terça-feira, 31 de outubro de 2017

O Melhor Ainda Está Por Vir!

O Melhor Ainda Está Por Vir!

Há muito que a vida me ensinou que ela não é pros fracos, pros iniciantes e pros desistentes. Faz tempo que eu aprendi na marra, que o mundo pode ser um lugar opressor, feio, hostil, maquiavélico e injusto, contudo, apesar de tudo isso, aprendi também que temos que saber tirar o melhor proveito de cada uma das situações que se apresentam para nós. Muitas vezes a gente tem sonhos e expectativas frustrados e começamos a achar que tudo mais vai dar errado, ou seja, não sabemos como tirar o melhor dos limões que se apresentam.
Pois é, a minha vida foi uma montanha russa nos últimos tempos. E a duras penas, tive que conseguir ver flores no deserto ou então, tirar leite de pedra. É questão de troca de área de atuação, fim de vínculo empregatício... Escolhas. Algumas eu tomei, outras tive que aceitar, mas no fim das contas, em todos os casos, quando a vida meu deu limões, eu juntei com açúcar, gelo e limão e fiz uma deliciosa caipirinha.
Muita gente se desesperaria, acharia que não há luz no fim do túnel, mas eu já tinha visto como a vida funcionava, já tava entendendo o meu papel aqui nesse planetinha azul. Já falei num texto aqui, que aprendi que temos que ser os senhores da nossa história, os protagonistas do nosso destino e não ficar esperando que alguém ou alguma força maior dite a nossa vida.
Pois bem, mais do que nunca, eu posso dizer que quando você tem um talento e trabalha em cima dele, você acaba sendo recompensado, alguém acaba reconhecendo o seu esforço e te dando uma mão. Muita gente vai falar que foi pura sorte ou então, que você ganhou aquilo de mão beijada. Poucos foram aqueles que acompanharam os vários nãos que você levou, os percalços que você enfrentou, as batalhas que você enfrentou e venceu...
Todo mundo só vai olhar pro seu sucesso e achar que esse reconhecimento é exagerado ou que você não é assim tão bom, ou mais ainda, que você tá sendo agraciado meramente porque tem uma capacidade grande de bajular os outros. Poucos conseguem reconhecer o tempo que você investiu nisso, o quanto você fez por onde, quantas noites você ficou acordado até tarde para se aperfeiçoar, quantos anos você levou para conseguir ser tão bom quanto você é,
As pessoas tendem a desmerecer as vitórias alheias e enaltecer as suas próprias. Ninguém é melhor do que ninguém, ninguém é superior a ninguém, mas devemos dar o devido crédito aos outros. Não é todo dia que se consegue fazer uma pesquisa científica bem-sucedida, ou que se passa numa prova de concurso, ou que se pinta um quadro memorável, ou que se compõe uma música, ou que se forma numa faculdade, ou mais ainda, que se tem o talento reconhecido por algo que lhe é nato.
É curioso, que muitas pessoas não sejam capazes de elogiar sinceramente os outros por conta de talentos ou atividades em que os outros se destaquem, meramente por não verem que aquilo foi conseguido por aptidão da pessoa. Atribuem a sorte, a uma troca de favores, até a uma incapacidade coletiva de verem a verdade, mas não são capazes de dar o braço a torcer, de que aquilo que o outro fez é de primazia.
Quantos talentos não são desperdiçados por conta de falta de incentivo? Quantos músicos excelentes não estão tocando nas ruas, calçadas, marquises e transportes coletivos? Quantas pessoas você já não conseguiu enxergar como um diamante bruto, mas que por conta da dureza da vida, não foram lapidadas? Pois é, a gente é responsável por alimentar os talentos da humanidade.
Falo isso, pois em muitos casos, a nossa sociedade é escravizadora de talentos, enjaula-os, aprisiona-os, encarcera-os. A humanidade tende a padronizar as coisas e julgar mal tudo aquilo que é diferente, que é divergente, que é atípico, que é anormal. Transformamos todas as pessoas em medíocres e não falo medíocres de algo ruim, mas medíocres de algo na média, de algo ordinário, de algo comum.
Bem, para quem ainda não sabe, ou está entrando pela primeira vez nesse espaço, desde que me entendo por gente, tive o dom das palavras. Dom esse que me fez explorá-las na forma de poesia, de canções, de verso, de prosas, mas nada me fez tão bem e me deixou tão satisfeito como agora, descobrir meu dom como cronista. Não sou daqueles que quer o reconhecimento de milhões, não, isso não me apetece. Pra mim, o que vale é o reconhecimento dos entendidos, das pessoas que conseguem se conectar com as minhas palavras, aqueles que conseguem compreender completamente o que estou dizendo.
Acontece, que esse talento só veio à tona, depois de mais uma das vezes em que a vida me deu limões. Eu tive uma depressão entre os anos de 2014 e 2015, nada que me tenha deixado traumas, mas que me serviu para rever as prioridades que eu tinha na vida. Uma das coisas que eu resolvi priorizar, graças ao trabalho da minha analista, foi justamente a escrita. Voltei a escrever constantemente, chegando a fazer quase que um texto por dia, no ano de 2016.
Sendo assim, hoje, esses limões, viraram uma deliciosa caipirinha, desenvolvi meu talento, dei atenção ao que eu poderia e o que eu queria fazer. Me apeguei ao que me dava prazer, aquilo que começou como um hobby, hoje é um estilo de vida. Não me vejo mais tolhendo o meu talento, ou procurando fazer coisas que seriam apenas para pagar minhas contas.
Hoje, eu posso dizer que peguei os limões e fiz limonada, caipirinha, torta de limão, doce de limão, michelada e tantas outras coisas muito mais saborosas. Aprendi que nem sempre quando a gente cai a gente não vai mais se levantar, aprendi a acreditar em mim e perseguir os meus sonhos, mas acima de tudo, aprendi que a gente deve sempre ser grato a Deus, por nos mandar anjos capazes de alterarem o curso das nossas vidas. Pode confiar: “A vida é pra quem sabe viver, procure aprender a arte, pra quando apanhar não se abater, ganhar e perder faz parte (...)”.
Por isso, nunca duvide de si, acredite nos seus talentos, confie na sua capacidade de gestão da sua vida, não se preocupe se aos 20 anos você não está milionário, se aos 30 você não está bilionário, se aos 40 você não é o rei do mundo. Seja você mesmo, cada um tem o seu tempo. Mas confie que o que é seu está guardado, que você precisa ser fiel a você, acreditar em si, confiar nas suas escolhas e trabalhar para que o seu talento te leve aos pontos que você nunca imaginou. E tenha a certeza, o melhor ainda está por vir!

sábado, 28 de outubro de 2017

Ser Flamengo

Ser Flamengo

Vejo amigos meus reclamando sobre o Flamengo, quando nem é o time deles, vejo gente dizendo que somos arrogantes, prepotentes, que somos pessoas piores, por torcermos justamente para o time vermelho e preto da Gávea. Pois bem, pra você, meu caro, só posso dizer, me desculpe, mas Flamengo é diferente de tudo o que existe. Não é o time, não são os jogadores, não é a diretoria, não é o craque... O que nos torna diferentes, é simplesmente o fato de que SOMOS FLAMENGO.
Flamengo não se explica, se sente. É você jogar com um time com maior qualidade técnica, com jogadores mais bem preparados, com um centro de treinamento mais estruturado e mesmo assim, ter certeza da vitória, não porque você é maluco, porque você é um sonhador, mas simplesmente pelo fato de que no seu coração entoa o cântico "Flamengo até morrer eu sou". Não, não sumimos quando fomos eliminados na fase de grupo da Libertadores e nem quando perdemos a final da Copa do Brasil, apenas estávamos reunindo forças para voltarmos a lutar. Sabe quando você toma uma porrada e precisa se reorganizar, para saber se corre ou se luta? Pois é, a gente luta.
Quem realmente faz a diferença é a Massa. É a Nação Rubro-Negra. Claro que todos os times trazem paixão aos seus torcedores, mas não sei explicar, só sei sentir. Agradeço ao meu pai por ter me feito rubro-negro desde o primeiro dia da minha vida, tendo a certeza de que farei o mesmo pelos meus filhos. Flamengo é saber que perder só é permitido quando há entrega, há sacrifício.
Quando o Flamengo joga, acreditamos que podemos virar até o último minuto, até o apito final do juiz, desde que vejamos que o time está lutando. Por isso, desde sempre aprendi que quando não dá na técnica, vamos na raça. Aí, meu caro, com a Nação, dentro do Maraca, ninguém consegue encarar. Não somos rubro negros, flamenguistas, urubus, flavelados ou qualquer outra denominação que nos empregam.
Saibam, todos vocês, que nós, somos FLAMENGO. Como já disse o poeta: 'Inda bem que eu sou Flamengo, mesmo quando ele não vai bem, algo me diz em rubro-negro, que o sofrimento leva além...". Pois é isso, ser Flamengo é acreditar que o dia seguinte sempre será melhor e que algo melhor sempre está por vir. Acreditem, existem místicas e místicas, e a do Flamengo é que ele é FLAMENGO.
Por mais que todos neguem, o Flamengo incomoda, o Flamengo causa essa coisa de amor e ódio, a pessoa não consegue ser indiferente ao Flamengo. Como bem disse o tricolor Nelson Rodrigues: “Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia” e por isso mesmo, geramos esses sentimentos conflitantes.
Mas a verdade é uma só, não tem que entre no Maraca lotado, assista a Nação Rubro-Negra dando show, gritando, tocando seus instrumentos e balançando suas bandeiras e consiga não se emocionar. Não dá pra ficar ali e não sentir no peito uma emoção arrebatadora, uma vontade de gritar junto, de fazer parte daquela massa.
E não é só no futebol! Somos isso. O Flamengo é assim, agora, até nos e-esportes estamos participando e já nas seletivas de escolha dos participantes do time, houve torcida, gritos de incentivo, cobranças... Nós somos assim, queremos ver o Flamengo sempre sendo Flamengo.
Por isso nos causa estranheza ver nosso time jogando só com técnica. Como pra nós, craque o Flamengo faz em casa, qualidade técnica é o mínimo que qualquer time que perfile com as nossas cores deva ter, contudo, ainda assim, nunca poderá faltar a raça. Tem que correr, tem que suar, tem que dar carrinho, tem que vibrar, tem que acreditar até o último minuto, até a última bola.
Ser Flamengo é acreditar que o Rodrigo Mendes vai acertar aquele chute aos 39” do segundo tempo e dar o título pra gente. É empurrar a bola Pet aos 43” do segundo tempo com a mão, mesmo que aquela não seja a melhor posição de cobrança do Pet. É assoprar o Angelim, para que ele alcance aquela bola cruzada e marcar o gol do hexacampeonato. Ser Flamengo é você ir contra todos os prognósticos. É ver o Neymar destruir num jogo na Vila Belmiro, marcar o gol mais bonito do ano e ainda assim, acreditar que o R10 vai fazer a diferença.
Ser Flamengo é estar na zona de rebaixamento, como em 2007 e ainda assim acreditar que chegar na Libertadores é possível. É estar com 89% de chance de rebaixamento, como em 2004, precisando vencer 8 jogos em 11 e ainda assim ficar sossegado, pois: Aqui é Flamengo!
Outros gritam: “Vai, Corinthians”, enquanto nós gritamos: “Vamos, Flamengo”. Aqui a gente tá junto, aqui a gente faz parte, aqui a gente tem certeza que lotar o Maracanã faz diferença, a gente sabe que somos o 1º jogador e não o 12º como alguns afirmam. Aqui, tem jogo em que a jogada mais bonita é feita na arquibancada.
Ser Flamengo é saber que nem tudo é perfeito, mas que uma vitória nossa muda o seu dia. Ser Flamengo é você se alegrar com uma vitória e chegar a passar mal com uma derrota, ficar triste, deprimido, mesmo sabendo que no próximo jogo tudo pode mudar.
Ser Flamengo é reverenciar o passado, engrandecer o presente e fertilizar o futuro. É não ter estádio e fazer de qualquer estádio a nossa casa. É poder falar que em qualquer lugar que a gente jogue, estaremos em casa, pois somos os maiores do mundo, não sou eu quem está falando, é a FIFA.
Ser Flamengo é isso, é ser uma pessoa diferenciada, é ter um dia para exaltar a instituição, mas é ter o dia de hoje para exaltar a nós mesmos, que somos quem na verdade faz o Flamengo. Podem passar diretorias, técnicos, comissões técnicas, atletas, craques, jogadores botinudos, jogadores ruins, jogadores memoráveis, jogadores que honra a camisa, jogadores que nunca pisaram no gramado de jogo, conselheiros, beneméritos, patrocinadores e tudo mais... Tudo isso passa. Só tem uma coisa que não passa no Flamengo, a sua torcida, a massa, a magnética, a NAÇÃO RUBRO NEGRA! E hoje é o dia de exaltar a ela, por tantos e tantos títulos que eu já conquistamos para o Flamengo, afinal, sem nós, não existiria o Flamengo como ele é. Feliz dia do flamenguista para quem criou o dia, mas pra nós é FELIZ DIA DO FLAMENGO!

SRN

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Alguém Que Te Tire O Fôlego E Não A Paciência

Alguém Que Te Tire O Fôlego E Não A Paciência

Eu tenho que admitir que apesar de ter tido muitos relacionamentos longos em minha vida, ando muito sem saco para buscar algo sério com alguém que não me demonstre estar na mesma disposição. E isso é engraçado, porque quando você está solteiro no meio de amigos que estão se casando, noivos ou somente tendo um namoro, você acaba sempre sendo assunto das pessoas. Geral quer te apresentar a prima da vizinha, a colega de trabalho do irmão, a amiga do dono da lanchonete e várias coisas assim.
Mas é uma situação que por mais que você tente evitar, as pessoas não conseguem compreender que embora você não esteja num relacionamento sério, você não precisa estar carente, sem sexo ou ainda desesperado. Não, eu apenas já estou maduro o suficiente nesse quesito, para saber o que eu quero e o que eu não quero, para saber que o meu relacionamento tem que me trazer coisas boas, que com ele eu tenho que perder o fôlego, sempre e não a paciência.
E falo isso de boa, sem querer levantar bandeira ou criar polêmica, minha ideia não é essa, minha ideia é apenas expor essa minha opinião sobre a coisa, mais uma vez, pois parece que muita gente não consegue entender isso. Eu não tenho que deixar de ser solteiro porque todos os meus amigos, parentes, conhecidos, meus pais ou quaisquer outras pessoas querem que eu deixe de ser solteiro. A vida não funciona assim. Eu não tenho que agradar aos outros, eu apenas teria que agradar a pessoa que eu escolhesse para ser minha companheira e a mim.
É curioso, como muita gente entra em relacionamento para agradar aos outros ou para satisfazer seu ego, esquecendo que um relacionamento tem como objetivo construir uma relação maior, fortificar uma união que poderá virar uma nova família. Mas essa visão é uma visão madura, admito, não é algo que eu pensava há quase 20 anos atrás.
Nesta época, eu nem me preocupava com o dia de amanhã, quanto mais em ter uma família, casar com alguém, ter filhos, comprar uma casa, planejar um futuro a dois. Nesta época eu só pensava em curtir, beijar na boca e pronto. Algo normal, para um típico adolescente dos anos 90, que assistia Barrados No Baile e achava que pegação era a coisa mais comum que podia existir.
Hoje em dia eu não deixei de crer que pegação é algo legal, normal e totalmente natural, mas passei a acreditar que relacionamentos frívolos não me preenchem. Claro que de vez em quando ainda acontece de ter um encontro ou outro assim, mas não é mais o meu ponto de interesse. Desde que eu comecei a ter relacionamentos sérios, que eu passei a me preocupar mais em criar pontos em comum com a pessoa do que ficar colecionando números de telefone e relações infrutíferas.
Daí me pego no meio das pessoas da minha geração que se encontram fora de relacionamentos, sejam elas solteiras, viúvas, divorciadas, descasadas... Mas que por algum motivo se encontram disponíveis nos dias de hoje para eu me relacionar e vejo que em muitas vezes, as pessoas estão tão desesperadas, despreparadas e desamparadas, que se sujeitam a se meter em todo e qualquer tipo de relacionamento, só para suprir uma carência, uma necessidade ou então agradar aos seus amigos e parentes.
Eu não sou assim, eu gosto de conhecer as pessoas, de saber como elas são em seu estado mais eufórico, mas também de conhecer o seu estado de maior sofrimento e angústia. Pois é, eu sou da teoria de que se eu conhecer os extremos da pessoa, eu poderei saber se eu posso aguentar ela ou não. E porque o máximo de euforia e o maior sofrimento? Simples, porque é até fácil aguentar alguém super eufórico, mas você saber lidar com a pessoa quando ela está sofrendo demais, isso sim é capaz de mostrar se você está disposto a encarar o desafio.
Outro ponto importante de se ressaltar, é que eu sou uma pessoa que se desapega fácil. Eu só consigo criar vínculos profundos, daqueles que as pessoas mesmo longe, mesmo distantes, mesmo que não estejam mais presentes em minha vida diariamente, ainda assim, sei que nossos laços não se quebrarão, entende?
Desta forma, se a pessoa não me marcou a ponto de criar uma ligação profunda entre nós e a pessoa não se mostre interessante pra mim, a ponto de eu estar sempre querendo saber mais e mais dela, eu me desinteresso, deixo de lado, acabo abrindo mão. Sendo assim, iria descartar a pessoa de uma forma calma e tranquila, como se ela nunca tivesse passado pela minha vida.
Muita gente acha essa minha forma de encarar os relacionamentos muito fria e sem emoção, contudo, não é verdade, é muito quente e emocionante, pois eu sou assim, quando gosto, gosto pra valer, mas se eu não conseguir gostar, paciência, não sou obrigado a gostar de todo mundo. E mais, posso ter uma atração física inicial pela pessoa, mas com umas saídas, me aprofundando mais nela, posso perceber que não há interesse amoroso, mas tão somente uma amizade para ser construída.
Sim, é muito complexo, não estou dizendo que a minha forma de lidar com relacionamentos é a ideal, mas é a que funciona pra mim. Eu gosto de criar conexões, fazer pontes entre mim e as outras pessoas, gosto de saber o que a pessoa gosta. Além disso, sou muito bom em ler as pessoas, em saber o que elas querem e o que elas não querem, em identificar se a pessoa está bem ou está mal, pela forma como ela fala ou pela forma como me responde uma mensagem, já sei se ela está bem ou está mal.
Pra mim, vale a conexão entre o casal, não precisam gostar das mesmas coisas, embora isso ajude muito, mas respeitar as vontades alheias e estar disposto a vivenciar com o outro esses momentos. A ideia é sempre somar, multiplicar, fazer o outro ser mais. Quero um relacionamento, não de sonhos mas sim de amor, algo que seja digno, que me agrade, que agrade a minha parceira, que seja capaz de criar uma família...
Quero alguém em quem eu pense em todos os momentos do meu dia, que eu fique imaginando se ela está bem, que eu sonhe em ter filhos com ela, que fique pensando em quanto posso fazer ela feliz, sonhando com a nossa velhice, buscando fazer ela feliz cada dia mais, preciso de uma pessoa que queira sonhar essas coisas comigo, que queira viver esse sonho comigo, que saiba ser minha companheira, que saiba ser minha mulher, mas acima de tudo, quero alguém que saiba me fazer rir quando eu estiver desanimado, que saiba me acalmar quando eu estiver nervoso e que saiba me amar pelo que eu sou.
Mas acima de tudo, não quero perder tempo, não quero estar com alguém que não sabe o que quer, que não está ciente do que deseja pra si ou para os outros. Não quero gente com mimimi, nem quero quem esteja afim de perder tempo e me fazer perder tempo. Não quero quem me traga problemas, que venha com papinho mole, que me encha o saco, que esteja afim de fazer joguinhos...
Então, o que busco é alguém que me livre de problemas, que confirme as minhas crenças de amor eterno, de feitos um pro outro, de fidelidade, de companheirismo, de família, de vida a dois... Quero alguém que siga os mesmos preceitos que eu, que esteja disposta a viver uma vida como eu vivo, que tenha valores semelhantes aos meus, que busque uma vida que não tenha muitos luxo, mas seja confortável e feliz para nós, que não tente me mudar, mas que potencialize o meu melhor, que se torne alguém melhor ao meu lado também e que a sua felicidade maior seja estar comigo e eu com ela. Quero alguém que só me tire o fôlego e não a paciência, que me faça almejar por cada momento ao seu lado e não somente tolerar, que me mostre o que é o verdadeiro amor e que seja capaz de eternamente me amar.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Você Votou No Aécio

Você Votou No Aécio

Como o ser humano é curioso. Daquelas coisas que quando a gente morrer, eu vou ter que ter um papo sério com Deus para conseguir colocar nessa minha cabeça pragmática, qual que era a intenção de Deus ao criar tais seres. Não vai ser no sentido de tirar satisfação, de forma alguma, mas ainda assim, será no intento de compreender como podemos ser assim tão complexos e tão esquisitos, sendo claro que não conseguimos mostrar porque agimos de tal maneira, senão, por mero egoísmo.
Você não se pergunta, às vezes, porque nós fazemos determinadas coisas e não outras?! Ou ainda porque temos certas atitudes perante um fato, mas estranhamos se os outros tiverem a mesma atitude perante o mesmo fato?! Ou ainda mais, porque aceitamos certas coisas de determinadas pessoas e não aceitamos essa mesma coisa de outras?! Ou seja, somos complexos, esquisitos e estranhos.
Falo isso, porque agora está havendo um movimento, mais um de caça às bruxas, contra os eleitores do Aécio Neves. Entendo que quem votou no Aécio, votou com a melhor das intenções. Mas meu ponto é justamente a postura das pessoas após as eleições, uma vez que surgiu o movimento: “A culpa não é minha, eu votei no Aécio”. Era uma forma de retirar a culpa desses por conta dos problemas que o país atravessava na época e que hoje ainda atravessa.
Ocorre que, o mundo realmente gira, as coisas mudam, e aí que entra essa minha questão da retirada de culpa, sabe porquê? Simplesmente porque, agora que se descobriu a participação do Aécio em esquemas de corrupção, que antes eram atribuídos somente ao PT. Com isso, saiu o: “a culpa não é minha, votei no Aécio” e entrou o: “mas era Aécio ou Dilma”.
Sim, era Aécio ou Dilma, era uma “Escolha de Sofia”. Tínhamos que fazer essa escolha entre os dois, mas nem por isso, a culpa era de um ou de outro, a culpa era do sistema e consequentemente é nossa, pois temos a certeza que nada fizemos para mudar o sistema desde então. Contudo, o que critico é justamente essa postura de se isentar de culpa.
Todos temos culpa, os que votaram em A, os que votaram em B, os que não votaram, os que anularam o voto, os que não votam nunca... Todo e qualquer brasileiro tem culpa, pois não demos a real atenção ao problema do sistema político. Porém, me incomoda essa questão de tirar o corpo fora que muitas pessoas têm. Não consigo entender tal postura.
Atualmente eu não vejo ninguém mais defendendo que a culpa não é sua, porque votou no Aécio. Assim como não vejo mais as pessoas falando que votaram no Crivella para impedir o Freixo de chegar a prefeitura do Rio. Eu mesmo, admito a minha culpa em algumas coisas, votei na Dilma para impedir que o Aécio chegasse ao Planalto, fato que hoje se mostra como a melhor das minhas decisões. Além disso, votei no Pezão, para impedir que o Crivella chegasse ao governo do estado, decisão essa que também se mostra correta, devida a lastimável administração que o bispo está fazendo na Cidade Maravilhosa. Por fim, votei no Freixo, mesmo com todos os meus senões contra ele, votei nele para evitar novamente que Crivella chegasse ao poder. Nesse último caso, não consegui fazer valer a minha ideia de escolha, contudo, não me eximo de culpa.
E aí que mora o meu incômodo, pois muita gente sempre tende a se esquivar das suas responsabilidades, se ausenta das suas escolhas, tenta sempre achar um bode expiatório, um culpado, alguém para culpar em todas as situações do cotidiano humano. O ser humano tende a ser “covarde” e se esconder de suas responsabilidades.
No caso em quem citei os eleitores do Aécio, vejo isso, se envergonham hoje, não de terem feito uma escolha por um candidato que se mostrou equivocada, mas se envergonham da postura que tiveram após a eleição. É, porque naquela eleição, pintaram o Aécio de santo, colocaram ele como um pobre coitado, que infelizmente não pode ser presidente e por isso mesmo, carregava consigo, a honra, a glória, a coerência e a luta contra a corrupção.
Eu nunca confiei em Aécio, por isso minha escolha ter sido pela Dilma, sabendo dos seus defeitos, das falhas cometidas pelo PT e por seus aliados. Votei nela, não por compactuar com o que tinha sido feito, mas sim, como uma forma de projetar uma mudança de postura, mas ainda seguindo com as vitórias sociais conseguidas pelo nosso país. Ledo engano, uma vez que o PT continuou aliado aos picaretas e ainda tomou um golpe dos maiores picaretas desse país.
Quem votou no Aécio, acreditou que ele era o grande Salvador da Pátria, aquele que iria mudar nosso país, que salvaria a nossa economia, que ele seria o grande responsável por nos levar ao primeiro mundo. Ocorre que, o Aécio não é nada disso, ele era apenas mais um, assim como o PSDB é só mais um partido e qualquer outro personagem da nossa política será só mais do mesmo, pois o nosso problema não são os políticos, mas sim a forma como se faz política nesse país.
Hoje, as pessoas dizem que votaram no Aécio para evitar que a Dilma fosse eleita. Argumento que seria totalmente válido, se posteriormente não tivéssemos descoberto que o senador é ainda mais corrupto que aqueles a quem ele acusou de corrupção e mais, maculou os sonhos de todos que desejavam um país melhor apoiando ele. Contudo, os eleitores dele, esquecem-se do movimento: “Eu não tenho culpa, eu votei no Aécio”. Esquecem-se, inclusive, deliberadamente, para novamente se eximirem de culpa.
Não acho que as pessoas devam ser punidas por escolhas políticas, todos devemos ter convicções ou ao menos buscar ter posicionamento político, para que possamos fazer, realmente, política nesse país. Ocorre que, os aecistas continuam com a mesma postura blasè de antes, com posturas como: Eu não tenho bandido de estimação ou Que todos paguem pelos seus atos.
Ocorre, amigos, que até o momento, só uma presidente democraticamente pelo povo foi destituída de seu cargo, por um movimento feito para perpetuar a corrupção no poder. O povo bateu panela, foi a rua de verde e amarelo, andou na Atlântica, mas hoje, quando o quadro é muito pior, onde o presidente do país é diretamente envolvido em escândalos (isso mesmo, no plural), as forças que o apoiam estão ainda mais envolvidas, o presidente faz tramoias para se manter longe do banco dos réus, o congresso abraça corruptos e o senador Aécio Neves (candidato dessas pessoas) foi liberado pelo senado, ainda assim, essas pessoas se mantém inerte. Não falam uma palavra, não se indignam, não falam mais que o seu candidato era isso ou aquilo...
Foram tantos escândalos seguidos, que de lado a lado, “esquerda” ou “direita”, mortadelas ou coxinhas, tucanos ou estrelas, azuis ou vermelhos... Tanto faz o lado, o matiz, a região, o tipo, a origem, a cor, a raça, o sexo, a idade, o credo, qualquer que seja o político, ele é passível de ser devorado pelo sistema político brasileiro. Que está montado de tal forma, a perpetuar pessoas e famílias no poder, capaz de corromper homens tidos de bem, que transforma boas ideias em formas de ilicitude, que barganha poder por cargos, que troca votos por dinheiro, que valoriza mais o benefício político do que o conhecimento técnico...
Pois é, ou a gente aprende a olhar que somos todos culpados, que ninguém pode se eximir de culpa, perceber que todo e qualquer político que é eleito está lá para governar por todos e não somente pelos seus eleitores, que não há quem diga: “Cuidando das pessoas” e possa cuidar só dos seus interesses, não podemos pensar em política só de 2 em 2 anos, quando tem eleição, que temos que acompanhar as atividades parlamentares, termos maior engajamento político, pensar melhor nas nossas escolhas e debater mais sobre o assunto com nossos parentes, amigos e conhecidos. Não podemos deixar que essa corja continue comandando o nosso país e acharcando os nossos bolsos e ficarmos com os braços cruzados. Como bem disse o poeta: “Até quando você vai levando porrada? Até quando vai ser saco de pancada?”. Pois é, até quando você vai aceitar isso? Muda, Brasil! Mostra a sua cara! A hora é agora! E como eu já disse, somos nós x eles! E você, vai ficar de qual lado? Do que se corrompe, do que se omite ou você vai pra guerra?

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A Humanidade Ainda Tem Jeito?

A Humanidade Ainda Tem Jeito?

Cara, o mundo anda realmente um lugar esquisito. As pessoas andam relativizando tudo e todos. Conseguem sempre mostrar o pior lado que o ser humano tem. Nunca se mostram afeitos ao bem, a humanidade, ao amor, a paz, é sempre o mal, o individualismo, o ódio e a guerra. As pessoas gostam de pregar as suas verdades, achando que somente a opinião delas conta. É o seu sistema econômico, o seu candidato, o seu jeito de agir, a sua forma de pensar, é só no individual, nunca no coletivo.
Falo que o mundo tá esquisito e geralmente, quando falo disso, sou mal interpretado, pois as pessoas acham que quero impor a minha forma de pensar, o meu jeito de ser, mas não é nada disso. O que quero é justamente o oposto, quero que todo mundo possa ter a sua forma de pensar, o seu modo de agir, contudo, acima de tudo, quero que pensemos no futuro da humanidade, no futuro da raça humana, quero que pensemos no bem coletivo, quero que busquemos uma forma de a vida ser melhor para todos, não só para uma parte da humanidade.
Não, não tenho um pensamento utópico ou revolucionário, outras pessoas já pensaram nesse bem: Gandhi, Jesus Cristo, Jonh Lennon, Martin Luther King Junior, Nelson Mandela e tantos outros pensadores, que ousaram desafiar a lógica individual do ser humano e buscar pensar um mundo em que o individual não seria nunca mais importante que o coletivo. Onde as pessoas poderiam se respeitar como iguais, onde não haveria diferenciação por conta de cor, raça, credo, sexo, idade, tamanho, força, nacionalidade...
Ocorre que, com o passar do tempo, os seres humanos estão se preparando para uma vida em que cada vez mais eles possam ser individuais, onde eles possam buscar apenas os seus interesses, se esquecendo que coabitamos esse planetinha com outros tantos bilhões de pessoas. Estamos preparando um futuro tenebroso, onde as pessoas estão cada vez mais fechadas nos seus mundos, onde elas são o centro do universo.
O problema disso é que assim, temos vários universos, com cada pessoa sendo o centro de um universo. Daí, acaba havendo o choque entre universos, pois o que é bom pra mim, pode não ser para o outro ao meu lado, assim como o que é bom pra ele, pode não ser bom para um terceiro e assim sucessivamente, nos levando a perceber que cada mundo desses, cada indivíduo que é o centro do seu universo, está pensando apenas em preservar o seu mundo e não todos os mundos.
Falo que o mundo tá esquisito, pois eu sou católico, participo de movimentos da juventude católica e no meio dessas pessoas, me sinto um peixe fora d’água. Não que eu discorde de crenças e tudo mais, porém, não me acerto com os pensamentos propagados, uma vez que em sua maioria, essas pessoas são contrárias ao aborto, mas a favor da pena de morte, ou são a favor da legalização da maconha, mas contrário ao desarmamento, são contrários aos direitos humanos, mas pregam o exemplo de Cristo como forma de vida.
Não, não estou aqui dizendo que o meu pensamento que é o certo, entretanto, prego coerência nos discursos. Afinal, é muito fácil fazer campanha contra o aborto e depois, quando o jovem cresce sem estrutura familiar, sem oportunidades de estudar, crescer e se tornar produtivo para a sociedade, se tornando um marginal, aí, prega-se a pena de morte, afinal, bandido bom é bandido morto. É incoerente isso! Ou ainda, você sabendo que as drogas são ilegais no nosso país (e aqui, me furto ao debate sobre os motivos disso ou de certas drogas serem legais ou não, pois isso é assunto para outro texto), ainda assim, compra as drogas ilícitas, mesmo sabendo que quem está vendendo para você, faz parte do aparato internacional de tráfico de drogas, inclusive, mantendo o domínio armado que causa tantas mortes em nossa sociedade.
Falo que o mundo tá esquisito, pois em nosso país, as pessoas se indignaram contra uma presidente acusada de corrupção, mas não se revoltam contra um presidente assumidamente corrupto. Não acham nada demais o mesmo, para salvar o seu cargo, ter aprovado uma reforma trabalhista totalmente lesiva aos trabalhadores e ainda precarizar o combate ao trabalho escravo. As pessoas andam meio fora da casinha mesmo.
Julgam o que é arte baseado somente em seus gostos e criticam formas de arte que são contestadores e obrigam as pessoas a pensarem fora do senso comum. Querem dar ao Estado o direito de decidir sobre o meu livre-arbítrio e sobre o meu direito de ir e vir. Se revoltam com um gol mal anulado, mas se calam diante de desgovernos e descalabros. Acham normal um representante público enaltecer um torturador e assassino, mas reclamam de quem defende os direitos humanos e também igualdades sociais, sexuais e afins.
Falo que o mundo tá esquisito, pois as pessoas se compadecem com a morte de um artista por overdose, mas acham normal as crianças que morrem diariamente na África, ou ainda, que se chocam com atentados em Paris, EUA e Inglaterra e afins, mas se calam sobre os atentados na Somália, Iraque e outras localidades menos idealizadas. É como aqui, em diversas comunidades as pessoas vão morrer sob o som de tiros, contudo, se isso ocorre na Rocinha, nosso ministro da Defesa diz que é um absurdo.
Como eu disse, é a relativização da vida humana. Com as pessoas usando sempre dois pesos e duas medidas, é a banalização do inaceitável, as pessoas preferem se revoltar com uma mostra cultural, onde um homem está parado imóvel e é tocado por uma criança, que foi levada pela mãe (sendo essa a única responsável por expor a criança a material inapropriado ou não), mas se calam diante da omissão da justiça, a servidão do congresso ou a corrupção no palácio do planalto.
Nossa sociedade está doente, já cansei de falar isso. As pessoas andam cada vez mais extremas, com um pensamento: “Se você não está comigo, então você está contra mim” (Eu sei, é do Star Wars mesmo). Mas esse pensamento serve muito pra ilustrar os dias de hoje, onde as pessoas estão cada vez mais individuais, esquecendo-se que o ser humano é um animal social, que ele depende da sociedade, pois não consegue mais viver e prover sua subsistência de forma única.
Hoje, dependemos de outros seres humanos para tudo, não conseguimos mais viver em cavernas, nos alimentar de nossas caças e prover segurança para a nossa prole. Não, hoje dependemos de uma rede engendrada da sociedade, que depende desde o mais simples catador de minhocas, até o mais alto executivo da NASA, todos temos o nosso papel para fazer essa rede se manter ativa.
Ninguém no mundo é melhor do que ninguém, embora a nossa sociedade pregue que pessoas com mais dinheiro, mais poder e mais bens sejam melhores que pessoas que são o seu oposto. O problema da sociedade humana é esse, as pessoas querem dar preço aos outros, mas esquecem que cada pessoa tem uma história, cada pessoa tem o seu valor (mas não um preço), cada pessoa é importante, cada vida é importante, não importa a nacionalidade, a cor, a raça, o sexo, a orientação sexual, a idade, a religião...
Pois é isso, acredito ainda que o mundo possa ser um bom lugar, onde todos se respeitem, saibam os seus direitos e deveres, defendam sempre os mais fracos e oprimidos, busquem sempre um entendimento coletivo, que as pessoas parem com tanto individualismo e percebam que essa nossa jornada aqui, embora curta, impacta nas gerações futuras, por isso mesmo, temos que zelar para que as novas gerações, cada vez mais se livrem desses pensamentos que segregam, que machucam e maltratam. Como bem disse Jonh Lennon: “Vocês podem dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único. Tenho a esperança de que um dia você se juntará a nós e o mundo viverá como um só”. 

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O Lance É Deixar Rolar

O Lance É Deixar Rolar

É, tá difícil de conseguir me relacionar com alguém por além de breves momentos. Acho que no momento eu tô zicado ou então, devo ter desaprendido algo, ou ainda, pode ser que esteja certa a minha visão de que as pessoas estão cada vez mais com medo de se relacionarem, embora a vontade delas de se relacionarem esteja inversamente proporcional a esse medo.
O mais incrível, é que eu tô aberto a conhecer novas pessoas, criar conexões, saber mais a respeito das pessoas, conseguir ter algum tipo de ligação, que vá além da atração física básica. Mesmo que, embora, eu seja uma pessoa muito crítica quanto a essa coisa de sair pegando geral e tudo mais, não que eu nunca tenha feito isso e muito menos que eu não goste de pegação e beijar na boca, não é isso, mas o meu ponto aqui, é que na verdade, ao não valorizar a experiência de estar na companhia de uma pessoa, não tornar aquilo em algo interessante, você vai estar apenas perdendo tempo. E tempo é um bem muito precioso atualmente.
E assim, todas as coisas contam. Eu penso que a forma como a pessoa te dá atenção, a forma como ela te olha, a forma como ela te toca, a forma como ela te responde, todas expressões corporais da pessoa são sinais capazes de te fazer perceber se ela está realmente interessada ou está apenas querendo brincar. O que me faz ficar até um pouco irritado, pois muitas pessoas hoje em dia fazem as coisas pelo próprio ego, apenas para se agradarem e não para criar um vínculo com o outro.
Muita gente tem aquela ideia egoísta de que deve ser desejado por todas as outras pessoas do mundo. Claro que ser desejado por alguém é bom, você saber que existe alguém nesse mundão todo que quer ter você na vida dela, que nada e nem ninguém é capaz de ter esse tipo de encantamento por ela. Porém, é complicado quando você objetiva fazer isso simplesmente por capricho.
Não tenho nada contra pessoas que gostam de flertar. Eu mesmo adoro flertar, gosto de trocar olhares, de seduzir, eu me amarro, mas eu sou um cara solteiro, descompromissado, que não está enrolado e nem enrolando ninguém. Sou alguém que pode querer seduzir todo mundo que passar na minha frente, não tenho qualquer impeditivo, mas não o faço ao meu bel-prazer, gosto de focar em pessoas que realmente me interessam. Pessoas que eu posso me envolver realmente, que estejam na mesma disposição que eu.
O problema é quando as pessoas ficam naquela de seduzir sem intenção, seduzir por seduzir, apenas para satisfazer esse desejo de estar em evidência, de estar bem na fita. Quantas e quantas vezes eu já fui para algum lugar, um bar, uma festa, um show ou algo assim e ao chegar lá, tem alguma mulher interessante, que fica me olhando, que começa o jogo de sedução comigo, mas depois, passam alguns instantes e vejo que a mulher está acompanhada.
Pior são as solteiras, que nem se dão ao trabalho de trocar uma ideia, de falar coisas além do básico, qual seu nome, tá curtindo a noite... Sei lá, eu sou muito além do básico, quero saber sobre a pessoa, o que ela pode me agregar, o que ela vai trazer, quais as experiências dela de vida que poderão me fazer ser diferente disso tudo. Não sou contra a pessoa dar mole e na hora que troca uma ideia, desiste por ver que a outra pessoa não é como ela esperava, contudo, quando isso ocorre simplesmente porque já se conseguiu ter a certeza de que o outro está interessado, acho isso babaca demais.
Acho que pra você realmente conhecer alguém, saber como aquela pessoa realmente é, somente através do convívio, da vivência, do estreitamento dos laços. Tem gente que acha que vai saber como eu sou só de olhar pra mim. Acho que se a pessoa ficar com a primeira impressão que tem de mim, geralmente vai me achar um cara sério, fechado e desconfiado, quando na verdade eu sou totalmente o oposto.
O mais incrível desses julgamentos instantâneos é que geralmente eles são furados, se baseiam em pré-conceitos, noções mal elaboradas e uma análise pífia e sem estrutura que fazemos dos outros. Já deixei passar muita gente legal na minha vida por isso, tinha meus critérios básicos que me faziam me aproximar quase sempre do mesmo tipo de mulheres e tal, quase sempre eu me desinteressava com o passar do tempo, pois me deixava levar mais pelos aspectos físicos do que os de personalidade.
Quando passei a me focar nos aspectos de personalidade as coisas melhoraram muito pra mim, contudo, eu posso ser o cara mais bem intencionado, que se a mulher não estiver na mesma disposição que eu, nada vai adiantar. Já cansei de falar, que hoje em dia é muito melhor ser um homem negro do que quando comecei a me envolver em relacionamentos, afinal, muito mais mulheres deixaram de lado os preconceitos e aceitam mais um approach de homens negros.
Infelizmente, ainda temos pessoas que em pleno século XXI ainda possuem esse tipo de preconceito, mas atualmente são a minoria. O problema então passa a ser com que tipo de pessoas você quer se envolver. Como falei mais acima, eu tento me envolver cada vez mais com pessoas que me agreguem algo. Acredito que todos deveriam pensar assim, mas canso de ver gente que preferem se ligar noutra por benefícios financeiros ou algo assim e não porque a pessoa faz bem a ela.
Acredito que eu seja uma pessoa que faz bem aos outros, tenho um alto astral, sou de uma postura positiva, sei dialogar, sou engraçado, tenho uma cultura vasta, tenho uma inteligência que não é desprezável, fora que, não sou feio, sou um cara bonito, tenho noção disso, todavia, ainda assim, me pego nessa situação de não conseguir me relacionar por mais que alguns momentos.
Entendo que tenho minha parcela de culpa, pois não abro mão de certas coisas, não abro mão de curtir meus amigos, minha família, curtir um samba, uma praia, fazer trilhas, tomar uma cerveja... Coisas que são a essência do que eu sou, contudo, dentro dessas características eu consigo me fazer interessante, tanto que desperto um certo interesse em algumas mulheres, a gente sai, se diverte, mas tá complicado ir além do básico, poucas são as pessoas que estão dispostas a ir além. E menos ainda, são as que estão dispostas a irem além disso por conta dos motivos certos.
Não, não pensem que isso é um desabafo de alguém que está desesperado e que quer arrumar alguém a qualquer custo ou, por outro lado, o discurso de alguém que está desiludido e desistiu desse lance de relacionamento, não é nem um, nem o outro. Na verdade, estou aqui, apenas comentando que está complicado você conseguir encontrar alguém que esteja aberta a tentar algo, que não tenha aquela coisa de: eu prefiro que as coisas fiquem do jeito que estão, pois podemos nos magoar...
Gente, a vida amorosa é assim mesmo, é complicada, dinâmica, instigante e ao mesmo tempo fascinante. Afinal, não existe uma receita ou fórmula, o que funciona pra mim pode não funcionar para o outro, o que dá certo pros outros nem sempre serve pra mim e segue o baile. O importante mesmo, é que as pessoas estejam dispostas, sem quererem fazer jogos, sem quererem brincar com os outros, sem acharem que tudo é frágil demais ou que tudo é descartável demais. O lance é deixar rolar, ver o que acontece e ser sempre sincero e fiel, aos seus princípios, as suas crenças e ao que você deseja para a vida a dois.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Portas E Janelas

Portas E Janelas

A vida realmente é uma caixinha de surpresas, sabe? Você pega, se propõe a algo, mas a vida te joga pra cima, te joga pra baixo, te vira de ponta cabeça, faz um bando de coisa e te faz dar uma reviravolta. Já falei algumas vezes que considero a vida como uma grande montanha russa onde você não consegue ver além da próxima curva, sendo assim, cada novo movimento que você faz com o carrinho nos trilhos da montanha russa é um Deus nos acuda.
Eu falo isso, porque tenho esse espírito aventureiro, gosto mesmo de me jogar, não curto fazer muitos planos a longo prazo. Já fiz muito isso, já fui de programar 5, 10, 20 anos à frente, contudo, com o passar dos anos e as frustrações causadas com as alterações ou simplesmente abandono de planos, me fez encarar essa nova forma de ver a vida.
E essa nova forma me trouxe muito mais tranquilidade para viver e felicidade em viver. Afinal, não sou mais escravo de planos mirabolantes de longo prazo, não vivo mais com aquela ideia fixa de juntar um milhão de reais em um ano, em comprar uma casa nova ou de fazer uma viagem de dois meses pelo mundo afora.
Não, isso já não me pertence mais. Me desvencilhei das amarras dessas obrigações mundanas. Hoje a única obrigação que ponho em meus ombros é a obrigação de ser hoje mais feliz do que eu consegui ser ontem, para amanhã acordar e repetir o desafio. Há dias em que eu consigo bater minha meta, dias em que não consigo ser tão eficaz, mas não me abato, no dia seguinte acordo, olho pro céu, agradeço pelo dom da minha vida e começo tudo de novo.
Falei muito sobre a minha forma de ver e encarar o mundo hoje em dia, para poder me colocar no cerne do assunto central deste texto. A vida é mesmo uma caixinha de surpresas!!! Falo isso no bom sentido, acreditando mesmo naquele dito popular de que Deus nunca fecha uma porta sem deixar uma janela aberta. Nós, que muitas vezes apenas nos fixamos na porta, que foi fechada e nos esquecemos de olhar para o lado e ver que tem uma janela do chão ao teto, bem ao lado.
Muitas vezes, nos fixamos em coisas, que parece que não são feitas para nós, seja um emprego, uma amizade, um relacionamento, uma profissão, um emprego... Ficamos nessas coisas, mesmo com elas nos fazendo mal, mesmo com elas nos pondo pra baixo, nos deixando debilitados física e mentalmente, contudo, sem que nos demos conta de olhar pro lado, de ver que aquilo ali já não é mais pra gente.
Mas ainda assim, insistimos, pegamos a maçaneta da porta, balançamos pra cima e pra baixo, crentes que aquilo fará a porta se abrir novamente, mas já é tarde, aquela porta já foi trancada, selada e concretada. Porém, ainda assim, nos apegamos a ela, ficamos certos de que aquela porta vai voltar a se abrir e nem nos damos conta da brisa fresca que está entrando pela janela ao nosso lado e nos trazendo novos ares, novas oportunidades.
Quando você percebe o bem que faz abandonar as portas fechadas e passar a encarar o mundo que se esconde por trás das janelas, que esse mundo pode ser muito mais colorido, cheio de vida e interessante do que um quarto com a janela trancada atrás de uma cortina feia e pesada. O mais engraçado disso, é quando você muda o seu paradigma e percebe o quanto de tempo você perdeu se prendendo em um cômodo escuro, quente, com mobília velha e que já não te cabia mais lá dentro.
Hoje, me pego mais aberto aos fechamentos de porta que a vida me apresenta, pois tenho a certeza de que uma janela hoje, pode ser muito melhor do que uma porta. Em todos os aspectos da minha vida, eu tive mudanças mega radicais. Deixei emprego, abandonei área profissional, terminei relacionamento, cansei de certas amizades, abri mão das portas que já não se abriam para mim e busquei me aproveitar do frescor das janelas que se abriram em minha vida.
Arrumei uma nova área de atuação, novos amigos, estou me relacionando com novas pessoas, tudo isso porque eu pude mergulhar de cabeça nessas janelas que se abriram. E essas janelas estão oxigenando a minha vida, me trazendo novos ânimos, novas aspirações, novos anseios, novos desejos... Mas como eu disse, meus planos atualmente são todos de curto prazo, com objetivos rápidos de serem alcançados, você vai criando uma onda positiva para você, capaz de ser justamente a maré de sorte que você precisa para deixar pra trás uma porta fechada.

Concretamente, você pode até sofrer por uma porta fechada, você pode achar que o seu mundo vai se acabar, que você não conseguirá nunca mais ver o mundo, pois aquela porta se fechou, contudo, se você der uma oportunidade, o mundo é extremamente capaz de te surpreender e te fazer sair por uma janela, que te levará para um mundo muito melhor do que o que você vivia antes de aquela porta se fechar. Então, deixe a vida te surpreender, quando a porta se fechar, procure as janelas, elas estão lá e são capazes de te surpreender, basta que você se permita ir por outros caminhos.