domingo, 31 de dezembro de 2017

O Poder Está Em Suas Mãos

O Poder Está Em Suas Mãos

Olá, 2018. Tudo bem com você? Tô aqui te escrevendo de 2017, pensando em como você pode ser um ano melhor, mais bacana e cheio de novidades. Olho para você daqui, com muita esperança, com a certeza de que tudo o que passamos nesse ano, será superado. Não por julgar que iremos passar por uma revolução moral, onde as pessoas pensarão mais no próximo que em si, ou por buscarmos voltar a ver a bondade em mais lugares dos que os que existem hoje.
Não, mas acredito que você será melhor, simplesmente, porque acredito que chegamos no ponto sem retorno. Para quem não está habituado ao jargão, ponto sem retorno é o ponto no percurso de uma viagem de avião, onde o piloto já não tem mais combustível para retornar ao aeroporto de partida e que sua única saída é seguir a viagem até o final.
Pois bem, é esse o ponto em que a civilização humana se encontra, o primeiro centímetro após o ponto sem retorno, é aquele momento em que sabemos que não podemos mais retroceder, só podemos seguir em frente e continuar a nossa viagem até o nosso destino. Basta ver, que a nossa civilização chegou a um nível elevado de tecnologia, mas que está desaprendendo conceitos básicos de civilidade, de fraternidade, de empatia e de humanidade.
Estamos deixando para trás o desenvolvimento civilizatório que nos trouxe até aqui, estamos focando no indivíduo e nos esquecendo do coletivo, estamos nos prendendo a conceitos mundanos, esquecendo do espiritual, estamos nos pegando com ideias segregadoras e nos esquecendo das ideias de união. Estou vendo que a humanidade vem despertando cada vez mais o pior do ser humano e muita gente nem se dá conta, vai seguindo como se estivesse em um rio de correnteza muito forte e não sabe como sair, só vai seguindo em frente, indo cada vez mais para longe da margem.
E aí só reproduz para os outros aquilo que está vendo, afinal, é um show de horrores essa nossa forma de lidar com o diferente, com quem não se encaixa nos padrões, seja por cor, credo, raça, tamanho, peso, idade, nacionalidade, sexualidade, gênero e tantas outras coisas que nos fazem diferentes, deixando de lado aquilo tudo que nos faz igual, que é o fato de todos sermos humanos e habitarmos a mesma pedra que gira em torno do Sol.
Nos perdemos do caminho original, em que se acreditava que hoje em dia, estaríamos mais tolerantes, mais amorosos, mais fraternais, mais empáticos, mais simpáticos, valorizando mais a vida... Ocorre que estamos indo pelo caminho contrário, cada vez mais intolerantes, mais odiosos, menos fraternais, mais insensíveis, mais intocáveis, desvalorizando a vida e valorizando os bens e não as pessoas. Isso é a humanidade nos dias de hoje!
Mas nem tudo são lamentações, 2018. Seu irmão, 2017, passou e causou alguns estragos sim, mas podemos dizer que também nos trouxe motivos para termos esperança de dias melhores. Ele nos fez perceber que embora estejamos vendo uma deterioração do ser humano, ao mesmo tempo, temos exemplos e mais exemplos de que ainda temos bondade dentro de nós, ainda podemos acreditar que só um ser humano é capaz e fazer o bem a outro ser humano.
Hoje, podemos olhar para 2017 e seus antecessores com mais benevolência, até por acreditarmos que você está vindo. Se algo nos faz ter a certeza de que você será melhor, 2018, é saber que sempre haverá um amanhã. Enquanto pudermos acordar e fazer diferente no dia seguinte, terei essa fé inabalável de que dias melhores sempre virão.
E falo fé e não expectativa, pois são conceitos bem distintos, que em nada se anulam. Eu não crio expectativas, principalmente nas pessoas. De uns tempos para cá, eu aprendi que a melhor forma de convivermos com as pessoas é sabendo exatamente o que cada um é capaz de nos dar. E há pessoas que só podem nos dar decepção, devemos estar preparados para isso. Mas, também, não será por isso que eu passarei a agir com as pessoas da forma como elas agem comigo.
Por tanto, 2018, desejo que você traga para todos a reciprocidade! Que as pessoas amem intensamente, mas que sejam amadas na mesma intensidade, que se arrisquem, saiam da zona de conforto, não há nada de errado em cometer erros, busquem fazer mais coisas pela primeira vez na vida delas, façam o bem a desconhecidos, escutem com atenção o que as pessoas estejam dispostas a lhes falar, mesmo que isso lhes leve a se atrasarem alguns minutos nos seus dias, tentem dizer mais “eu te amo”, “obrigado” e “que bom que você está aqui”, evitem pensamentos negativos, sejam por alguém que lhes fez mal, por alguém que lhes fez se sentir mal ou por vocês não estarem se sentindo bem com vocês mesmos.
Que você faça com que as pessoas evitem falar mal das pessoas, quem não gosta de alguém, simplesmente passe a ignorar essa pessoa em sua vida, não se importe com as maledicências alheias ou com comportamentos contrários. Creia sempre em algo maior, tenha fé de que o mundo pode sim ser um lugar melhor para você e para os seus, a força do pensamento é poderosa. Então, não guarde sentimentos e pensamentos ruins dentro de você.
Permita que quando as pessoas precisarem, tomem um banho de mar para lavar o corpo e alma. Que as pessoas rezem e meditem. Que criem tempo para as pessoas que as amam e querem bem, afinal, ninguém é tão ocupado ou tem tantos compromissos que não possa dar atenção as pessoas que mais ama. Que busquem serem bons, fazerem o bem, pensarem positivo, não usem seu tempo para coisas ruins e negativas. Que tenham a certeza de que o universo conspira e a lei do retorno existe. Logo, se vocês plantam o bem, só poderão colher o bem, mas se vocês plantam o mal...
Pois é, 2018, você chega renovando as minhas esperanças, e creio que não só as minhas, mas a de todos aqueles que acreditam em dias melhores. Temos a fé e a esperança de mudanças, de melhora, queremos que o mundo seja um lugar melhor. Queremos mais exemplos de civilidade, de amor ao próximo, de sentimentos nobres, de boas histórias. Precisamos de novidades quentes, de dias mais coloridos, de sentimentos verdadeiros e amores perfumados.
Que você nos arrebate, 2018! Que nos apaixonemos por você! Que você seja o ano! Que por você, valham os sacrifícios feitos em 2017, 16, 15... Que você comece e termine mantendo nossas esperanças em alta, que vejamos em você, motivos para continuarmos lutando por dias melhores! E que quando você chegar ao fim, quando se despedir para dar lugar a 2019, que você deixe saudades, que nos faça pensar que seria melhor manter você por perto.
Sim, 2018! Venha e que você seja um ano de paz, de amor, de harmonia, de alegria, de união, de felicidade, de prosperidade, mas acima de tudo, que você seja um ano mais humano, que você seja um ano de esperança e que essa esperança se concretize em mudanças de nossas vidas. Que você seja um ano em que as dores sejam muito menores do que as alegrias, que os dias nublados e chuvosos venham, para que possamos valorizar ainda mais os dias de sol e que você irradie amor, do seu primeiro ao seu último dia! Que você nos ame, 2018 e que a assim a gente siga o seu exemplo e possamos nos amar também!

Que você tenha e faça um excelente 2018! O poder está em suas mãos!

sábado, 23 de dezembro de 2017

400: Número Da Esperança

400: Número Da Esperança

Pois bem, queridos amigos, chego aqui nesse momento, para escrever o meu texto de número 400 para esse espaço. Não, a conta não é de número de textos publicados aqui, pois se fizer essa conta, você vai ver que terão mais textos, mas sim de textos publicados desde primeiro de janeiro de 2016. E nada mais simbólico do que esse número redondo ser também o texto de encerramento do ano, aquele com a minha mensagem para as festas vindouras, que traz ainda o meu desejo de coisas boas para mim, para os meus e para o mundo.
Não, não foi proposital, até porque, o ano de 2017 foi muito estranho, onde, apesar de ter a chance de me dedicar mais ao meu ofício de escritor, tive muitos percalços também por conta dele. Entretanto, não me arrependo das minhas escolhas e nem dos meus desígnios, tudo ocorreu da forma que tinha que acontecer, para que eu pudesse chegar nesse momento aqui e estar justamente fazendo isso!
Não é apenas uma passada a limpo do ano, mas um acerto de contas, literalmente. Um ano que para muitos não vai deixar saudades, para mim deixa um gosto de fel na boca. Pois se por um lado eu pude me aprofundar na arte de escrever, por outro lado pude ver o quanto pode ser solitária a vida de alguém que quer seguir apenas sendo ele mesmo e buscando praticar o bem, sem se preocupar com os julgamentos alheios ou as inverdades ditas e praticadas pelos outros.
Como poucos sabem, a escrita me serviu como tábua de salvação em um momento em que eu não estava tendo mais muitas esperanças na vida, em que eu acreditava que mais um dia ou menos um dia não faria diferença, onde os dias se sucediam incessantemente, mas que as horas pareciam passar cada vez mais arrastadas.
Escrever renovou minhas esperanças, não só em mim, mas no mundo. Me permiti voltar a olhar com olhos de amor para mim e para o universo que me cerca. Voltei a ver luzes, cores e esperanças em um mundo que se mostrava cada vez mais frio, escuro, sem vida e sem amor. Deixei de não me julgar mais um bom lugar, voltei a ser apaixonado por mim, pela vida, por viver e por fazer aquelas coisas que me deixavam bem, que me faziam feliz.
Embora o ano de 2017 tenha sido um ano duro, onde algumas esperanças foram perdidas, ao mesmo tempo outras se acenderam ainda mais. E é com esse espírito que me apego em novas tempos para o ano de 2018. É sempre aquela coisa, renovamos nossas esperanças de dias melhores, novos ares, novos tempos, novas alegrias, novas esperanças, novos objetivos, novas formas de ver o mundo... Novidades.
E com tudo isso surgem novos desejos. E Drummond bem disse que o importante é que tenhamos sempre novos desejos, afinal, são os desejos que nos impulsionam, que nos fazem ir para frente, que nos fazem lutar, batalhar, crescer, nos fazem buscar. É esse o meu estágio atual, sempre crendo que o futuro será melhor, que virando a próxima esquina surgirá uma coisa boa, que fazendo a próxima escolha o mundo será melhor.
Não vou aqui querer dar lição de moral em ninguém, não tenho banca para isso, muito pelo contrário, estou precisando de conselhos, de instruções, de pessoas que queiram me indicar novos caminhos, que estejam dispostas a me estender a mão e me acompanhar na travessia desse 2018. Estou aqui aceitando ajuda, entendendo que não fui capaz de me guiar por águas calmas nesse ano que termina. Que me coloquei em situações desnecessárias e que somente por isso, preciso melhorar em certos aspectos para que no ano que vem eu tenha dias melhores.
Porém, não pense que perdi as esperanças! Não, é justamente o contrário, para o próximo ano tenho renovado o meu estoque de esperanças. Creio em dias melhores! Quer dizer, não só creio e tenho fé, mas também tenho essa certeza dentro de mim. Sei que 2018 trará um ar mais feliz, renovará as minhas alegrias, carregará o ar de crença na melhora, não só para mim, mas para todo o mundo.
Que no próximo ano possamos nos dedicar mais ao que gostamos de fazer, que sejamos reconhecidos por nossos esforços, que possamos amar sem temer, que possamos espalhar o amor por todos os cantos, que possamos ser a melhor versão de nós mesmos que já existiu, que não magoemos a quem nos ama, que não nos deixemos magoar por coisas pequenas e que as coisas grandes quando nos magoarem, a gente logo possa superar, que possamos querer bem ao próximo, que possamos torcer pela vitória dos outros, que possamos nos alegrar com a felicidade alheia, mesmo quando esta não nos trouxer qualquer benefício...
Desejo que no próximo ano, cada um de nós, encontre a felicidade em cada decisão tomada, que não tenhamos pensamentos negativos, que nossas vidas sigam sempre em frente, que a gente nunca se sinta sozinho e tenha sempre alguém com quem contar, que nós nunca achemos que amar é em vão, que sempre exageremos no amor, que sempre nos sintamos amados, que a gente nunca vá dormir chateado com as pessoas que amamos, não nos falte motivos para celebrarmos a vida, os amigos, as conquistas, as decepções, os fracassos... Que não nos faltem motivos para celebrarmos!
Sobre o ano de 2017, quero agradecer aos que me incentivaram a continuar na caminhada, a me manter firme no caminho das artes literárias, a todos os nãos que eu levei na cara esse ano, aos problemas que enfrentei, que me fizeram valorizar ainda mais cada vitória, cada conquista, cada palavra e cada texto escrito, aos que saíram da minha vida e deixaram saudades e aos que nem tanto assim, aos que chegaram, renovando minhas ideias, me fazendo pensar mais nas minhas possibilidades. Agradeço por cada dia que passei nesse ano que se vai, que os dias bons sejam ainda melhores e que sim, eu tenha dias ruins, para que eu possa valorizar os dias bons, ainda mais.
Que 2018 seja um ano que a gente possa fazer mais, ser mais, agir mais, brincar mais, beber mais, transar mais, se divertir mais, trabalhar mais, sonhar mais, abraçar mais, correr mais, beijar mais, presentear mais, elogiar mais, rezar mais, respirar mais, descansar mais, meditar mais, pensar mais, conhecer mais, aprender mais, conversar mais, entreolhar mais, viajar mais, caminhar mais, se divertir mais, envolver mais, seduzir mais, conviver mais, amainar mais, engalanar mais, dignificar mais, agradecer mais, educar mais, amar mais... Amar como se não houvesse amanhã, como se nossa vida dependesse disso.
Quero agradecer a minha família, pois sei que não é fácil conviver comigo e muito menos me aturar, aos amigos, que sempre que podem estão me procurando e me alegrando quando eu acabo fraquejando, aos meus leitores, que sempre se prestam a ler as minhas palavras e ainda assim, não se cansam de acompanhar este espaço, aos meus amores, que por mais que não sejam eternos, foram chama em cada momentos que passamos juntos, as minhas inspirações, que continuem me vindo e me trazendo motivos para continuar na escrita, a cada bom dia e cada boa noite, cada comentário, cada curtida, cada compartilhamento, cada feedback, cada partilha, a Deus, que por mais que eu possa parecer um barco à deriva, sei que ele está no comando da minha vida e me faz navegar por águas calmas.

Em 2018 teremos muito, mas muito mais! Vem muita coisa boa pela frente, tenha fé, pode acreditar!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A Solução É Legalizar No Brasil

A Solução É Legalizar No Brasil

Sabe qual é a solução para a crise econômica no Brasil? Legalizarmos um bando de coisas consideradas ilegais! Não, você não está lendo errado, minha solução é essa mesmo. Temos que legalizar práticas consideradas ilegais em nosso país, mas que nós já sabemos que são praticadas, mesmo com leis nos fazendo acreditar que elas não são praticadas em território nacional.
Drogas? Legaliza. Jogo? Legaliza. Aborto? Legaliza. Prostituição? Legaliza. Vamos começar a tributar serviços que já são realizados em nosso país, mas que o nosso governo não recebe nada por isso. Afinal, não temos mais capacidade de coibir essas coisas, então, vamos assumir essa incompetência e capitalizar com isso.
Todo mundo sabe que eu sou contra as drogas, acho elas nocivas para a sociedade, principalmente por dar poder financeiro para criminosos. Não, o poder armado é ruim, mas se você causa uma asfixia financeira, ele não conseguirá se manter mais por tanto tempo. E num país onde a conivência e a promiscuidade das autoridades com os criminosos é tamanha, você conseguir tirar o poder do dinheiro das mãos do bandidos.
Porém, tenho que admitir que sou da teoria dos males o menor. Eu não uso drogas e embora hoje defenda a legalização delas, pretendo continuar longe delas. E penso que da mesma maneira, quem não quer usar drogas hoje, também se mantém longe delas, não vai ser por causa da legalização que alguém vai passar a usá-las.
Tal efeito se aplica a todas as outras legalizações que precisam ser feitas. As pessoas não passarão a fazer mais abortos porque o mesmo está legalizado, nem passarão a jogar mais por conta disso. Hoje em dia, quem pretende fazer um aborto, o faz, independentemente de ser legal ou não, simplesmente porque já existem pessoas que permitem que se faça aborto em nosso país, embora sem controle da vigilância sanitária e sem pagar impostos por isso.
E mais, jogos e prostituição já são legalizados em nosso país, contudo, só são permitidas em certas circunstâncias, haja visto o jogo do bicho e a quantidade de casas de tolerância que existem de norte a sul do nosso país. E a minha pergunta então se faz ainda mais pertinente: Porque não podemos lucrar com tudo isso?
Todos esses negócios costumam ser dos mais lucrativos em todos os locais onde se há informações sobre eles. Desde que a Califórnia legalizou a maconha, a mesma passou a ser um produto super comercializado, levando recursos para os cofres públicos e pagando pela criação de escolas, hospitais, pagando as contas do governo e servindo para melhorar a vida da população.
Na Holanda, a prostituição é fonte de renda, atraindo pessoas do mundo todo para a Zona da Luz Vermelha, que vão para lá atrás de sexo barato. Deixando euros e mais euros nos cofres do governo, trazendo benefícios para o povo holandês. Um país com um alto IDH e que se beneficia ainda dessas práticas, que por aqui são ditas ilegais, mas que geram lucros para os holandeses, através da exploração legal dessas atividades.
O sábio Raul deu como solução alugarmos o Brasil, a minha é mais prática, vamos legalizar. Quem sabe assim, a gente não para de ver absurdos como funcionários com mais de 3 meses de salários atrasados ou tendo que contrair empréstimos para ter o seu décimo terceiro salário? Teremos que observar para onde irá essa nova renda, contudo, é uma saída rápida, prática e que não prejudica ninguém.
Quando em tempos de crise, devemos procurar pensar fora da caixinha, temos que buscar soluções heterodoxas, deixar de lado certos pudores puritanos e nos permitirmos pensar mais no bem coletivo, afinal de contas, temos a certeza de que a guerra contra as drogas já está perdida, que nossas forças de repressão também não conseguem acabar com o jogo ilegal, muito menos com os abortos clandestinos e nem com a prostituição. Sendo assim, o certo é tirarmos proveito desse momento de crise, ainda mais com nossos governantes nos fazendo crer que não há mais de onde se conseguir recursos para fecharmos as contas públicas.
Daí vem a minha solução extravagante! Exploremos as atividades ditas ilegais em nosso país. Tornemos legais atividade ilegais, façamos com que elas sejam tributadas, com que elas gerem lucros para os cofres públicos, façamos com que nossas subversões paguem por hospitais, escolas, delegacias, policiais... Façamos com que esse dinheiro sujo passe a ser limpo, tiremos o poder econômico das mãos dos facínoras e coloquemos esse dinheiro no nosso PIB, façamos com que a população inteira se beneficie com essas coisas e não somente meia dúzia de canalhas, que insistem em tornar tais atividades ilegais, para que só eles possam lucrar com isso.
Essa é a solução! Em tempos de crise, precisamos de atitudes meio que desesperadas, só assim conseguiremos tirar o nosso país desse mar de lama que nossos governantes nos jogaram e insistem que com arrochos e reformas vão nos tirar dessa. Pois saibam vocês, não vão. Somente criando novas fontes de renda faremos com que entre novos dinheiros nos cofres do nosso país. A saída é simples, não precisamos cortar gastos, reformar a previdência ou tirar direitos dos trabalhadores, apenas precisamos explorar atividades ilegais, tornando-as legais e tornando-as fontes de renda para os cofres públicos. Assim o Brasil sairá desse buraco. A solução é legalizar no Brasil. E tenho dito!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Eu Queria...

Eu Queria...

Eu queria que você aprendesse de uma vez por todas que seu “até logo” não pode ser para sempre
Que o seu “até breve” machuca mais do que um “nunca mais eu vou voltar”
Que o seu “eu te amo” causa mais dor do que alegria
Que o seu “te quero bem” é uma punhalada no coração

Eu queria que você entendesse de uma vez por todas que você faz falta sim
Que sua ausência é sim sentida e muito doída
Que quando você some me machuca na alma
Que seu exílio auto imposto é um exílio em mim também

Eu queria que você compreendesse de uma vez por todas que reciprocidade é preciso
Que amor é sentimento que se constrói sim
Que uma vida a dois depende de sacrifícios e escolhas
Que um relacionamento se baseia em amizade, carinho e atenção

Eu queria que você captasse de uma vez por todas que eu sou o ideal para você
Que ninguém é capaz de fazer por você o que eu sou capaz
Que nenhum contatinho será o que eu sou para você
Que falsos amores não substituem um amor verdadeiro

Eu queria que você assimilasse de uma vez por todas que estamos na vida do outro por algum motivo
Que por mais que a gente negue, a vida é melhor quando sabemos do outro
Que você sente sim a minha falta, e muita
Que a saudade que você sente é maior do que a que você demonstra

Eu queria que você notasse de uma vez por todas que você me ama de verdade
Que não é apenas amizade ou algo descartável
Que não sou alguém que você possa se livrar da noite para o dia
Que eu não sou apenas mais uma para te servir de diversão

Eu queria que você concluísse de uma vez por todas que você foi feita para mim
Que a vida é bem melhor quando você está ao meu lado
Que eu sou e sempre serei o seu porto seguro
E que não vai ser uma briguinha que vai me fazer ir embora

Eu queria que você assimilasse de uma vez por todas que eu não vou embora assim tão fácil
Que por mais que você me afaste e me tente, eu ainda fico
Que eu te deixo ir, somente por um entendimento das suas necessidades
Que eu te aceito com todos os demônios que você tem

Eu queria que você alcançasse de uma vez por todas que você merece ser feliz
Que eu te trago essa felicidade que você tanto busca e precisa
Que eu sou a calma do seu mundo agitado
Que eu sou aquela paz que você precisa

Eu queria que você concebesse de uma vez por todas que não precisa fugir
Que eu não quero te aprisionar, mas sim te fazer voar mais alto
Que eu quero estar com você em todos os momentos
Que eu quero sim ser seu par

Eu queria que você soubesse de uma vez por todas que eu sou todo seu
Que sou capaz de esperar até a eternidade por isso
Que por você qualquer sacrifício é válido
Que você é a minha razão de viver

Eu queria que você absorvesse de uma vez por todas que amor não é pouca coisa
Que você merece muito ser amada em todos os momentos, sempre
Que mesmo que sempre não seja todo dia
Que você deve ficar

Eu queria que você atinasse de uma vez por todas que deve parar de fingir
Que se apaixonar é bom, mas amar é muito melhor
Que amor maduro é aquele amor que é construído a dois
Que na vida a gente vive o agora e não o depois

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Quem Quiser Que Me Acompanhe

Quem Quiser Que Me Acompanhe

Já reparou o quanto as pessoas sempre têm uma maneira de resolver os seus problemas de uma forma que a delas é sempre melhor que a sua?! Quantas vezes você tem um problema e sempre surge alguém com uma solução mágica como se fosse a coisa mais simples solucionar o seu problema, fazendo parecer que ou a pessoa te acha um idiota ou te acha um merda?!
Pois é, acho isso muito curioso, todo mundo tem solução para a vida dos outros e não para a sua própria vida. Acho que é um pouco da síndrome de observador, onde você sempre consegue analisar as coisas de uma forma melhor, quando você não está envolvido nelas. Assim, é mais fácil de se buscar soluções mais arrojadas e ousadas, pois as consequências não serão sentidas na pele.
Seguindo o dito popular: “conselho se fosse bom, ninguém dava, vendia”, me pego sempre quito em relação a vida alheia. Não, não sou insensível a ponto de não conversar e dar minha opinião sobre a vida dos outros quando meus amigos me procuram me pedindo uma ajuda, um help ou algo assim. Contudo, evito de ficar dando minha opinião sobre a vida alheia sem que eu seja consultado, questionado ou perguntado.
E acho que aí que mora a minha maior complicação em relação a isso, odeio que as pessoas se metam na minha vida sem que elas sejam chamadas. Sério, isso é muito chato. E falo isso, principalmente em relação a minha vida amorosa. Afinal, a única pessoa que sabe do que eu realmente gosto, sou eu. Não vai ser um Zé qualquer que vai chegar, falar que estou solteiro e achar que vai ter a solução para minha vida amorosa, não acha?
 Curioso é que as pessoas se incomodam mais com a minha solteirice do que eu. Acham que por eu não estar em um relacionamento sério eu devo estar infeliz ou incompleto, sei lá. Piadas de todos os tipos são feitas, inclusive de pessoas que embora estejam em relacionamentos, não sabem o que é um relacionamento, pois traem e enganam o parceiro. Para fazer essas coisas, realmente prefiro estar sozinho.
Como já cansei de falar, estou numa fase da minha vida em que tenho as minhas certezas. São dogmas e questões das quais eu não abro mão em um relacionamento, coisas que eu não sei mais agir diferente, em que eu não conseguiria mais me forçar a vivenciar aquelas experiências só para que eu pudesse estar com aquela pessoa, para tentar estar num relacionamento com ela.
Eu já sei bem o que eu quero e o que eu não quero. O problema maior é encontrar nos dias de hoje, pessoas que também estejam com a mesma disposição que eu. Encontrar pessoas que estejam dispostas a viverem a vida de acordo com os meus preceitos, que se adequem ao meu jeito de ser ou que ao menos o jeito de ser delas não conflitem com o meu.
Mais engraçado é ver que as pessoas não conseguem enxergar isso, que sempre vão achar que tem algo errado é com você. Mas essas pessoas estão em relacionamentos, não vivem a minha realidade. Quando me deparo com pessoas que também estão solteiras e vivem a minha realidade, percebo que elas estão passando pelos problemas e dilemas que eu.
Sejamos sinceros, hoje em dia está mais complicado ter um relacionamento sério com alguém. E são N motivos que fazem com que não entremos em relacionamentos, desde o fato de conhecermos pessoas bem babacas, até não termos mais paciência para joguinhos. Temos uma gama de motivos para não entrarmos em relacionamentos que não sejam realmente definitivos.
Esse ano eu estive com algumas pessoas durante um tempo e simplesmente as coisas não evoluíram, não deu para entrar em relacionamento, não quis ir adiante, justamente por conta da questão das pessoas precisarem de esforço para se encaixarem na minha vida, tanto pela minha parte, quanto pela parte delas, então, não deu pra ficar com elas. Cada uma a sua maneira, mas todas com as suas imperfeições aos meus olhos.
E quando falo de imperfeições, não estou falando de defeitos físicos, mas sim de defeitos comportamentais que se interpõem aos meus. Ideias que não batem com as minhas, estilos de vida que não se esbarram com o meu. Eram pessoas que apesar de legais, interessantes e bonitas, não eram aquela pessoa que me fará sair da minha solteirice.
Acredito que todos os meus amigos solteiros estejam passando pelo mesmo dilema, encontram pessoas legais, interessantes, mas que não são aquela pessoa perfeita, aquela feita para eles, assim como eu não acho aquela que foi feita para mim. E isso não é por falta de tentativa, por falta de se expor ou por falta de procurar. Não me considero um cara mega exigente, não tenho um tipo físico específico para mulheres, porém, não tenho paciência para certas coisas. E essas coisas que me tiram a paciência estragam qualquer mulher para mim.
Mulher ciumenta, que não se garante, que fica com cobranças indevidas e infundadas, não me apetece. Assim como mulher acomodada, que acha que tem que ser paparicada e mimada a todo tempo, que cobra atos de romantismo sem sentido e que não valorizam o fato de eu estar ao lado, também estão descartadas. Mas na verdade, no fundo, no fundo, o que mais me causa problemas é a mulher que não aceita que eu seja do jeito que eu sou, que queira me mudar, que se chateie com o meu jeito de ser.
Afinal, se ela gostou de mim, se quer estar comigo, tem que se ligar que eu sou a soma dos meus defeitos e das minhas qualidades, eu sou os meus erros e meus acertos, sou o meu passado e serei o meu futuro. Eu sou tudo isso que eu sou, a pessoa tem que saber que isso sou eu, assim como eu entendo que ela é isso tudo também, que ela tem as cargas emocionais que carrega de tantos e tantos outros relacionamentos e eu também. A verdade é essa, preciso de alguém que esteja disposta a estar comigo, que entenda que eu não sou para todo mundo, mas que para quem está disposto a estar comigo, eu sou males, malícias e delícias. Eu não sou fácil, mas também nem tão complicado assim. Eu sou eu e quem quiser, que me acompanhe.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Bons Amantes

Bons Amantes

Lembra aquele dia em que a gente se encontrou
E finalmente pode entender o que era a felicidade
Pois quando o seu olhar o meu encantou
Tive certeza que era a mais pura verdade

O amor realmente existia, não era invenção
Por mais que eu tenha sofrido até aqui, valeu a pena
Pois eu encontrei quem iria amainar meu coração
Encontrei quem faria a minha agitação ser amena

Não consigo nem mais me lembrar
Como era a vida antes disso
Só sei que achei o meu lugar
Fiz da realidade meu o paraíso

Antes de você, nada em minha vida fez sentido
Sentimentos bagunçados, sem qualquer precisão
Testava amores como um mendigo
Tentando acreditar numa ilusão

Sentimentos opacos e imprecisos
Amores roubados e indesejados
A vida passando diante de olhos concisos
Somando apenas sujeitos aos predicados

Mas então, surgiu você e assim tudo mudou
Transformou água em vinho
O amor que havia em mim então se revelou
E me fez querer seguir com você esse caminho

A vida hoje é
Como nunca foi antes
Com você, sigo com fé
Pois hoje somos bons amantes

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A Epidemia Da Depressão

A Epidemia Da Depressão

Eu não tenho o conhecimento do que acontece na vida dos outros. Mal tenho do que acontece na minha e ainda assim, em alguns momentos eu acabo sendo pego de marola. Mesmo, embora, eu tente ser uma pessoa bem aberta a ouvir os outros, ser um bom amigo, um bom ouvinte e alguém acolhedor, sei que em muitas vezes, as pessoas precisam se sentir prontas, aptas e abertas para compartilharem os seus problemas.
Muitas vezes as pessoas acham que vão ser ridicularizadas ou até mal interpretadas sobre os seus problemas, sobre os seus males e sobre as coisas que lhe afligem, preferindo manter aquilo só para si, achando que não vale a pena introduzir os seus problemas da vida de outro. Por acreditarem que irão sempre causar um mal aos outros, preferem se calar e sofrerem em silêncio.
A questão é que não estamos alimentando a solidariedade e a empatia entre nós. Estamos numa competição louca em que tudo nosso é maior e mais importante que o do outro, onde a gente compete por atenção, por compaixão e até por pena. Esquecemos que do outro lado também há um ser humano, alguém que está sofrendo, que está passando por problemas e que muitas vezes, só quer ver se ainda é considerado um ser humano pelos outros a sua volta. Quer saber se ainda faz diferença a sua presença nesse mundo ou não.
Eu tenho uma certa propriedade para tratar do assunto, pois eu também passei por esse processo. Essa doença, que parece ser o mal do novo milênio, se intensificando cada vez mais, agindo como uma epidemia e atingindo cada vez mais a população mundial, não tendo distinção de raça, cor, credo, sexo, idade, nacionalidade... Pois é, a depressão está cada vez mais presente em nossas vidas. Seja por um amigo, um parente ou um conhecido que está imerso nessa patologia ou, em muitos casos, nós mesmos, termos desenvolvido tal doença e, infelizmente, não somos preparados pela vida e pela sociedade para lidarmos com ela da melhor forma possível.
Quando eu estive depressivo, poucas foram as pessoas que perceberam, poucos foram os que deram o devido valor as minhas ausências, aos meus sumiços ou as minhas poucas e parcas palavras. Amigos, parentes, conhecidos, colegas de trabalho e tantas pessoas em minha vida, mas poucos se deram ao trabalho de um dia conversar comigo, de ouvir o que eu tinha para dizer, de não se apiedar de mim, mas sim me tratar com dignidade, me ouvindo e estando ao meu lado.
Não é fácil você lidar com isso. É muito fácil você se afundar cada vez mais nisso, como se você estivesse num poço de areia movediça, que quando você para pra ver e finalmente percebe, está quase sufocando, atolado, só com o nariz de fora, mas ciente de que o fim é certo. E quando você se dá conta, está com pensamentos muito perigosos, chegando a não ver uma solução plausível para os seus problemas, não chegando a ver uma saída melhor do que a de tentar contra a própria vida.
Muitas pessoas não entendem isso, acham que alguém com depressão tem que estar triste o tempo todo, que não ri e nem se alegra com mais nada. Porém, a verdade não é essa. Vivemos normalmente nossas vidas, mas nossos pensamentos apenas nos levam para lugares mais sombrios de nossas almas, onde não vemos muita razão para vivermos nossas vidas, onde não vemos motivos para continuar lutando contra essa força que nos oprime e que nos machuca.
E quando essa dor psicológica começa a ser sentida fisicamente, aí você começa a achar que está tudo perdido mesmo e só pensa numa fora dessa dor acabar, só quer saber de dar um jeito para que essa dor cesse. Mas ninguém mais além de você é capaz de fazer isso, só você pode resolver essa questão. Em alguns casos, como o meu, quando você começa a por para fora esses sentimentos ruins, quando você começa a retirar de si esses pensamentos negativos, quando você volta a buscar ter prazer com a vida, as coisas mudam, as coisas melhoram.
Porém, em outros casos, o estágio está mais avançado, você perde o interesse pela sua vida, começa a achar que nada mais vale a pena, que você é apenas mais um peso para a sociedade, que talvez, todos os males do mundo sejam causados por você e que só com uma saída drástica da vida você vai resolver, não só os seus problemas, mas os problemas de todos a sua volta. O que com toda a certeza não é verdade, mas que dentro de uma mente perturbada e adoecida, passa a ser a única realidade possível.
Quantas vezes eu quis gritar para o mundo aquelas coisas que eu estava sentindo e passando? Quantas vezes eu não queria apenas que um amigo meu estivesse ao meu lado e eu não tive esse apoio? Quantas vezes eu não precisava que alguém me chamasse para conversar e não para beber? Quantas vezes eu não sorria para as pessoas querendo mesmo era chorar? Quantas vezes eu queria apenas que alguém não quisesse competir com os meus problemas? Quantas noites eu passei em claro? Quantas vezes eu pensava que poderia não haver um amanhã? Quantas vezes?
Pois é, mas eu consegui sair, não sei como, não sei porque, mas sei que Deus me ajudou, sei que eu pude buscar forças e procurar um tratamento, me reapaixonar por mim, me reapaixonar pela vida, me reapaixonar pelas pessoas, me reapaixonar pelas coisas... Pude readquirir o prazer de estar fazendo coisas por mim, em querer o meu bem, em querer estar bem comigo e com a vida. Assim, pude sair do fundo do poço, consegui estar com só o nariz de fora do poço de areia movediça e consegui em seguida retirar todo o meu corpo. E hoje poder caminhar bem longe desse poço perigoso.
Faço esse relato, depois de perder mais uma pessoa para essa trágica doença. Ficando aqui em mim a sensação de que eu não fiz por ela o que era preciso, que não dei a devida atenção, que não me atentei aos sinais, de que não deixei a porta aberta para quando ela quisesse entrar, que não me mostrei preocupado o suficiente para que ela percebesse que poderíamos procurar uma outra saída. Sei que são pensamentos pequenos, diante da fragilidade que é a vida, mas não deixa de ser uma ideia fixa de que todos nós sempre podemos fazer mais.
Uma vida sempre será uma vida. E quando uma jovem decide tirar a sua por conta de não conseguir ver uma outra saída, é porque algo estava muito errado com ela e todos nós, a sua volta não conseguimos perceber, não conseguimos fazer com que ela sentisse que sim, ela fazia diferença em nossas vidas, que por conta dela o nosso mundo era melhor.
Alguns de vocês que estão lendo esse relato, podem não me conhecer, sendo novos leitores aqui do blog ou simplesmente por não termos assim tanta intimidade, contudo, tenha certeza, que se por algum acaso, você estiver passando por um problema desse, se você estiver com pensamentos não muito bons ao seu respeito ou não querendo zelar muito pela sua vida, você pode me procurar. Venha conversar comigo. Me mande uma mensagem no Facebook, no Instagram, no Skype, no WhatsApp, por e-mail, qualquer que seja o meio utilizado, eu estarei aqui para te ouvir e te ajudar.
Afinal, essa jornada não é fácil, mas se tivermos a certeza de que teremos apoio, que teremos carinho, que teremos empatia e que teremos amor, nada será impossível. Eu deixo aqui a minha porta aberta, quem precisar entrar e quiser conversar, só chamar. Pode contar comigo.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Dia Do Samba

Dia Do Samba

Ser sambista no Rio de hoje é um ato de resistência, é um ato de resignação, é um ato de boa vontade. Ser sambista no Rio de hoje, é nadar contra a maré, é correr risco, é saber que a qualquer momento o poder público pode querer acabar com o seu samba. Ser sambista no Rio de hoje é encarar os desafios de ser novamente marginalizado, ser perseguido, ser atacado.
Mas nem por isso o samba morre, nem por isso o samba acaba, podem cortar verbas, podem acabar com eventos, podem fechar barracões, podem calar os autofalantes, podem quebrar os instrumentos, podem não dar as devidas autorizações, podem lançar orações contra o samba, podem querer "universalizar", que ainda assim, o samba é maior.
Mas ser sambista é mais! Ser sambista é ser mais feliz, ser sambista é gostar da noite, é gostar do agito, é gostar do som de uma batucada, é gostar da cadência perfeita do samba. Ser sambista é ter um sorriso aberto, é não fazer amigos bebendo leite, é saber que camarão que dorme a onda leva. É reverenciar a malandragem, seja o malandro da antiga, o malandro agulha ou aquele malandro que vira otário quando ama.
O samba chegou a Marte, o samba saiu das favelas, ganhou o asfalto, ganhou a cidade, ganhou o país, ganhou o mundo, ganhou o universo... O samba sim é universal. Não serão 4 anos de um prefeito que disse que faria um governo para as pessoas, sem deixar de mencionar que seriam as pessoas dele, que o samba vai se calar.
Afinal de contas, o samba já foi contravenção, mas hoje em dia, é a mais pura expressão popular. É arte popular do nosso chão. É a produção do show pelo povo, assinando ainda a direção. O samba não tem fronteira, existem em qualquer lugar. O samba não tem cor, não é preto e nem branco, embora seja de alma negra, vindo do semba, diretamente de Angola.
Muitos tentam calar o samba, buscam sufocar sua voz. Acham que o samba é árvore que deve morrer. Só que o samba é árvore de raiz forte, pois enfrentou a chibata, enfrentou a opressão, enfrentou o preconceito e hoje se faz presente, desde o lar mais humilde até o palácio mais abastado. Ninguém pode mais dizer que o samba é apenas para quem é vagabundo ou desocupado.
Mas sejamos sinceros, para cada ato contra o samba, nós, como sambistas, temos o direito e o dever de criar um ato de resistência pacífica. Para cada roda de samba fechada, abrimos mais duas, para cada instrumento quebrado, ensinamos mais três pessoas a tocarem, para cada caixa de som destruída, temos mais um coro de velha guarda entoando um cântico, para cada sambista que se vai, nasce uma criança com o samba no pé.
Não importa se você curte samba de raiz, samba de breque, samba de terreiro, samba canção, samba de quadra, samba de roda, samba pra frente, pagode, partido alto, samba-enredo... O importante é que você gosta de samba. O que importa é que quando você ouve um riscado de cavaco, o som de um pandeiro, ou a batucada dos nossos tantans, você se emociona, toca dentro de você, no seu coração, que passa a vibrar na mesma ressonância da percussão.
Pessoas vem e vão, mas como diz o poeta: "O Samba agoniza, mas não morre"! Viva o samba! Viva o povo do samba! Viva quem faz samba! Viva quem ama o samba! Que embora tantas coisas venham para nos derrubar, que o samba seja sempre essa força para nos alegrar e nos fazer felizes. Feliz dia nacional do samba para todos nós!

Que em mais um dia do samba, a gente possa reverenciar esse ritmo, mas também todos aqueles que fizeram e fazem parte da sua história. Que venham mais tantos e tantos anos de samba, afinal, se com um século, o mesmo ainda não possui o respeito que merece, que nos próximos anos, o mesmo possa recuperar de volta o respeito que tentam lhe roubar. Por isso, vê lá onde pisa e respeita a camisa que a gente suou. Respeite quem pode chegar onde a gente chegou!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Amorfobia

Amorfobia

Sabe, andei falando sobre outros temas, mas o pessoal gosta mesmo é quando eu falo de amor, de relacionamentos, de relações amorosas. Gostam de ver minha forma pragmática de ver essas coisas e a forma como eu as vivo também. Acho que deve ser porque eu vejo o mundo de uma forma diferente, mas que é lógica o suficiente para as pessoas entenderem e me darem razão, ainda que discordem dos meus métodos.
Então, voltando ao tema, hoje quero falar de amor. Na verdade, quero falar das pessoas que fogem do amor, que se escondem dele, mesmo querendo-o. Pessoas que abrem mão de amar e serem amadas, seja por medo, por comodismo ou, simplesmente, por razões não explicáveis, mesmo quando o amor está se mostrando na cara delas, ainda assim, elas dão um jeito de fugir ou sabotar o amor.
Pois bem, todo mundo sabe que eu estou solteiro, que embora tenha um rolo aqui e outro ali, ainda assim, não estou em nenhum relacionamento. Não que eu não queira, é até algo que eu sei que no momento estou pronto para assumir, um compromisso sério com uma outra pessoa, alguém com quem dividir a minha vida, partilhar meus sonhos, conquistas, frustrações e medos, porém, ainda não rolou isso para mim.
Contudo, não foi por inabilidade minha ou falta de vontade, mas sim por conta das pessoas terem medo do amor. Essa amorfobia é um fenômeno que está tomando conta da nossa geração. É algo que eu venho detectando já faz tempo, mas que atualmente eu tenho visto com mais e mais clareza. As pessoas preferem se esconder do que se arriscarem a amar e serem amadas verdadeiramente.
Quantas e quanta vezes eu já não estava saindo com alguém, deixando as coisas caminharem e senti que a pessoa se trava, se esconde e passar a fugir de algo mais sério? A pessoa se assusta com a ideia de um relacionamento vir a ficar mais sério e disso surgir um amor. Mas um amor maduro, daqueles que a pessoa sabe que será para a vida inteira.
A amorfobia está em nossa geração, as pessoas preferem ter pouca afinidade e envolvimento com a outra, quase que um relacionamento clandestino, onde quanto menos se sabe, melhor. Assim, deve ser mais fácil você desapegar ou descartar a pessoa em caso de um pé na bunda ou de aparecer uma transa mais interessante. Deve ser por isso que eu acabo me ferrando, que eu acabo tendo problemas com as mulheres que resolvo me envolver. Afinal, eu me entrego de cabeça.
Já passei da idade de joguinhos, então, o amor para mim não é um problema ou um bicho de sete cabeças, o amor para mim é justamente aquilo que eu almejo. É sendo assim, não consigo ficar entrando nessas neuras de poder amar alguém, de querer saber se a pessoa me ama, de provocar a pessoa a ponto de ela dizer o que sente por mim antes de eu falar o mesmo para ela.
Aliás, deve ser muito cansativo isso! Nos dias atuais, onde você está 24 horas conectado, você demonstrar desinteresse por outra pessoa, deve ser muito complicado. Olhar a mensagem no WhatsApp e ignorar, ver um post no Facebook e fingir que não viu, abrir um e-mail e não ler, ver uma foto no Instagram e não comentar, tudo isso deve ser muito, mas muito trabalhoso. Tudo isso para manter um controle sobre algo que você quer que ocorra, mas que você não deixa acontecer naturalmente.
Meio louco isso, não? Você gostar de alguém, querer que essa pessoa te corresponda, mas você não pode deixar que ela perceba que você gosta dela antes de saber o que ela sente por você. É, isso não pode ser muito saudável, nem fazer bem para a saúde mental da pessoa. Deve causar uma confusão de ideias, levando a pessoa a não saber exatamente o que ela sente.
Resta claro para mim, que embora as pessoas afirmem querer o amor, fazem de tudo para não ter o amor de forma clara e objetiva em sua vida, que quando surge um prelúdio disso, elas já se desesperam, somem, se escondem do outro, para ver se o amor que ele sente vai embora. Acontece que não é bem assim, a pessoa quando se abre para o amor não vai deixar de amar a outra de uma hora para a outra. A pessoa vai correr atrás, vai lutar, vai fazer por onde, vai tentar mostrar para aquela pessoa, que é uma boa eles se relacionarem.
Claro que ninguém é obrigado a ficar com ninguém contra a sua vontade. Mas estou falando dos meus casos, onde a pessoa diz que eu sou a pessoa preferida dela, que só eu consigo aturá-la nos piores momentos, que eu sou seu porto seguro, que eu a acalmo, que eu a faço bem e que ela se vê casando comigo. Estou falando de quando a pessoa percebe que eu sou o seu ideal, mas que ainda assim, ela foge do amor. Deixa a amorfobia atacá-la e tenta fugir a todo custo de vivenciar esse amor, de estar em um relacionamento sério.
É como eu sempre digo: “Pode não durar para sempre, mas que seja eterno enquanto dure. E que dure para sempre”. Eu estou sempre disposto a mergulhar de cabeça, mesmo com esse meu pragmatismo, contudo, eu preciso ver que a recíproca é verdadeira, que a pessoa está na disposição de viver comigo o que eu quero viver com ela. Preciso ver que a pessoa está abrindo mão das suas neuras e dos seus dilemas, que não vai ter medo, que sua amorfobia já foi superada. Que o seu passado não será um peso na nossa relação, que ela está na disposição de encarar esse desafio e vai buscar ser feliz ao meu lado, me fazendo feliz e eu fazendo ela feliz. Por que no final, é só isso que importa, não é mesmo? Amar e ser amado!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

O Poder Em Nossas Mãos

O Poder Em Nossas Mãos

Sinceramente, não entendo como um ser humano pode querer infligir dor e sofrimento a outro ser humano. Como alguém pode deliberadamente acordar e pensar em querer fazer o mal a alguém, sem que essa pessoa tenha lhe feito qualquer mal ou tenha lhe dado motivos para que possa praticar tais atos contra outrem.
Esse fim de semana tive o desprazer de assistir ao vídeo da “escritora/socialite”, que vou me recusar a falar o nome, falando sobre a pequena Titi, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Não conheço a Titi, e muito menos os atores, contudo, consigo sentir a dor e a revolta que eles estão sentindo, não só por simpatizar com a menina pela raça, mas por conseguir sentir empatia para com outro ser humano.
O curioso do caso, é que ele ocorre logo após outra atriz, a Taís Araújo, dar um depoimento nas redes sociais sobre o racismo e as pessoas tentarem ridicularizar ou minimizar o caso. Pois é, por mais incrível que pareça, muita gente ainda acredita que o levante dos movimentos negros contra o racismo é mimimi ou vitimismo. Muitos ainda creem que os negros estão reclamando de barriga cheia.
Porém, no caso da pequena Titi, mais do que o racismo, temos a desumanidade. Vemos o quanto a nossa sociedade está doente, a ponto de alguém se achar no direito de falar as barbaridades que falou de uma criança, inocente e sem qualquer mácula, e ainda assim achar que não é nada demais, que não tem qualquer problema com isso tudo.
Vejo muitas pessoas se solidarizando com a dor dos pais, mas poucos preocupados com a dor da menina. Não que a dor dos pais não seja para se ter solidariedade, não é isso, mas a menina precisa e muito mais da proteção das pessoas.
Aliás, essa tem sido uma máxima em nossa sociedade atual, falamos que um garoto de 12 anos tem cabeça para discernir sobre se comete um crime ou não, mas não para escolher vivenciar sua sexualidade (não estou falando de sexo, mas de escolher quem quer amar).
Já falei uma vez sobre racismo aqui, relembrando o caso do goleiro Aranha, que foi chamado de macaco por algumas pessoas e a época eu falei que quando estão chamando uma pessoa negra de macaco não estão apenas ofendendo-o, mas retirando a sua humanidade. E isso é a mais pura verdade, quando fazem isso, nos comparam a um animal, a uma fera, a uma besta, que não possui nada em comum com os outros seres humanos.
E negar a humanidade de alguém por conta da cor da sua pele é um absurdo! Podemos negar a humanidade de alguém quando ela realmente é selvagem, quando ela se comporta como um ser que não é humano, quando ela abre mão de ser digno da sua humanidade e passa a agir de uma forma contrária a todos os princípios que pregamos, de igualdade, liberdade e fraternidade.
Já tivemos casos de pessoas na história da humanidade que negaram o seu lado humano, Adolf Hitler, Mao Tsé Tung, Slobodan Milosevic e tantos outros líderes que provocaram um verdadeiro genocídio, que foram considerados inimigos da humanidade. Ocorre que, hoje temos pessoas, que não são líderes, que não são influentes, que não possuem ascensão alguma na nossa sociedade, mas que mesmo assim podem ser considerados inimigos da mesma.
Tantos crimes de ódio nos dias atuais, não são meros descasos ou ausência de conhecimento. As pessoas realmente estão com sentimentos negativos e com ideias ruins. Julgam que podem falar o que quiserem, não se importam com os sentimentos alheios e acham que todo mundo precisa achar tudo isso normal.
Pois bem, estamos no momento da vidada. Essa é a realidade, ou a gente muda a postura ou vamos nos afundar cada vez mais. Cada um de nós devemos deixar de sermos seres e passarmos a sermos mais humanos. Respeitar o próximo, não se importando com as diferenças, fazendo valer o que temos de melhor.
A humanidade está se perdendo e poucas sãos as vozes que vejo se levantarem contra isso, poucas são as pessoas que realmente querem vir ao mundo e espalhar amor e carinho, que não se deixam dominar pela raiva e pelo ódio. Hoje, o comum é o falar e fazer o mal, inclusive criticando quem tenta fazer o bem, quem tem a vontade de ajudar ao próximo. Já passou da hora de resgatarmos a nossa humanidade, de voltarmos a agir como seres humanos, buscando o bem coletivo e não só o individual.
Sendo assim, precisamos fugir dessa onda de mau-caratismo e ausência de valores, dessa onda de ódio e rancor, dessa vontade de fazer o mal, desse desejo de ser sozinho de pensar só em si. Precisamos voltar a pensar na humanidade como um todo, pensar que cada indivíduo é importante, que cada vida importa e não nos deixarmos embrutecer pelos dias atuais.
Paguemos o mal com o bem, o ódio com o amor, o rancor com a ternura, sejamos melhores do que já fomos, sejamos mais humanos, mais acolhedores, mais amorosos, mais afetuosos, mais universais, mais verdadeiros, mais sinceros, mais legais. Que possamos cada dia mais sermos faróis para uma nova era, iluminando os caminhos das pessoas que precisam de exemplos, que não nos deixemos corromper, que possamos ser mais certos e corretos, que possamos ser aquela mudança que queremos no mundo. Esse poder está em nossas mãos!

sábado, 25 de novembro de 2017

Dia Da Vivi

Dia Da Vivi

Hoje venho celebrar a minha irmã. Dia 25 de novembro, é o dia dela! Outras pessoas podem fazer aniversário nesse dia, mas na minha vida, esse dia sempre será reservado a ela. Desde quando vim ao mundo, pude perceber que ela era diferente. Em primeiro lugar, porque somos uma família de 5 pessoas, sendo 3 homens e 2 mulheres, mas ela era a menina, era a diferente. Afinal, éramos eu e meu irmão, os meninos, sempre iguais e ela a menina, a diferente, além de meu pai e minha mãe (que embora seja mulher também, sempre teve a sua figura como a mãe e não como menina).
Logo, fui percebendo que ela não era igual a nós, era diferente, não brincava de carrinho, de Comandos Em Ação, não se interessava muito pelo nosso vídeo game e nem por esportes, embora não fosse daquelas pessoas que nunca brincava dessas coisas, apenas não eram os interesses dela e isso a deixava como diferente de nós.
Imagina você, três crianças, 2 meninos e 1 menina, vivendo no mesmo quarto, que não era grande o suficiente para abrigar a todos, mas que nos servia bem. Quando eu cheguei aos meus 6/7 anos, minha irmã chegava aos seus 9/10, uma diferença enorme na época, afinal, eu ainda estava aprendendo a ler e ela já estava pensando em sair sozinha e desbravar o mundo. Aí então, ela começou a ideia de sair do nosso quarto e ter um quarto só para ela.
Felizmente, meus pais puderam fazer o quarto dela e ela se sentiu mais à vontade para crescer e se desenvolver. E as diferenças entre nós se tornaram ainda maiores, afinal, ela tinha a própria TV, não precisava mais ver os programas de meninos que eu e meu irmão gostávamos. Já pegava e via os seus programas preferidos, via as suas coisas, que agradavam ao seu gosto. Coisas que me causavam muita estranheza, afinal, com 3 anos a menos que ela, só queria saber de futebol, vídeo game, esportes e desenhos e seriados japoneses.
Mas o tempo foi passando e pude chegar a adolescência um pouco depois dela, que já tinha o nosso irmão a lhe acompanhar. Nessa época pude perceber que as suas influências eram muito parecidas com as minhas. Claro que eu não era fã de boybands, mas conseguia ouvir com ela, mas tínhamos muito a coisa de ouvir Big Mix no rádio, curtindo todos os funks dos anos 90 com o som nas alturas na sala do nosso apartamento no Cachambi.
Nessa época eu pude ver o quanto nós tínhamos gostos parecidos, o quanto conseguíamos nos alegrar com as vitórias do outro e nos entristecer com as suas derrotas. Lembro bem que foi através dela que eu comecei a ouvir mais atentamente ao movimento do pagode dos anos 90, quando ela ganhou o CD do Molejo e esse CD ficava em nosso aparelho de som tardes a fio, com a gente fazendo as coreografias e decorando as músicas. Bons tempos esses!
Sempre fomos de gostar muito da rua, aliás, acho que se eu gosto tanto da noite como eu gosto hoje em dia, é porque ela me abriu os caminhos. Quantas e quantas discotecas no Colégio Militar a gente não ia. Eu achava que era o máximo de independência que teria naquela época, não só por termos os dois sido alunos do Imperial Colégio Militar do Rio de Janeiro, mas por saber que eu era famoso no colégio, justamente por ser o irmão pentelho da Viviane Mendes.
E não era só isso, eu passava o dia no play do prédio, brincando, jogando bola e ficando na piscina e no fim do dia, subia para casa, tomava um banho e depois descia para ficar curtindo altos papos com ela e os amigos dela até o play fechar. Comecei a conhecer um pouco mais a ela graças a esses papos até tarde da noite no play do Porto Bonança.
Comecei a ver que não era só o sangue que nos ligava ou o fato de estudarmos no mesmo colégio, nossa ligação era maior, era no jeito de falar, nas gírias usadas, nos gostos, nas escolhas a serem feitas... Passei a ver que apesar de sermos muito parecidos fisicamente, a nossa conexão era espiritual, muito além de sermos irmãos, nos tornamos amigos, confidentes e principalmente parceiros.
O tempo passou, a gente cresceu, mas nunca mais deixamos de ser amigos, nossa relação só foi aumentando cada dia mais. Por um breve momento da vida ela se afastou do ninho, foi viver a vida dela sob outro teto, contudo, quando ela precisou, quando teve que ser acolhida, cá estávamos nós de braços abertos para recebê-la.
Viviane, saiba sempre que o mundo pode não ser o melhor lugar, que muitas vezes vamos apanhar, sofrer, chorar, sofrer mais um pouco, lamentar, nos desiludir, sofrer ainda mais, porém, sempre que você estiver para baixo, saiba que eu terei sempre uma mão, um braço, um corpo e uma vida para te levantar. Suas vitórias são minhas e as suas derrotas são minhas também. Não tenho apenas orgulho em ser seu irmão, tenho prazer e felicidade.
Mesmo a nossa vida não sendo sempre um mar de rosas, sei que posso sempre contar com a sua torcida e você pode ter certeza que desde que eu nasci, até o fim das nossas vidas, irei torcer por você. Agradeço pelo seu carinho, seu companheirismo, sua cumplicidade, mas acima de tudo, agradeço o seu amor. Muita gente fala que não devemos agradecer o amor, mas eu agradeço, não só retribuo, mas faço questão de ser grato por seu amor, afinal, ele é tudo o que alguém pode querer.
Como disse o poeta: “Se todos fossem iguais a você, que maravilha seria viver”. Pois é, posso falar não só por mim, mas também por todos os amigos, conhecidos, familiares... Todas as pessoas, que de uma forma ou outra tem o mundo transformado e melhorado só por saberem que você existe no mundo delas. Agradeço a Deus por você existir na minha vida e poder ser tudo o que você é para mim. Te amo!

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Dia De Ação De Graças

Dia De Ação De Graças

A gente em muitos momentos esquece de agradecer, prefere reclamar, prefere se lamentar, prefere fechar os olhos para as coisas boas que conseguimos conquistar e que devemos ser gratos. Muita gente pode achar que agradecer por momentos pequenos é uma supervalorização do pouco. Mas eu não vejo assim.
Passei a valorizar as pequenas coisas, confiando sim que Deus está no comando da minha vida e sabe bem o que é melhor para mim em cada um dos momentos da minha vida. A partir do momento em que me coloco grato até por coisas que a muitos olhos seriam ruins, passo a ser uma pessoa mais feliz e menos amargurada com os rumos da minha vida.
Nem sempre eu sei o que é melhor para mim e na maioria das vezes em que sei, não tenho certeza de que as minhas escolhas são as melhores possíveis para mim. De verdade! Não sei bem se estou conseguindo ser claro, mas já tive diversas provas na vida de que a gente não consegue mudar o que Deus tem para nós.
Mas tratando de agradecer, tenho muito a agradecer em minha vida. Sou muito grato pela minha família e meus amigos, pessoas que estão sempre dispostas a fazer de tudo para me verem feliz, que alegram meus dias, que lutam por mim, que se importam com a minha felicidade e que buscam trazer um pouco mais de paz, serenidade e alegria para o meu mundo. São aquelas pessoas que fazem da minha permanência nesse mundo caótico em algo um pouco mais suportável.
Sou grato por ter um lar. Repare que não falei uma casa, pois realmente eu tenho um lar, uma instituição bem fundamentada e estruturada, que é a base para tudo de bom que tenho em minha vida. Pois é nesse lar que eu tenho meus pais, meus irmãos, minha sobrinha, minha cunhada... É nesse lar que eu posso também conviver com meus amigos. É nesse lar em que recebi a maior parte das minhas lições de vida, onde aprendi o que é o amor, o que é gratidão, o que é felicidade...
Sou grato por poder escrever nesse espaço. Foi esse espaço que me ajudou e muito a sair de um dos momentos mais tristes da minha vida e foi ele que me fez sair desse momento, que me fez retomar o rumo da minha vida e que hoje me serve como algo mais, como um grande incentivador e motivador para viver. Se hoje posso dizer que sou escritor, isso se deve a este espaço, esse blog.
Sou grato pelos meus fracassos. Sim, aí a gratidão por coisas pequenas! Pois é, quando agradeço por esses fracassos, posso falar que consigo reconhecer minhas derrotas e consigo aprender com elas. Posso olhar para eles e tirar lições, buscando melhorar, buscando me tornar uma pessoa melhor com os erros que cometi.
Sou grato por ter uma cama para dormir. Nos dias de hoje, muitas pessoas estão dormindo nas ruas, estão sem ter um teto sobre suas cabeças, sofrendo com todos as intempéries que o mundo lá fora nos traz, sujeitos ao mal tempo, as maldades humanas e todo o mal que esse mundo pode despejar sobre alguém.
Sou grato pela minha saúde. Não sou uma pessoa que tem uma saúde de ferro, mas também não posso me queixar da minha saúde, afinal eu sou um cara muito alérgico, mas apesar disso, não tenho do que me lamentar, só ser muito grato, pois não tenho nenhum problema grave de saúde, não tenho nenhuma enfermidade crônica ou estou com alguma doença terminal.
Sou grato pela minha cor/raça. Sou negro e com muito orgulho! Sou muito feliz por isso, não que veja diferença entre as pessoas por conta de sua cor/raça, mas justamente por algumas pessoas verem. Sou um cara que tem uma capacidade de criar textos coerente e muito acolhidos pelas pessoas, que não representam um determinado grupo de pessoas, que não se identificam pela cor/raça, mas sim porque consigo trazer assuntos e as pessoas não precisam saber a minha etnia para me entender. Porém, mesmo tendo essa capacidade, fico feliz de poder me identificar como negro e ser tido como exemplo para as pessoas.
Sou grato pela pessoa que me tornei. Alguém que não se sente melhor ou pior que os outros, que respeita as pessoas, que deseja o bem ao próximo, que não consegue guardar rancor, que busca ser útil a sociedade, tenta ser sempre o mais gentil possível e que busca ser justo com os outros, seguindo os ensinamentos de Cristo, buscando ser feliz a todo o tempo.
Sou grato por ser brasileiro, por ser carioca, por ser Flamengo, por ser mangueirense, por gostar de música, por gostar de praia, por gostar de ler, por gostar de futebol, por gostar de cinema, por gostar de cultura, por gostar de cerveja, por gostar de estar com os amigos, por gostar de samba, por gostar de pagode, por gostar de rock, por gostar de cozinhar, por gostar de andar de bike, por gostar de dias de sol, por gostar de escrever, por gostar de estar ao ar livre, por gostar de papear, por gostar da vida.
Em suma, eu sou grato por estar vivo, pois já tiveram momentos em que pensei que isso não era uma dádiva, mas sim um tormento, mas hoje, sei que Deus me pôs aqui para ser feliz, e uma das bases da felicidade é a gratidão. E hoje posso dizer, que sou grato por todas as pequenas coisas e não é valorizar as pequenas coisas, é ter a certeza que a gratidão é um caminho para a felicidade.