, as coisas não são como são quando você está com a pessoa que é o seu sarrafo, que é o seu referencial. E você, sabendo de tudo isso, sabe que é quase impossível de alguém conseguir superar esse sarrafo, você sabe que a relação é melhor do jeito que é com essa pessoa que é o seu sarrafo, que ela é do jeito que te apetece, simplesmente porque ela supre as suas necessidades e expectativas de uma forma que mais ninguém consegue fazer.
Você enfrenta essa situação onde ninguém mais se encaixa no padrão, o beijo nunca é perfeito, o toque nunca é perfeito, o jeito, o humor, os gostos, as piadas, as implicâncias, a fala, os programas, o sexo, a forma de se portar, a forma de agir... No fim das contas, tudo isso pode até ser muito bom, excelente, mas não é perfeito, não é o que encaixa com você, não é aquele que te tira o fôlego, que te faz acordar todos os dias, que te faz pensar na pessoa o tempo todo, que te mostra o quanto você é feliz ao lado de uma outra pessoa, afinal, você não quer o bom, você não quer o muito bom, você não quer o ótimo, você não quer o excelente, você não quer se contentar, você quer tudo o que você precisa e merece, você quer a perfeição,  você quer o que te faz bem, o que te leva ao céu, te deixa sem chão, o que te faz sentir completo, vivo e cheio de disposição.
E esse seu referencial, esse seu sarrafo, vem de tudo o que você já viveu, de todas as experiências já vividas e experimentadas, de cada beijo que você já deu na sua vida, de cada transa, cada conversa, cada piada, cada toque, cada mensagem, cada conquista, cada perda... Tudo te traz até aqui, para você ter suas preferências, suas escolhas, e todas essas coisas são o que criam o seu sarrafo, que criam a sua forma de seleção, que fazem com que as pessoas sejam ou não adequadas a você. Sendo assim, hoje, vivo sob esse aspecto, pra mim, as minhas escolhas é que decidem se alguém combina ou não comigo, se serve ou não pra mim.
Hoje o meu sarrafo está posicionado em determinada altura e eu sei que em muitos casos, poucas pessoas conseguem chegar próximo de transpassá-lo, mesmo embora, sabendo que isso é o que acontece, eu não estou muito preocupado, estou mais preocupado em que a seleção seja bem feita, que eu não tenha problemas com a escolha, que quem passe por esse processo seletivo seja uma pessoa que se encaixe nos meus critérios, encaixe nos meus gostos, seja capaz de me agradar até com as suas coisas mais desagradáveis, que me faça ter a certeza de que a vida vale a pena com ela. Por isso mesmo, meu sarrafo é alto, mas confio de que não seja difícil para quem esteja interessada de pular.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Referencial

Referencial

Pra que não se arriscar, afinal?
Se eu sou seu referencial
E você é o meu

Se o seu sorriso é mais riso comigo
Se o meu é o seu ombro amigo
O que há entre nós, nunca esmoreceu

A nossa sintonia é fina
Vem ser a minha menina
Basta só você querer

Não pense que eu estou apaixonado
Mas só que a vida ao seu lado
É bem melhor pra se viver

Então porque você não se entrega
Pois saiba que o amor não tem regra
Nesse jogo só ganha quem arriscar

Pois abra o seu coração
Deixa de lado essa história de paixão
A boa é a gente se amar

Vamos viver essa história de amor
Deixar rolar até onde isso for
Não se preocupar com o que há de ser
E apenas viver e deixar viver

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Eu, Você, O Álcool E A Madrugada

Eu, Você, O Álcool E A Madrugada

Vou te fazer uma proposta
Ela é meio indecorosa
Hoje eu vou te levar pra sair

Vamos sem hora pra voltar
Sair sem saber o lugar
Hoje a gente vai se divertir

Nossa noite vai começar no barzinho
Pra calibrar só um pouquinho
Aproveita, que hoje não tem hora pra acabar

Depois a gente vai lá pro pagode
Pra no samba a gente dar sacode
Hoje é noite pra se esbaldar

Vamos curtir, zoar, fazer o que nos agrada
Eu, você, o álcool e a madrugada
Fazer da farra a nossa empreitada
Poder curtir a noite com a pessoa amada

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Prefiro O Amor À Paixão

Prefiro O Amor À Paixão

Já falei aqui das diferenças entre encantamento, paixão e amor, certo? Contudo, nunca expliquei a minha grande predileção pelo amor, sempre negligenciei a minha real escolha pelo amor, ao invés de preferir a paixão, até porque, eu gosto do encantamento, gosto mesmo, mas a paixão pra mim nunca foi o que me chamou a atenção nas relações humanas, nunca mesmo. Admito que isso pode se dar por eu nunca ter me apaixonado, nunca tive paixão por ninguém, sempre fui do encantamento para o amor, nunca passei pela paixão.
A paixão é avassaladora, ela é o estágio natural depois do encantamento, você pega e fica um pouco perdido, meio retardado, meio inconsequente, isso porque você se perde, você sai do seu centro de raciocínio, perde a sua noção normal das coisas, se deixa levar por elas, e acaba que não consegue pensar nas coisas de forma correta, se deixa apenas levar por tudo aquilo.
A paixão é uma coisa meio que ao acaso, a gente se apaixona sem querer, passa um dia na rua, vê a pessoa e pronto, já perdeu o controle sobre a nossa vida, sobre as nossas escolhas, sobre o nosso jeito de ser, de agir, deixamos de lado as nossas escolhas, deixamos de lado o nosso livre arbítrio, passamos a querer apenas aquela pessoa, saber dela, estar com ela, viver com ela, fazer dela o nosso projeto central.
Contudo, a paixão nos deixa cegos, focamos apenas nas questões do outro, ficamos com a nossa visão embaralhada, perdemos nossa noção normal da vida, nos perdemos para a outra pessoa, deixamos que apenas as coisas do outro importem para nós. Daí que surge a minha implicância com a paixão, afinal, ela não é uma escolha, não é algo natural, que além de não ter sido uma opção, ainda por cima, é um evento com prazo de validade.
A paixão tem prazo, ela é explosão, avassaladora, passa como um tsunami, transforma tudo o que está no caminho dela, faz com que as pessoas que estão apaixonadas acabem se perdendo, acabem se deixando levar por algo que elas não têm controle, não podem assumir o volante, não conseguem tem o comando e por isso mesmo, me faz não gostar tanto das particularidades da paixão. Pra mim não vale muito essa questão de não ter o controle.
Além disso, outro fator que me leva a preferir o amor do que a paixão, é o fato de que eu nunca tive uma paixão à primeira vista. Só tive paixões depois de já estar envolvido com alguém, já indo para a questão de trabalhar o relacionamento, trabalhar a construção do amor. O amor sempre me encantou mais, justamente porque o amor depende muito mais da vontade de ambos, enquanto a paixão é solitária.
O amor me preenche mais, por eu ser, justamente, mais afeito a planejar, construir, saber demonstrar minha afeição por alguém, contudo, não sou muito de fazer loucuras de paixão, não vou mandar flores, fazer uma canção ou algo assim, sem que eu esteja em sintonia com a pessoa com quem estou me relacionando. Sem o relacionamento, não dá para eu me deixar envolver. Esse sou eu, eu sou assim.
Claro que já me encantei com várias pessoas, né? Quis fazer de tudo para conquistar o coração da pessoa, fui até romântico em alguns momentos, mas eu não sou assim, eu sou mais de manter um convívio, demonstrar para pessoa o quanto temos em comum, como que a gente combina, como que nos fazemos bem, como que somos feitos um pro outro.
Essas coisas não são uma questão de você estar apaixonado para você perceber, é apenas uma constatação de fatos, é saber que por algum acaso, você tem alguém na vida que pode fazer você amá-la com tranquilidade e que essa questão de amar, não será pesada para você, não será ruim viver com essa pessoa pelo resto da sua vida, não será um estorvo, não haverá aquelas dúvidas de quando a paixão acabar, como será, como é essa pessoa sem a paixão.
Já falei que eu vejo que na paixão você se liga muito nas qualidades, então, acredita que a pessoa é o máximo, que ela é perfeita, que ela não tem defeitos... Quando você ama não, você esquece essas qualidades, você começa a saber se tem paciência para aturar as manias, os defeitos, as chatices, se a pessoa consegue te fazer bem mesmo quando ela não tá perto de você e isso tudo é prova de amor.
Não há paixão que valha mais que um amor, isso eu tenho certeza. Paixão é findável, já ficou provado que uma paixão pode durar de 3 meses há um ano. Enquanto o amor, o amor é eterno, o amor não acaba nunca, ele no máximo se transforma, mas não morre nunca. Assim, vou sempre preferir o amor do que a paixão.
No meu atual estágio, prefiro mesmo acreditar que o que importa mesmo é o amor, o que importa é a escolha, é você decidir estar com alguém, não porque você foi tomado por uma forma de sentimento que te prejudica, que te deixa fora de si, mas sim quando você faz uma escolha consciente, que você decide que a coisa seja boa pra você, que você fique de boa, que saiba aonde aquilo vai, que a coisa caminhe com as próprias pernas, sem quaisquer dúvidas.
Hoje, eu acredito e muito no amor, acho que o amor é o sentimento maior e é o único que eu viso ter, não me pego mais pensando em me apaixonar, quero muito mesmo é que eu posso ter uma conexão com alguém a ponto de sentir que o amor é a única saída para nós, que combinamos em tudo, desde o humor, nas conversar, no beijo, mas também nos objetivos, nas vontades de estarmos juntos pela eternidade, que possamos constituir uma família, querer filhos juntos, pensarmos em como criá-los, como será nossa vida e ter noção de que com tudo isso, nossa vida será uma vida melhor.
Portanto, não penso mesmo em paixão, a paixão é algo de adolescente. Como disse o poeta: Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Eu quero é ter algo com controle, paixão é fúria, amor é calmaria, mas não quer dizer que a vida será calma, apenas que a certeza do sentimento fará com que superemos todas as dificuldades, sem que isso nos cause problemas, que fiquemos focados em sermos felizes, à dois, juntos, por escolha e sim, por que é o que pensamos ser o certo e não porque fomos tomados por um sentimento avassalador e que nos tira a razão.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

“Ei, Eu Te Amo”

“Ei, Eu Te Amo”

Engraçado como essas quatro palavras são capazes de causar as mais diversas reações nas pessoas, né? Ontem eu resolvi seguir à risca a sugestão do meu amigo Henrique e espalhar amor para as pessoas que eu amo, que de alguma forma são importantes para mim, que de alguma forma eu quero e desejo muito bem. Para isso, acabei usando do inusitado, lancei mão do diferente, fui para o inusitado e peguei um aplicativo de conversação e lancei para todas as pessoas importantes da minha vida a seguinte mensagem: “Ei, eu te amo. Não se esqueça jamais disso! ” – Pronto, foi motivo mais que suficiente para eu me ver no meio de um estudo antropológico de campo, mesmo que ser querer.
Muitos que me conhecem sabem que eu sou mega amável, mas não sou meloso, dou amor para as pessoas a minha maneira, mostro preocupação, mando mensagem, cobro presença, chamo pra sair, marco encontro, dou atenção, me mostro disponível, faço e aconteço pela pessoa, porém, tenho uma certa dificuldade de verbalizar isso, mesmo sendo um escritor/poeta, que tem o amor como temática, mas para tratar dos meus sentimentos, eu tenho uma certa dificuldade. Acabo me embananando com as palavras, trocando os pés pelas mãos, me engasgo, me confundo, não tenho um pensamento linear quando preciso falar do meu amor por alguém. Mas ainda assim, me arrisco em datas especiais, aniversários, datas festivas...
Contudo, tomado pela forte emoção que o discurso do meu amigo impactou em mim, acabei enfrentando essa minha dificuldade e elaborando a referida frase simples, supracitada. Achei que era uma mensagem simples e direta, com princípio meio e fim, algo que não causaria dúvidas em ninguém, muito menos problemas de interpretação. Pra mim, me pareceu algo tão simples e direto, que não julguei ser possível que alguém ficasse em dúvidas ou problematizando um simples eu te amo. O curioso é que embora tenha recebido respostas positivas logo de cara, ainda assim, muitas pessoas questionaram essa minha repentina demonstração de afeto.
Susto, incredulidade, rejeição e ceticismo foram algumas das respostas negativas que recebi. A pergunta mais comum entre as pessoas que tiveram reações negativas, foi: Você tá falando com a pessoa certa? Ela e suas variações. Daí eu tirei minha primeira conclusão do meu estudo de campo: O mundo está se achando desmerecedor do amor. As pessoas me conhecem, me têm em seus contatos, embora eu não fale com elas diariamente, ainda assim, somos amigos. Ainda temos laços fraternais que nos unem e alimentam esse sentimento entre nós, e ainda assim, a pessoa questiona se a mensagem foi para o destinatário certo, pois ela, realmente, não se julga digna de receber uma demonstração gratuita e não provocada de amor.
A segunda conclusão me veio com a segunda resposta negativa mais comum. Quando eu disse que amava alguns, eles me questionaram se eu estava bêbado, o que me levou a minha conclusão número dois, que é: O mundo acha que só se ama ébrio. O mundo anda tão insensível, tão perdido e sem amor, que as pessoas ao receberem uma demonstração dessas, simplesmente acham que a única justificativa é que o interlocutor está fora de seu estado normal, está longe da sobriedade, está ébrio e só, e tão somente só por isso, a pessoa foi capaz de abrir seu coração e falar de amor. Chega a ser triste essa reação, já que demonstra ainda, que nós estamos achando que o amor não é algo natural, mas provocado por entorpecentes.
O terceiro questionamento mais comum foi se estava tudo bem comigo, se minha saúde estava bem. E tal questionamento me trouxe a terceira conclusão, talvez a mais forte, que é: O mundo considera o amor uma doença. As pessoas preferem acreditar que uma demonstração de amor só pode ser dada por alguém doente, à beira da morte ou algo assim. Porque o amor está tão escasso no mundo, que quando alguém o demonstra de forma espontânea, ela não está bem ou gozando de todas as suas faculdades mentais. E isso chega a ser um absurdo de se imaginar.
A quarta conclusão não cheguei com uma das respostas em específico, mas sim com todas, que é: A falta de amor no mundo está nos deixando insensíveis ao amor. Essa insensibilidade está presente em todas as respostas negativas que recebi. Um sábio uma vez disse que amor é a única coisa que quanto mais você dá, mais você ganha. Todavia, nosso mundo hoje está cada vez mais egoísta, é todo mundo querendo ganhar e ganhar cada vez mais, que as pessoas esquecem da simples lição de que só tem amor quem sabe dar amor. São Paulo foi muito feliz ao falar que embora alguém pudesse falar a língua dos homens e dos anjos, sem amor, essa pessoa nada seria. E é verdade, nós não somos nada sem amor.
E não é só o amor Eros do que estou falando, aquele amor sexual. Estou falando de amor fraternal, do filial, do paternal, do parental, de todas as formas de amor. Um dia uma amiga, amante dos animais, postou um quadrinho em que se falava o porquê dos cachorros morrerem cedo. E lá dizia que era porque eles aprenderam a amar incondicionalmente e de forma irrestrita, sem ter medo de demonstrar esse amor. Logo, nós humanos, precisamos de mais tempo aqui na terra, para aprendermos a amar como os cães. Parando para analisar com calma, tal premissa está certíssima, afinal, o certo é morrermos velhos, depois de uma vida inteira, para que possamos aprender tudo o que pudermos sobre dar amor de forma incondicional e irrestrita, aí e tão somente quando aprendemos a amar, que nos vamos para o outro lado.
Quando alguém morre cedo, sentimos muito mais a perda, pois pensamos que essa pessoa ainda tinha muito o que viver nessa vida, o quanto ainda tinha para fazer, mas nos esquecemos de medir o amor, então, quando vamos olhar, geralmente, essas pessoas que se vão muito jovens, são pessoas tão marcantes, que o amor que elas emanavam era tamanho, que não tinham mais nada para aprenderem sobre o assunto e por isso se foram tão rápido e tão cedo. Pra mim, o amor está presente em todas as nossas relações interpessoais, em algumas em mais alto nível, em outras em menor, mas de qualquer jeito, o amor está lá.
As reações positivas me deram esperanças de dias melhores, sabe? Muitas pessoas se sentiram lisonjeadas, felizes e honradas por eu ter me declarado assim diretamente para elas. Em alguns casos, as pessoas fizeram declarações semelhantes, em outros, elas se emocionaram, em outros, elas disseram que tal mensagem mudou o seu dia, em outros, que aquela frase, singela, significava muito, pois sabiam o quanto era verdadeira. Daí eu ter a certeza de que o amor é, e sempre será, a melhor forma de aproximar as pessoas. Mesmo distante, mesmo há tempos sem nos falarmos, mesmo há tempos sem nos vermos, ainda assim, o amor reconectou, reaproximou, reconstruiu e refez nossas relações.
Depois dessa experiência, cheguei à conclusão de que temos que fazer o amor voltar à moda, voltar a ser comum, voltar a ser valorizado, voltar a ser elemento central e essencial de qualquer relação humana, devendo ser divulgado, difundido, distribuído, sem restrições, sem condicionamentos, apenas a doação desse sentimento, sem que se espere algo em troca. Porém, quanto mais se dá amor, mais amor você tem pra dar. Então só posso mesmo continuar com essa minha empreitada, convencer aqueles de quem gosto de que fundamental é mesmo o amor, que tenho que verbalizar, mesmo que ao meu jeito, o amor que tenho pelas pessoas.
Se o amor é só o que temos e precisamos nessa vida, a boa, então, é amar. Não se incomodar, não se deixar abater, vão falar que confundimos o destinatário, que estamos bêbados ou até que estamos doentes ou vamos morrer, mas o amor é mais, o amor é maior, o amor é vida, o amor é verdade, o amor é amizade, o amor é companheirismo, o amor é tudo o que precisamos, o amor é tudo o que temos, o amor é tudo o que podemos dar. Como bem disse São Paulo, sele nós nada seríamos. Então, ame, sem medo de parecer ridículo, ser motivo de deboche, ser motivo de descrença ou desconfiança. Ame por você, pelos seus, pelos que já não creem no amor, pelos que já não vivem o amor. Que possamos nos encantar de novo pelo amor, espalhar amor pelo mundo. Voltar a fazer do amor algo comum, mais fácil de ser aceito pelas pessoas, que elas não julguem que o amor é estranho ou elas são indignas dele.
Então, façamos o seguinte: alegre o dia de alguém que você gosta, diga que ama alguém, numa tarde chuvosa de uma segunda-feira, num dia de domingo, sem pretensão, apenas para mostrar que ama. Dê abraço, beije, diga o que pensa sobre a pessoa, o que sente, se interesse, pergunte como foi o dia, se está tudo bem, seja gentil, falar por onde, ouça o que a pessoa tem a dizer, abra seu coração, dê colo, faça cafuné, beije a testa, zele, reze, ore, agradeça... No fim das contas, existem milhões de formas de se dizer eu te amo, eu preferi dizer com uma mensagem direta, via WhatsApp. Qual é a sua? A mim, pouco importa, o que me importa é que você o diga e seja extremamente feliz e espalhe o amor pelo mundo.