domingo, 31 de janeiro de 2016

Um Dia Perfeito

Um Dia Perfeito

Sabe aquela sensação de que algo bom está para acontecer? Pois é, hoje acordei assim. Não sei o que será, estou apenas com a sensação de que algo muito bom vai acontecer hoje. Não estou criando expectativa, muito pelo contrário, estou apenas vivendo os acontecimentos desse dia, como se tudo fosse um fator que me aproximasse da felicidade plena.
Levantei hoje com mega disposição, já fui logo arrumando o quarto, quer dizer, o pouco do meu quarto que estava bagunçado, uma vez que meu quarto é difícil de desarrumar. Lavei o rosto, escovei os dentes, olhei no espelho e via alguém que merecia e deveria ser feliz hoje. Não que ontem eu não estivesse feliz, mas a sensação hoje estava diferente, parecia uma simbiose entre dever cumprido e satisfação pessoal com quem você é.
Desci, tomei meu café, li o jornal, fui dar uma volta caminhando na praça do lado de casa. O sol brilhando inclemente no céu, dando a sensação de que cada um tinha seu sol. Os pássaros cantando, as crianças brincando, um dia lindo, daqueles que parece que Deus fez só pra você.
Parei, olhei pro sol, respirei fundo e me convenci de que hoje é um dia especial, não sei o porque, apenas me deu a sensação de que o dia hoje vai ser realmente um dia pra guardar na memória. Pode não ter qualquer motivo em especial, apenas porque é um dia lindo, que dá a impressão de que Deus pintou esse dia só pra mim.
Claro que não sou narcisista a esse ponto, de achar que Deus teria feito um dia só pra mim, que esse dia está lindo só por minha causa, mas é bom você pensar que alguém fez algo querendo te agradar, te ver feliz, que queria colocar um sorriso no seu rosto. E pode ter certeza, conseguiu.
Chega a ser engraçado, você estar de bom humor sem motivo, simplesmente porque o dia está lindo, você deu uma caminhada, acordou de bom humor, fez uma leitura, respirou um ar puro... Coisas que você teoricamente faz todos os dias, mas que no dia de hoje, por incrível que pareça, tem a impressão de que o universo tá conspirando a seu favor.
É daqueles dias em que você se sente mais inteligente, mais bonito, mais simpático, mais alegre, mais tudo de bom. É daqueles dias em que você se enche de coragem pra chamar aquela pessoa que você tá interessado para sair, daqueles em que ninguém conseguirá tirar seu bom humor, em que você resolve dar uma esticada na caminhada por mais um quilômetro só porque você ainda tá se sentindo bem, que você dá um mergulho no mar, só pra dar uma filtrada nas energias do seu corpo. É aquele dia em que você se sente irresistível, lindo, com bom papo, com boa imagem, com total capacidade de conquistar o mundo.
Quando me sinto desse jeito, me sinto o cara mais poderoso do universo, capaz de qualquer coisa, não com aquela prepotência de se sentir melhor que os outros, mas sim daquele que sente que nada vai ser capaz de abalar minha fé, minha autoconfiança, minha alegria, minha sanidade mental e meu amor próprio.
Vejo dias assim como aqueles necessários para você recuperar sua disposição para encarar o dia a dia, para você seguir em frente, para se recuperar das porradas da vida. Afinal, a vida é cíclica. Temos dias bons, dias maus, dias excelentes, dias ruins... A questão de se viver bem é você não se empolgar muito nas vitórias e também não se abater muito nas derrotas. Mas esses dias, são especiais, sempre servem para te jogar pra cima. Claro que é cômodo você ter dias assim, seria até o ideal que todos os dias fossem assim, mas sabemos que não é assim. Sabemos que, felizmente ou infelizmente, a vida dá voltas, num dia você está por cima, noutro por baixo... Porém, você tem dias como esses para se sentir bem e recuperar suas forças para dar a volta por cima.
Acho que ninguém pode viver só de dias lindos, mas também, viver só de dias chuvosos também é ruim demais. Acho que o ideal é você saber tirar o melhor de cada dia. Saber aprender com os dias de chuva, mas também saber desfrutar dos dias de sol.
Quando você aprende o segredo para viver bem, equilibrado entre os dias excelentes, bons, normais, maus, ruins e péssimos, você passa a ter uma vida normal e feliz, pois sempre vai saber que não existe nada como um dia após o outro dia.
Então, aproveite o seu dia lindo e especial, aproveite o poder que o dia está te dando e curta bastante, divirta-se, seja tudo o que o dia está te deixando ser, mas não se esqueça: grandes poderes trazem grandes responsabilidades.
Bom domingo a todos.

PS: ainda não sei o que esse dia me reserva, mas estou aproveitando cada segundo dele.

sábado, 30 de janeiro de 2016

O Medo De Apenas Deixar Rolar

O Medo De Apenas Deixar Rolar

Falei ontem do meu novo jeito de lidar com as relações e fui questionado por uma amiga se isso não seria uma insegurança minha ou um comodismo, já que poderia estar com a pessoa sem assumir um compromisso sério. Respondi que muito pelo contrário, é muito mais difícil você estar com alguém quando você não tem uma obrigação, um acordo, um contrato assinado, quando você está com a pessoa simplesmente por vontade própria, porque quer estar com ela.
Daí a questionei, sobre qual a importância de mostrar para o mundo o que as duas partes envolvidas já tinham certeza. Ela ficou sem me responder por alguns longos minutos, pensei até que tivesse ficado com raiva da minha pergunta, daí me respondeu que não era uma questão de necessidade, mas questão de segurança.
Falei que não entendia isso, e nos despedimos, pois ela estava se preparando pra sair e a conversa comigo estava atrapalhando ela a se arrumar. Depois de nos despedirmos, fiquei ainda pensando em porque alguém teria essa necessidade patológica de ter um rótulo para a sua relação. Afinal de contas, vale muito mais ter uma relação saudável em que as pessoas estão dispostas a estarem juntas porque querem do que uma relação em que há obrigações por conta de um status.
Falo isso, principalmente por conta daquele momento inicial, em que as pessoas estão se conhecendo melhor, buscando estar juntas, mas que sempre rola aquela pressão externa para dizer que já tem que oficializar a relação, perguntando sobre namoro, noivado, casamento... Acho muito mais louvável você deixar fluir, as coisas se encaixam naturalmente, no momento certo o casal decide o que está acontecendo entre eles.
Já aconteceu comigo, de em um momento estar deixando a coisa fluir e de uma hora pra outra, a relação era um namoro, agíamos como namorados, sem nunca termos usado essas palavras antes. Simplesmente olhamos um pro outro e falamos: Então estamos namorando, não é mesmo? E a coisa foi.
Acho natural as pessoas quererem deixar as coisas se acomodarem, deixarem tudo acontecer naturalmente, não forçar nenhuma situação, afinal, iniciar um relacionamento é uma decisão que envolve muito mais do que simplesmente escolher a pessoa com quem você vai passar o seu tempo livre, é escolher a quem você vai dedicar o seu tempo livre pra fazer aquela pessoa feliz. Entende?
Então, não é porque você saiu uma vez com a pessoa, o encontro foi incrível, a transa fenomenal, que aquela pessoa é a pessoa certa para você. Não temo como você saber isso, se não estiver em diversas situações de vivência, se você não se expor a outra pessoa e a outra pessoa não se expor a você. Até porque, as pessoas tendem a mostrar apenas o seu melhor no início de um namoro, afinal, um cara que é violento, não sai esmurrando a mulher no primeiro encontro e a mulher que é ciumenta também não sai dando demonstração logo na primeira saída. As pessoas escondem seus maiores defeitos num primeiro momento.
Já disse em algum post que as pessoas se apaixonam pelas qualidades, mas só amam pelos defeitos, né? E é bem isso, a mulher que ama o cara, mesmo ele sendo violento, que acredita mesmo que ele vai mudar, ou o cara que fica com a mulher que tem ciúme até da mãe dele, com a convicção de que aquilo foi só um vacilo, ambos amam a pessoa com quem estão.
O que quero dizer na verdade, é que pouco importa ao mundo quem tem compromisso com quem, pouco importa o status de relacionamento no Facebook, pouco importa a imensa quantidade de fotos postadas pelo casal em redes sociais, pouco importa as cartas escritas se as pessoas não estão na vibe de estarem juntas. Se não querem ter o relacionamento. Até porque o relacionamento começa muito antes da sua oficialização.
Daí minha questão, porque as pessoas ainda têm medo de deixar as coisas rolarem? Querem sempre uma posição, que às vezes não é a ideal. Busco ter sempre mais certezas do que dúvidas quando entro num relacionamento, busco expor a relação a todo tipo de situação, para não acabar surpreendido, busco sair várias vezes, conversar sobre N tipos de assuntos, para que eu conheça realmente a pessoa.
Admiro as pessoas que são menos meticulosas que eu, nesse assunto, que namoram após a primeira saída. Tipo namoro fast food! Sai na sexta pra uma night, conhece a pessoa, saem no sábado de novo, no domingo iniciam um namoro e na segunda já estão fazendo juras eternas de amor nas redes sociais.
Não consigo ser assim, sou muito mais cauteloso e busco ser o mais verdadeiro possível. Não tento esconder meus defeitos, não tento esconder quem eu sou, penso que a pessoa para estar comigo, tem que gostar do pacote completo, não adianta me achar charmoso e não gostar das minhas piadas, ou ainda, se admirar com o meu intelecto e não gostar de ir pros lugares que eu gosto de ir, ou mais, curtir minha careca, mas odiar a minha barba. Essas são coisas que me caracterizam, não vou abrir mão delas por conta de alguém.
Então, acho que assim como eu, muitas pessoas não têm medo do compromisso, apenas estamos avaliando bem a situação, não é questão de comodismo ou de canalhice que não se começa um relacionamento só porque estão perguntando. Começar um relacionamento, é uma questão de se avaliar algo que se pretende duradouro.
Nunca fui do tipo de pessoa que namora muito. Tive poucos namoros, sempre respeitei muito o tipo de pessoa que iria apresentar para a minha família, trazer para o convívio do meu lar, dos meus familiares, dos meus amigos. Se não for pra ser algo sério, não preciso me colocar na situação de ser questionado pelos outros sobre alguém que não será definitiva, ou ao menos pretensamente definitiva. Se é alguém transitório, não vejo porque de fazer isso.
Um conselho que eu dou, permitam deixar rolar! Descubram quem é realmente a outra pessoa, descubra se você sente amor por ela e então, só assim, depois, o relacionamento irá surgir, de forma natural, sem pressão, sem meias verdades, sem ilusões, será uma relação verdadeira e madura. No mais, curtam bastante a vida a dois. Mesmo que seja só por uma noite. 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O Pragmatismo do Amor Verdadeiro

O Pragmatismo do Amor Verdadeiro

Muita gente me questiona como eu posso ser ao mesmo tempo tão positivo sobre as coisas da vida e tão pragmático. O que me faz ter tanta certeza de que as coisas vão dar certo, embora eu acredite que tudo tenha um caminho um jeito certo de ser? Pois eu não sei, eu apenas sou assim, acredito sempre que no final as coisas vão dar certo, mas acho que tudo tem uma forma certa pra acontecer.
Quem tá solteiro deve passar pelo mesmo problema que eu, que é ser sempre questionado sobre estar saindo com alguém, sobre estar conhecendo alguém, sobre estar apaixonado e por aí vai. Para mim, as coisas do coração tendem a seguir um certo caminho, conheço a pessoa, me interesso por ela, chamo ela pra sair, a gente sai algumas vezes, depois de algumas saídas percebo qual é a da pessoa, se vai rolar algo sério ou não, aí decido se quero continuar ou não com a pessoa, pra deixar as coisas fluírem numa boa.
Quando sou questionado sobre o que estou buscando hoje em dia, sempre respondo: Estou buscando estar com alguém que queira ser feliz, que independente de qualquer coisa, quer estar comigo. Daí sempre falam, então você quer namorar. Respondo automaticamente que não, e as pessoas ficam com cara de paisagem. Chega a ser até engraçado.
Afinal de contas, estou numa idade e numa fase em que não estou preocupado com os rótulos, estou preocupado em ser feliz e curtir um relacionamento, estar de boa com a pessoa, quero que a pessoa esteja na disposição de curtir as minhas coisas e eu as dela, sem que nada seja sacrificante, não preciso de um rótulo pra isso ocorrer e acredito que a pessoa não se sentirá menos amada por conta disso.
Assim sendo, pra mim conta mesmo é a disposição das pessoas em estarem juntas. Li um texto sobre mulheres inamoráveis, é sei que a palavra não existe, mas a autora é muito feliz ao falar sobre o tema, pois realmente existem pessoas que não se encaixam no “perfil ideal” para serem namoradas. Nesse texto ela trata de uma mulher que julga não se encaixar nos padrões pois não gosta tanto de nights, não está triste por ter terminado o último relacionamento, uma mulher que não é rasa, que não é vazia, que não tem que se mostrar para os outros terem uma boa imagem dela, muito pelo contrário, está pouco se importando sobre o que os outros pensam dela. Apesar de ser sobre uma mulher, me identifiquei e muito com o texto.
Também estou nessa fase, não consigo mais sair para nenhum lugar em que eu tenha que conversar com alguém que fale sobre si mesma durante duas horas e que no final eu ache aquilo uma perda de tempo. Não consigo mais fingir interesse em pessoas vazias, não consigo mais achar normal a pessoa ser egoísta, vazia, insípida e sem graça. Já passei da fase do relacionamento superficial, já não me contento com alguém que só me agrade aos olhos.
Procuro uma pessoa que seja realmente uma mulher! Uma mulher no sentido mais estrito da palavra, daquelas que todos param para olhar, não porque está com roupa curta e sendo vulgar, mas que é linda, bela e elegante, uma mulher que me cause orgulho de estar com ela, pois ela realmente poderia escolher qualquer homem e resolveu escolher a mim. Uma mulher que seja motivo de comentários positivos pelas suas ideias e não pelo seu corpo, uma mulher que me faça me sentir bem, me sentir desejado, me sentir amado e acima de tudo, uma mulher que me faça feliz. Claro que pretendo retribuir, espero que uma mulher inteligente saiba escolher bem um homem para si, logo, se ela me escolher, é porque sou capaz de retribuir para ela tudo o que ela faz por mim.
Não procuro uma namorada, procuro uma companheira para uma vida, a minha vida, do jeito que ela é, amparada nos meus conceitos de vida, de família, de religião, de diversão e tudo mais que me caracteriza hoje. Não dá pra eu me envolver com alguém que não esteja na mesma vibe que eu, não para algo sério. Claro que ainda me divirto apenas em uma noite, consigo matar meus instintos em breves momentos de alienação do meu desejo maior de arrumar uma companheira pra vida, mas esses momentos andam tão pequenos, tão poucos, que contam mais como distração do que opção.
Creio que faço parte de um grupo de pessoas que está cada vez mais certo das suas escolhas e não abre mão do que julga certo e errado, para se enfiar em qualquer relacionamento, somos pessoas que estamos buscando O Relacionamento, aquele que será o definitivo. Procuramos na verdade tudo aquilo de bom que já vivemos com os relacionamentos anteriores, nos afastando de tudo o que não foi tão bom assim, para que o próximo seja o derradeiro, sem necessidade de rótulos, sem necessidade de julgamentos prévios, serão apenas duas pessoas, que se encontrarão e saberão que aquilo que se formou é pra vida inteira.
Eu sou pragmático em acreditar no amor, mas sou otimista, pois sei que o meu está aí, em algum lugar, só preciso continuar a procurar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ser Diferente É Normal

Ser Diferente É Normal

Hoje, as pessoas estão levando tudo muito para o pessoal as coisas. É um tal de, não gosta de mim, me esquece. De essa é minha opinião e que se dane. Uma grande demonstração de que não estamos respeitando os nossos semelhantes, que estamos cada vez mais individualistas e cada dia mais pensando somente no nosso umbigo e não no próximo.
É um show de intolerância e de ignorância, uma capacidade de ser mesquinho, de ser intolerante com o próximo, que fico impressionado com o estímulo humano em ser ruim. É um fato de antagonismo de ideias, de pessoas, de formas de agir, que nos afasta das soluções de problemas, da evolução da sociedade, do crescimento humano em geral.
Resta claro, que sempre haverá antagonismo entre pessoas, entre pensamentos, entre formas de agir, sempre mesmo, não se iluda, a sociedade é realmente um animal em constante evolução. Contudo, as pessoas hoje tendem a cada vez mais inviabilizar, menosprezar e acabar com uma ideia que seja divergente da sua.
O ser humano só saiu do topo das árvores porque em algum momento alguém resolveu contrariar o senso comum e fazer aquilo que não era a atividade a tida como normal para nós. Alguém teve a ideia de contrariar os pensadores da época e falar que a Terra era redonda, assim, evoluímos. Temos diversos outros exemplos onde uma pessoa contrariou o senso comum e ainda assim embora criticado e desacreditado, revolucionou o mundo.
Eu sou uma pessoa que tenho posições firmes sobre diversos assuntos, alguns até já postos superficialmente aqui nesse espaço, como Racismo, Sexismo, Religião, Futebol, Amor, Política e diversos outros. Pra mim, é normal ter opinião sobre todos os assuntos, afinal, resolvi ser advogado, algo que por profissão, te obriga a ter opinião sobre tudo, mesmo que não tenha todos os embasamentos para aquilo, mas você é obrigado a se posicionar.
Mas essa mesma profissão, me obrigou a aprender a respeitar a opinião alheia, a debater ideias, a tentar chegar a um ponto comum sobre as divergências de opiniões. Diante disso, tenho sempre a tendência a não achar que minhas ideias são infalíveis ou irrefutáveis, muito pelo contrário, os advogados sabem que a qualquer momento eles podem ser confrontados com uma nova opinião, uma nova tese que contradiz tudo aquilo que você pensa e você mesmo se coloca em dúvida sobre as suas opiniões.
Um sábio disse que toda unanimidade é burra. É uma excelente máxima, pois realmente nunca vamos ter opiniões unânimes de nada, alguém sempre terá uma posição, uma opinião, uma forma de pensar ou agir que é diferente do senso comum. Aliás, o senso comum é mutante, afinal, há 50 anos era normal exigir que a mulher casasse virgem, hoje em dia isso nem é mais tão questionado no início de um relacionamento.
Sendo assim, é claro que não podemos ser tão radicais com pensamentos tidos como fora da caixinha, não podemos achar que nossas opiniões são maiores ou melhores que a dos outros, não tem também como crermos que só a gente sabe o que é bom pra sociedade ou não. Infelizmente, muitas pessoas ainda acreditam que opiniões divergentes são ruins.
A beleza da diversidade é muito grande, é você saber que um ser humano é capaz de criar o teto da capela Cistina bem como criar a Dança da Manivela, é saber que existem seres de diversos tipos, diversas matizes, que o meio influi, que a sociedade influi, mas que sempre teremos questionadores, pensadores, pessoas que são contra o status quo, pessoas que irão bater de frente com a sociedade estável, criando instabilidade e gerando um questionamento e um reposicionamento da sociedade.
Deixemos que mais pessoas possam questionar, não sejamos tão radicais. Cada ser humano no mundo tem uma sentença, ninguém é igual, ninguém pensa igual, seja menos radical, seja menos ranzinza, aceite o diferente. Só não aceite defesa de crimes, defesa de pensamentos banidos pela nossa sociedade, isso realmente não deve ser permitido, contudo, qualquer pensamento que seja divergente, só por visões de mundo, devem ser respeitados, debatidos, mas acima de tudo, compreendidos e entendidos, mesmo que não abraçados.
O importante é que tenhamos sempre pessoas que questionem o sistema, mas de forma coerente, não meramente para criar desordem. Respeitemos os outros, respeitemos a vida, respeitemos as ideias, respeitemos a diversidade e deixemos que todos possam opinar. A vida é melhor com ad diferenças.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

As Cartas Que Eu Não Mando

As Cartas Que Eu Não Mando

O texto de ontem me lembrou muito o Leoni, compositor que foi do Kid Abelha e hoje é um dos mais tocados e cantados do rock dos anos 80, embora não tenha o devido reconhecimento. Ele tem uma música chamada “Conspiração Internacional”, que tem tudo a ver com o meu texto. Gosto das composições dele, pois elas também tratam do cotidiano, de uma forma lírica, ele transforma o simples em poesia.
Calma, longe de mim me comparar ao Leoni como compositor, escritor ou poeta, apenas estou falando que consigo ver a vida através dos olhos dele, fazendo com que a vida fique um pouco mais suave.
Fiz essa pequena introdução, para dizer que logo depois que me dei conta de que o texto ficou realmente muito parecido com a música do Leoni, acabei indo ouvir o DVD ao vivo dele. Nesse DVD tem uma música que me marca muito mesmo que é “As Cartas”, ela me marca pois fala da questão dos arrependimentos que temos na vida.
Fala de uma relação de um amor, que acabou e que depois de um tempo a pessoa se relembra do ex, para falar como está a vida, como estão as coisas e querendo saber o que acontece na vida daquela pessoa hoje em dia. O que me marca não é a questão do ex-amor, mas sim a ideia de uma pessoa que já foi muito importante em minha vida, mas que há muito tempo não participa do meu dia a dia.
É estranho você ter uma pessoa que fez parte da sua vida e hoje vocês parecem estranhos, não necessariamente por uma briga ou um distanciamento provocado por uma mudança ou coisa assim, mas simplesmente por vocês terem se afastado pelo tempo. O tempo é um inimigo mortal de amizades.
Mas voltando ao ponto de partida, eu sempre que ouço essa música penso no que eu diria para essas pessoas que saíram da minha vida. O que eu escreveria se fosse mandar uma carta para elas, o que eu falaria se tivesse a oportunidade de mandar notícias para uma pessoa e o que essa pessoa falaria de volta pra mim.
Acho que hoje fica mais fácil uma pessoa saber da minha vida, por conta deste espaço aqui onde vos escrevo, contudo, tem coisas que eu não comento aqui, coisas que realmente eu trataria num contato mais íntimo para uma pessoa que fez parte da minha vida.
Sinto falta de conversar com muitas pessoas que eram presentes em minha vida, é engraçado isso, na época em que as pessoas se afastaram de mim eu dei pouca importância, abri mão, claro que isso era algo que aconteceu em uma via de mão dupla, mas realmente hoje bate um certo arrependimento disso e por isso mesmo eu tenho esse tipo de pensamento de escrever uma carta, um e-mail, uma mensagem... Sei lá, qualquer coisa só para poder manter aberto o canal de comunicação.
Ocorre, que assim como na música, eu também logo me desfaço dessa ideia, eu simplesmente tiro essa ideia de cabeça e vou empilhando cartas e mais cartas sobre a minha vida para essas pessoas. Amigos, amores, familiares, colegas de trabalho, colegas de colégio ou faculdade, já pensei em escrever uma carta para cada pessoa que saiu da minha vida.
O engraçado, é que nunca penso em escrever sobre o porquê de termos nos separado ou para saber os motivos da pessoa de não ter me procurado, quero saber da vida da pessoa, saber suas vitórias, suas conquistas, como anda o coração, como anda a sua vida, quais os seus planos, suas ideias. E quero contar justamente essas mesmas coisas.
Me lembra muito aquela época em que fazíamos amigos via internet, pessoas que moravam longe, que não tínhamos a menor possibilidade de nos conhecermos pessoalmente, mas que tínhamos grande estima, pois repartíamos com eles assuntos que às vezes a gente não tratava com os nossos amigos na cara a cara.
Me bate um arrependimento na verdade de não repartir mais a minha vida com certas pessoas, de não ter mais a intimidade de não poder pegar o telefone e ligar, pedir um conselho, ouvir uma piada, contar um segredo, porém hoje, eu tenho amigos que me abarcam essa vontade de conversar com essas pessoas.
O que me bate disso tudo, é que eu sou uma pessoa que gosto do contato constante, gosto de saber dos meus e que eles saibam de mim, trato dos meus assuntos sem muito problema com aquelas pessoas que realmente me querem bem. Isso faz com que eu sempre guarde com carinho as pessoas que fizeram parte da minha vida, sejam elas quem forem, ex-amores, ex-amigos, ex-colegas de trabalho, ex-vizinhos... Seja quem for, essas pessoas em algum momento foram importantes para mim e eu gostaria de saber delas.
A tecnologia hoje facilita um pouco isso, dá pra saber um pouco da vida dos outros sem ao menos você ter que falar com a pessoa, mas eu ainda prefiro o contato, prefiro uma carta, uma mensagem, um e-mail, uma conversa na mesa de bar. Mas é isso, eu sou assim mesmo, mesmo longe, gosto de saber que todos estão bem, independente do que aconteceu, o que levou ao afastamento, eu não desejo o mal de ninguém, muito pelo contrário, só desejo que a pessoa esteja feliz, bem, com o coração leve e cheia de amor na sua vida.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Conspiração Internacional Contra a Felicidade

Conspiração Internacional Contra a Felicidade

Sei que ando negligenciando um pouco o espaço, mas é porque com essa proximidade do carnaval, a correria tá grande e o tempo anda curto, fora isso, a cabeça anda muito acelerada até para mim, o que tem me feito me perder um pouco em pensamentos e divagações sobre a vida, contudo, estou eu, aqui, de volta, para poder refazer minha conexão com vocês, meus queridos leitores, que se dão ao trabalho de perderem seu tempo lendo esse espaço.
Já reparou que às vezes parece que o universo está conspirando ao seu favor, mas tem muita gente que tá jogando contra isso? Como quando você está de bom humor, e aquele caminho que você sempre pega, pra fugir do trânsito está totalmente engarrafado? Ou ainda quando você está escrevendo aquele texto bonito, pra postar na rede e de repente a luz acaba? Ou ainda, quando você se vê apaixonado por alguém, parece estar sendo correspondido e de repente, não mais que de repente, a pessoa altera o status de relacionamento para Namorando e você fica com cara de trouxa?
Pois é, a gente sempre tende a olhar essa “conspiração internacional contra nós” como algo negativo, mas você já tentou parar para olhar isso por um outro prisma? Assim, as adversidades aparecem em nossas vidas para que possamos crescer, evoluir, buscar um novo posicionamento no mundo (e não estou falando de posição geográfica), uma nova postura, um novo jeito de encarar a vida.
Uma vez, li um texto sobre o pescado no Japão, onde os pesqueiros tiveram que descobrir um meio de encarar a crise de peixes na costa japonesa e passaram a ir pescar em alto mar. Com o passar do tempo, descobriu-se que o sabor dos peixes era diferente do sabor dos peixes pescados na costa, então com o passar do tempo, os pescadores foram criando técnicas novas para fazer com que os peixes chegassem ao mercado consumidor com o mesmo sabor de fresco como antes quando eram pescados na costa.
Buscou-se como primeira solução, deixar os peixes amontoados em pequenos tanques cheios de água do mar, onde eles nem conseguiam se mexer, só respiravam, ou seja, chegavam vivos ao mercado consumidor, mas o sabor não era o mesmo de frescor, de peixe recém pescado.
Resolveram então aumentar os tanques, para que os peixes pudessem nadar livremente, contudo, sem seus desafios naturais do mar e com abundância de comida, os peixes se acomodavam e ficavam pouco ativos, o que também tirava o gosto de frescor deles para o paladar japonês.
Por fim, os grandes pescadores resolveram aumentar ainda mais os tanques e introduzir um pequeno tubarão lá dentro. Com um predador natural, os peixes precisariam se movimentar, senão seriam devorados, desta forma, os pescadores conseguiram levar novamente peixe fresco ao mercado japonês.
Assim também é a vida, as turbulências pelas quais passamos de vez em quando, servem como o tubarão em nosso tanque, faz com que precisemos nos readaptar, nos manter alertas, sempre na atividade, nunca descansados ou displicentes.
Na vida, às vezes, o tubarão é uma mudança de emprego, o término de um relacionamento, a perda de um ente querido, uma doença, uma adversidade financeira, uma briga com um amigo... Às vezes, o mundo parecer conspirar contra a nossa felicidade, mas isso é uma forma do universo mostrar que a gente não pode se acomodar, aceitar passivamente os acontecimentos em nossas vidas.
Já comentei aqui, que temos responsabilidade sobre nossas vidas, que nós quem somos os responsáveis pela nossa felicidade, que só nós seremos julgados por termos ou não sido felizes nesse mundo. Pois bem, somos os responsáveis também por não percebermos os sinais que a vida nos manda, então, para nos por de volta no prumo, a vida bate duro, bate pesado, faz com que a gente pense não ter mais saída, mas sempre há uma saída. E tenha certeza, essa saída é tudo o que você precisa.
Uma vez, um sábio me disse uma frase muito importante: Às vezes a escuridão que nos metemos é tão grande, que nos esquecemos que até um beco sem saída, existe uma saída, que é olhar pra trás. E é a mais pura verdade, não temos que nos desesperar, mas sim encarar os desafios, olhar em frente e quando não houver mais o que se olhar pra frente, é só olhar pra trás, que haverá uma saída.
Não se desesperem na adversidade e não se acomodem na calmaria, sejam como os navegadores, que estão sempre prevendo tormentas nos períodos de calmaria e prevendo calmarias nos períodos de tormenta. Não se deixe enganar, nada é tão bom que não possa melhorar e nada é tão ruim que não possa ficar pior. Lute pelo que é seu, batalhe, não se apequene diante de nada e não se engrandeça diante de coisas poucas. Saiba das suas limitações, quando necessário e conte sempre com a ajuda, quando achar que não pode lidar com o problema sozinho, afinal, ninguém é uma ilha.
Assim, me despeço, deixando como mensagem final, um sopro de esperança: Muitas vezes na beira, o mar está batendo e no alto mar existe calmaria, não se limite a sua zona de conforto, a vida é muito curta para ficarmos nos limitando e fugindo dos problemas. Batamos de frente com os problemas, pois cada um carrega a cruz que merece, faça a sua ser sempre de isopor e nunca de chumbo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Minha Prece

Minha Prece

Eu vivia de ilusões até te conhecer
E agora minha vida é você
Penso em você a cada segundo
Te querendo para sempre no meu mundo
Vida nova quero ter contigo
E desejo para sempre te amar
Ao teu lado vivo um sonho tão bonito
Do qual eu não quero acordar

Mas será que Deus ouviu minha prece
Será que Ele te trará pra mim
Eu preciso de você
O que eu preciso fazer pra te ter aqui... Aqui...

Você pra mim é a realidade
O meu verdadeiro universo de prazer
Com você quero viver
O meu mundo é você... Você...


Um poema em forma de oração, que mistura muito da minha fé em Deus, de que Ele está sempre olhando por mim e também de que existe uma pessoa especial pra mim. Fala também muito de como era minha vida antes e como ela ficou depois. Escrito pra alguém especial, contudo o mundo já passou e a oração não vingou.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Tela

Tela

Quero escrever
Mas não sei o que
Tudo me lembra você
Agora eu escrevo
Não! Não sei se devo
Não confio no papel
Não confio em nada
Porque não estás aqui
Quero te pintar
Tudo bem colorido
Monalisa em versos
Mas o meu traço é sofrido
Está sem inspiração
Só tem a solidão
Ela não é minha amiga
Não merece a minha tinta
Você a merece
Porém não me lembro do seu rosto
Só lembro que um dia te amei
Você me amou também
Minha tinta se esvai
Tal qual a lembrança que tenho por ti
Retrato minha vida nesta tela
Mas nada consigo pintar
A minha vida está vazia
Pois aqui você não está
Deixo a tela em branco
Somente ela e as pautas
Que se completam
Contudo sem a pintura que fecha
A mais perfeita obra
Pois não tem a principal
A atriz que me deixa
Como um simples figurante
Nessa tela vazia


Um poema escrito há um tempo, mas que fala de diversas formas de alguém tentar retratar um amor, seja por um poema, uma tela, um filme ou qualquer outra forma de arte, nenhuma delas é capaz de retratar tão bem um amor como um olhar simples.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Vida Que Segue

Vida Que Segue

Liberdade é felicidade
Felicidade é alegria
A gente busca sempre a felicidade
Mesmo ainda que tardia
Encontrar-se em si mesmo
É viver em harmonia
A gente busca a felicidade
Seguindo o dia a dia

O passado não pode machucar
Quem o viveu plenamente
A gente muda o mundo
E o mundo muda a gente
Olhar para a frente
E seguir sem medo
O mundo dá voltas
Mesmo quando não percebo

Alegria é hoje
O que buscamos pra amanhã
Alegria é o alimento em todas as manhãs


Texto escrito no dia em que eu acordei e resolvi que era tempo de mudar minha vida, seguir em frente. Quando eu retomei as rédeas da minha vida e fui em frente.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Não Gosta? Ignora!

Não Gosta? Ignora!

Cara, eu fico impressionado como que as pessoas têm que tomar conta da vida umas das outras. Já repararam que sempre tem alguém que se julga melhor do que tudo e todos e por isso mesmo, acaba reclamando que os outros gostam disso ou daquilo, fazem isso ou aquilo e ela, a pessoa, sempre está por cima da carne seca?!
Falo isso, porque passei por uma situação esses dias muito desagradável. Quem me conhece, sabe que adoro carnaval, curto ir pra blocos, escola de samba, sambódromo, festas, bailes e tudo mais que tem a ver com a festa, com o samba e com a diversão momesca. Ocorre que, meu bloco é um bloco pequeno, inclusive ele se chama É Pequeno Mas Não Amolece, e depois de muitos anos a gente fazendo a festa de forma discreta, conseguimos, finalmente, a autorização da RioTur para desfilarmos.
Com essa autorização, ficamos “famosos” e saímos em duas reportagens sobre o carnaval 2016 no jornal O Globo. Ficamos muito felizes com isso e em muitos momentos compartilhamos essas informações via Facebook e Instagram. Muitos amigos ficaram muito felizes, muita gente curtiu mesmo a nossa vitória e tudo mais, mas é impressionante, sempre tem um ou outro que ainda é chato. Chato mesmo, que reclama de tudo.
Eu tenho como posição em minha vida, me alegrar com as vitórias dos outros e não criticar os gostos dos outros. Claro que sei que não posso cobrar esse tipo de atitude de todos, sei que nem todas as pessoas podem agir assim, mas posso cobrar que a pessoa não seja babaca. Afinal, ser babaca é uma escolha, a pessoa decide ou não ser babaca e acho que muitas pessoas realmente escolhem ser babacas, simplesmente por gostarem de ser.
Assim, comigo ocorreu de uma amiga publicar em sua linha do tempo a reportagem sobre o bloco e um conhecido fazer um comentário totalmente ridículo, falando mal do bloco e tudo mais. Eu preferi não entrar em conflito, porque se fosse pra fazê-lo, melhor seria logo dar umas porradas pra resolver o problema, mas não acho que vou ganhar muito com isso.
Daí me veio à mente, porque as pessoas fazem esse tipo de coisa?! Porque você tem que criticar algo que você nem conhece ou que você nem sabe o que se passa ou o que ocorre de verdade? Você pra falar mal, tem que se inteirar da coisa toda, tem que saber o porquê disso, o que levou a aquilo... Tem que realmente ter conhecimento de causa, para poder emitir uma opinião embasada.
Criticar algo só porque você não gosta de algo, não vai mudar em nada aquela coisa, pois ela provavelmente já tem seus fãs e adeptos. O carnaval, por exemplo, mesmo que você não goste da festa, não goste de samba, não goste de bloco, não goste de nada, ele não vai deixar de acontecer, ele tem seu público cativo, ele tem seus defensores, tem seus admiradores, tem sua cultura, sua história, sua representação popular e seu valor histórico comprovado, ou seja, não será você quem vai mudar isso, não será você que vai fazer com quer um bloco saia pra rua, não será você quem fará com que o carnaval tenha mais ou menos diversão para uma pessoa que gosta de carnaval. Então, guarde sua opinião para você.
Eu não sou muito fã desse sertanejo novo, gosto de música caipira, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, João Mineiro e Marciano, Milionário e José Rico, Daniel... Gosto dessa vertente mais antiga. Essa nova onda sertaneja, apesar de não me seduzir como ouvinte, me deixa intrigado como estudioso da sociedade humana, vejo que hoje as pessoas estão mais abertas para outros sons que não sejam os praticados somente nos grandes centros, pela maioria branca e rica. Hoje temos o funk ostentação mega estourado, mostrando o povo preto e ex favelado cheio do dinheiro, gastando com mulher, carros, bebida e sexo, mas mesmo assim, eu vejo o valor cultural da coisa, fora que a batida é mega envolvente.
Você tem todo o direito de não gostar de alguma coisa, isso é um direito seu, garantido pela Constituição Federal do nosso país, algo que eu respeito e muito, mas lá, nada te garante o direito de ser um babaca. Se você não gosta de algo, é bem simples, você só não precisa emitir opinião sobre o assunto, principalmente se sua crítica não será positiva. Se você não tem nada de bom pra falar sobre alguém, simplesmente é só não falar.
Você tem direito a não gostar de nada, só não tem direito de ser um pé no saco. Então, abra mão do seu egoísmo, ninguém é obrigado a concordar com você, o mundo é muito grande e muito diverso, para todo mundo pensar igual, ter os mesmos gostos, obedecer aos seus desígnios... Da mesma forma que o gosto dos outros te parece estranho, os seus também podem sentir isso pelos seus e nem por isso estão por aí te apedrejando, apontando dedos ou até mesmo falando mal de você.
Então, aceite a adversidade, aceite que os outros têm direito a opiniões diversas das suas, que nada é unanimidade, que cada um têm seu gosto, suas preferências, suas vontades, seus desejos... E nada faz com que um senso comum seja obrigatório para os outros. Quer curtir algo, curta, não quer, é só não curtir e pronto. Não encha o saco, não crie problemas, não dê trabalho aos outros, apenas guarde para você as opiniões negativas, até porque, de negativismo o mundo tá cheio. Mais vale você enaltecer o que você gosta do que ser detrator do que não gosta. Quando você faz isso, estou sabendo muito mais sobre você do que sobre o que você não gosta.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Eu Não Me Dou Bem Com Dias Nublados

Eu Não Me Dou Bem Com Dias Nublados

Cara, odeio mesmo dias chuvosos, dias frios, dias cinzas. Sou um cara que nasceu em agosto, no meio do inverno, mas fui feito em pleno verão, no início do verão, em dezembro. Sou do fogo, sou do calor, sou da praia, sou do sol, sou das temperaturas altas, sou um típico rapaz do Rio de Janeiro.
Geneticamente falando, os negros são preparados para aguentarem as altas temperaturas, somos talhados pela natureza para aguentarmos isso. Eu, ainda mais. Tenho uma predisposição maior para os dias de sol, aguento o calor, gosto de dias de sol, bem iluminados, coloridos.
Sou um típico carioca, fico deprimido nos dias cinzentos, quando a chuva cai, parece que é minha alma que está chorando, parece que é o meu próprio peito que está desaguando do céu, já que eu realmente fico mal quando o tempo está assim mal.
Fato é, que eu realmente tenho problemas respiratórios, sou alérgico e acabo quase sempre ficando doente quando chove, mas além disso, minha alma faz fotossíntese, meu corpo tem jeito de planta, ele precisa da luz do sol pra funcionar bem, ele transforma a luz em energia, motivação, em alegria.
Além disso, moro na Cidade Maravilhosa, ou seja, na cidade linda por natureza, que aparece quase sempre por suas praias, suas belezas, sua boemia... O Rio foi feito pro sol e o sol foi feito pro Rio. Nesses dias cinzentos os cariocas tendem a ficarem mais irritadiços, a ficarem mais antipáticos, mais chatos, menos amistosos, menos sorridentes, muito menos felizes.
O povo carioca não nasceu mesmo para esses dias, não nasceu para esse clima. Acho que por algum castigo de Deus, por não conseguirmos valorizar a nossa cidade o suficiente, estamos passando aí por uns 15 dias de chuva e parece que ela não vai parar tão cedo. O que impressiona nessa temporada de chuvas no Rio, é que elas não estão sendo aquelas chuvas normais de verão, aquelas chuvas de verão, que tão bem cantou Jobim. Essas chuvas são daquelas chatas, com cara de inverno, que se arrastam o dia todo.
Eu entendo quem não goste de calor, prefere usar muita roupa, dizem que ficam mais elegantes, se vestem melhor, que podem usar roupas que geralmente não se usa no dia a dia de nossa cidade. Os dias cinzentos do Rio acabam transformando a cidade em uma Londres dos trópicos. Você já viu alguma reportagem, filme ou qualquer coisa do tipo, que mostre a cidade em que apareçam pessoas felizes, andando pela rua, curtindo a cidade? Pois é, agora veja no Rio, as cenas são sempre na praia, nos parques, ao céu aberto. E os personagens estão sempre sorrindo, curtindo, aproveitando o sol, a praia, os parques... E sempre com o sol.
O sol está para o Rio de Janeiro assim como a caipirinha e a feijoada estão para o Brasil, o Rio sem sol é a mesma coisa que São Paulo sem chuva, Londres sem o cinza, Paris sem as luzes ou o nordeste sem o calor. O Rio é mais bonito com sol, o Rio é mais feliz com o sol...
Eu sou um cara que tem essa relação forte com o sol, preciso reabastecer minhas energias ao ficar um tempo exposto ao sol, preciso de água com sal, preciso de praia, de mar, preciso respirar ar puro, preciso ir pra rua, preciso não estar confinado dentro de casa. Nos dias de hoje, há 15 dias quase, estou trancado, não tenho motivação pra sair, saio por obrigação, não consigo recarregar minhas baterias, melhorar minha saúde, aumentar minha imunidade, mas acima de tudo, eu preciso do sol para ser feliz.
Adriana Calcanhoto já cantou: “Cariocas não gostam de dias nublados”, e isso é uma verdade, não gostamos, precisamos de sol, precisamos da praia, precisamos de estar ao ar livre. Eu sei que esses dias não andam me fazendo bem, mas enquanto houver sol, haverá esperança de que poderei continuar sendo feliz.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

É Só Você Deixar

É Só Você Deixar

Pra que se negar viver um sentimento
Que é tão forte dentro de você?
Me deixa falar tudo o que eu penso
Quem sabe assim de repente, eu te faço entender

Pra que que você vai ficar fingindo
Dizendo que só me quer como amigo?
Deixa de lado tudo isso e vem pra mim...
Eu só quero estar ao seu lado
Com você a me chamar de seu amado
Presta atenção no que eu falo, pra você
Pra você...

Qual é o problema de você deixar a gente se amar?
Ninguém vai se machucar... É só você deixar.
Me deixa, meu bem, te dar os meus carinhos
E quem sabe assim nos ficamos juntinhos
É só você deixar...
Me deixa te amar...
Meu amor...


Um texto escrito em 2003. Mostrando uma pessoa aberta a se abrir pra um relacionamento, onde uma das partes se mostra pronta para encarar os desafios de começar um novo relacionamento. É um pedido para a outra pessoa não se esquecer que ainda vale a pena querer se entregar aos seus sentimentos e não se esconder do seu amor! É o meu momento atual, que repete o que vivi há tantos anos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CARPE DIEM

CARPE DIEM

O ser humano é o animal mais engraçado da face da Terra. Falo isso não pelo seu senso de humor fora do comum, mas sim pelo seu jeito esquizofrênico de lidar com as coisas. Os humanos são capazes de desprezar algo que está ao seu alcance, mas quando perdem aquilo, sofrem, se lamentam e agonizam por conta de algo que eles tinham e simplesmente não têm mais.
Falo isso sobre qualquer coisa, emprego, saúde, família, amigos, amor, beleza, sanidade mental... É realmente impressionante, que quando nós temos as coisas, simplesmente não nos acostumamos a dar o devido valor, contudo, basta uma tribulação, uma perda, uma chacoalhada, para que percebamos o quanto a gente era feliz quando tinha aquela determinada coisa e não somos mais.
Quem nunca teve um amigo que era bem parceiro mesmo, mas que você foi deixando de lado com o tempo, foi se afastando, sempre com a desculpa: noutro dia a gente marca e o outro dia nunca chegou, passaram-se dias, meses, anos, quando vocês finalmente se esbarraram num ônibus lotado a caminho do trabalho, vocês perceberam que não eram mais nem sombra do que foram um para o outro e aí se entristeceram?
Quantos de nós já não estivemos em um relacionamento com uma pessoa especial, que valia a pena, que era companheira, que era amorosa, que nos entendia, cuidava da gente, mas que pra gente, sempre faltava algo, sempre faltava um algo mais, que após o término do relacionamento, a gente simplesmente se deu conta de que era feliz com aquela pessoa mesmo daquele jeito?
O ser humano tem a imensa capacidade de ser insatisfeito por natureza, de ser irrequieto, de querer sempre mais, de buscar sempre uma felicidade fantasiada, buscar um ponto em que vai ser feliz. Ocorre que nós não nos damos conta de que a felicidade não é flexionada no futuro, a felicidade é momentânea, a felicidade não é condicionada, a felicidade é agora.
Assim sendo, nunca seremos felizes, ou a gente é feliz ou a gente não é, simples assim. Contudo, é muito natural essa insatisfação do ser humano, essa busca por um estado geral de satisfação plena, onde estaremos satisfeitos com tudo em nossas vidas: família, emprego, saúde, amigos, amores, corpo, status...
É engraçado, que nós nunca nos damos conta do quanto somos felizes com algo, até que realmente vejamos aquilo sob outra perspectiva. Por exemplo, quantas vezes você disse eu te amo para seus pais nos últimos 6 meses? Ou quantas vezes você se reuniu com o seu melhor amigo nos últimos 6 meses, sem que fosse para comemorar o aniversário de um dos dois, somente por vocês quererem pôr o papo em dia? Ou mais, quantas vezes você foi ao médico para fazer um check-up e não para consulta por conta daquela dor na lombar que não vai embora há um ano?
É disso que estou falando. Os homens tendem a se colocar num estado tão grande de automação, fazendo as coisas meio que à deriva, seguindo apenas os trilhos impostos, não olhando pra nada além do dinheiro, que se esquecem de olhar pro lado, de ver o que lhes ajuda, o que lhes faz bem, aquilo que está ali a todo momento, mas que ele nem se liga nisso de verdade, acaba ignorando essas coisas, simplesmente porque elas não lhe fazem chegar mais perto de ter a conta bancária de 9 dígitos, ou fazer aquela viagem internacional de 3 semanas pelas ilhas do Mediterrâneo, ou comprar aquele carro ultra esportivo de última geração.
Humanos são realmente muito relapsos com o que lhes faz bem. Temos o defeito de deixar de não valorizar essas coisas, de até certo ponto desprezá-las, negligenciá-las, esquecendo que dessa vida não se leva nada, nem o corpo. Somos programados a acumular riquezas e não momentos que valham a pena, somos doutrinados a possuir pessoas e amar as coisas e não vice-versa. Temos a estranha mania de valorizar sempre o que não temos e fazer de tudo para adquirir aquilo, mas nós, seres humanos, somos realmente muito engraçados.
Quem tiver uma criança pequena em seu convívio, uma criança de até 3 anos, convido você a fazer um experimento. Ponha essa criança para brincar com alguns brinquedos espalhados pelo chão, espere-a escolher o brinquedo com a qual ela queira brincar primeiro, depois disso, pegue outro brinquedo que ela deixou de lado e comece a brincar com esse brinquedo como se você estivesse se divertindo a valer, como se sua vida tivesse mudado com esse brinquedo, logo depois disso, você vai ver que a criança vai largar o brinquedo que foi a primeira escolha dela e vai querer aquele que está com você.
Assim também somos nós adultos, desprezamos algo e logo depois percebemos que aquilo nos fazia feliz, então, resolvemos retomar aquilo que tínhamos. Em alguns casos isso é simples, mas em muitos é praticamente impossível. Por exemplo, já tentou terminar um namoro e depois de alguns meses você perceber que com aquela pessoa você era feliz? A pessoa tem a mágoa do término, fica chateada, se sente desprezada e em alguns casos, encontrou alguém que queria muito mais ela do que você. Aí, já era. Nunca mais você vai ter aquela pessoa.
Já percebeu o quanto você tem discussões tolas com seus pais? Ou o quanto você discute com o seu namorado(a), esposo(a), ou afim por assuntos tolos? Ou o quanto você é tolo em achar que seu amigo(a) é quem deve te procurar e não o contrário? Quantas e quantas vezes, nos enchemos de razão e simplesmente não nos deixamos esvaziar de sentimentos ruins, nos levando a abrir mão de pessoas em nossas vidas que depois nos fazem tanta falta?
Não, não estou falando pra você virar um monge franciscano e passar a gostar de tudo, de todos, não mais ter raiva, sentir ódio e coisas assim. Sei o quanto é difícil manter-se sereno e calmo, eu mesmo sou muito tido a rompantes de raiva, mas o que eu quero dizer, é que mesmo assim, você não pode abrir mão do que te faz bem, das pessoas que te querem bem, daqueles que fazem a sua passagem por essa caminhada na Terra um pouco menos sofrida.
Valorize mais quem está ao seu lado, valorize as suas conquistas, valorize a sua saúde, cuide mais de você, de quem te quer bem, curta o seu emprego, saia com os amigos. Uma vez, li a história de um homem que era tão pobre, mas tão pobre, que ele só tinha dinheiro. Ao fim de sua vida, no seu leito de morte, só a sua cuidadora e os médicos estavam lá, quando o mesmo morreu, em seu enterro não foi ninguém, só os funcionários do cemitério estavam lá, pois ele desprezou sua família em vida, humilhou os filhos, agredia a mulher, maltratava os funcionários, assediava os vizinhos, era uma pessoa totalmente desprezível, foi tão desprezível, que não deixou saudades.
Então, é isso, valorize a sua vida, diga eu te amo pra quem precisa ouvir isso de você, cuide da sua saúde, depois que você estiver doente, não adiantarão de nada as horas extras que você fez no trabalho, procure os seus amigos, diga o quanto eles são importantes pra você, abrace seus filhos, beije apaixonadamente sua alma gêmea, curta o seu trabalho, cuide de você, de quem te quer bem e do que te sustenta. Não espere você perder algo para você valorizar. No mais, Carpe Diem!!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Distância

A Distância

Há distância a distância!
Tive essa leve desconfiança,
Ao olhar para as minhas lembranças.
Pude perceber isso nesse último ano,
Me deixando levar por desenganos
Perdi-me em todo os meus planos.

Saí de mim!
Mas não sei bem se foi assim,
O acaso não tem fim.
Quer dizer,
Fui sempre eu mesmo,
Sem, contudo, em momento algum ter sido o mesmo.
Sabendo bem que nenhum ato é a esmo.

A distância te observei durante um ano inteiro,
De dezembro a dezembro, perdi dois janeiros.
Pensei em ti com o coração fagueiro,
Mas como cego em tiroteio,
Vaguei sem certeza,
Pois se agimos com franqueza,
Não esquecemos da clareza.
Sentimentos de segunda,
Mágoas de primeira
E desculpas de terceira.

Há distância entre nós,
Entre o que fomos e o que hoje somos.
Entre o presente e o passado, esquecemos o futuro.
Agi errado em muitos momentos,
De pouco vale o arrependimento,
Sentimento que sufoca a alma de quem fecha a porta,
De quem sai e não mais volta,
Por medo de se magoar

Ah, distância...
Distância que mantém viva uma velha ponta de esperança,
Que ao ver nosso sorriso solto de criança,
Felicidade inusitada em pujança,
Talvez nos faça ver que essa imensa galáxia de distância
Se percorre apenas na amabilidade de um olhar.



Texto que trata do término de um relacionamento. Escrito em 2006.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Você É Machista, Moço!

Você É Machista, Moço!

Eu sempre que resolvo escrever sobre um tema mais polêmico aqui nesse blog, acabo chamando a atenção dos meus leitores, o tema mais lido nessa semana foi sobre a conversa das moças “Loira” e “Morena”, falando sobre as ideias delas em relação aos homens e relacionamentos. Pra variar um pouco, minhas ideias sobre o tema são tidas por alguns como muito progressistas ou amplamente polêmicas.
Ocorre que, eu realmente acho que muita gente na nossa sociedade presta um desserviço contra o machismo ao manterem certos tipos de comportamento, de pensamentos e de atitudes. Afinal de contas, o machismo realmente é prejudicial a nossa sociedade, oprime as mulheres e faz com que os homens sejam criados de uma forma opressora, onde são doutrinados a tratarem as mulheres como objeto e de forma descartável.
Então vamos lá, falo isso, porque muitos homens julgam as mulheres por atitudes que eles mesmos têm, contudo criticam as mulheres por se comportarem exatamente como eles. Chega a ser ridículo isso, impõem um tipo de comportamento as mulheres e outro aos homens, e colocam rótulos em cada um de acordo com o seu gênero, não importando se as atitudes são as mesmas, mas homens e mulheres são taxados de formas completamente opostas.
Se um homem sai com os amigos numa noite e beija várias mulheres, é tido como garanhão, se uma mulher faz a mesma coisa, é chamada de piranha (isso para ser até econômico nas palavras). Se um cara sai com uma mulher mais velha, todo mundo fala que amor não tem idade, se uma mulher sai com um homem mais velho, todo mundo já se pergunta se o cara é rico, para taxá-la de interesseira. Se um cara sai todos os dias e sempre enche a cara, só é chamado de pinguço, já uma mulher é taxada de dada. É muito complicado esse julgamento, afinal, porque os mesmos comportamentos são interpretados de formas diferentes por conta do gênero da pessoa?
Muitas vezes falo sobre o assunto com amigos e amigas e ouço comentários que corroboram com a minha tese, a nossa sociedade é realmente machista e eu sou uma voz muito dissonante nesse meio. Veja o seguinte, um cara vai sair pela primeira vez com uma mulher que ele está interessado, saem para beber umas cervejas (claro que a mulher não pode pensar em beber tanto ou mais que o cara), a noite é ótima, ambos se divertem muito, o clima é leve, a sedução está no ar, os dois estão afim um do outro, a tensão sexual é palpável a esse momento, então, o cara faz a proposta inevitável, vamos sair daqui e vamos para um outro lugar. Já era, se a mulher aceita, esse será o fim das pretensões dela com esse cara, afinal, nós homens, somos criados a querer transar com todas as mulheres, mas se a mulher resolve ir pro motel no primeiro encontro é porque ela não presta.
Imaginou essa cena? Você já esteve nela, provavelmente, né? Se você é homem, você sabe que que mesmo que a noite tenha sido boa, a mulher seja interessante e do jeito que você espera que ela seja, você não vai querer sair com ela de novo com o intuito de ter algo sério, mas somente com o aspecto sexual, pois para você mulher que merece respeito não transa no primeiro encontro, não é verdade?
Daí vem o meu pensamento tido como ultraliberal, mega moderno, super progressistas... O que tem demais a mulher também ceder aos seus instintos mais selvagens e deixar seu desejo sexual falar mais alto e transar quando ela tem vontade?! Se o cara tem vontade, se o cara está afim, ele pode simplesmente fazer esse tipo de convite para a mulher e com a intenção que ela aceite, diga-se de passagem, querendo mesmo que os dois possam ter uma boa transa, mas pra isso ele depende que a mulher também esteja disposta, ele simplesmente pode querer somente transar, porque que com a mulher tem que ser diferente? Não vejo o porquê.
As gerações dos nossos pais foram criadas ainda no início da revolução sexual, mas nossos pais eram filhos da geração da repressão sexual, onde ao homem tudo era permitido e para a mulher nada. Uma mulher ter prazer, conhecer o seu corpo, saber o que gosta e o que não gosta, para a geração dos nossos pais, era um absurdo. Entendo que um pai nunca queira que sua filha seja taxada de piranha no bairro, claro que entendo, mas porque uma mulher fica com uma fama negativa quando ela tem um comportamento exatamente igual ao de um homem, e esse cara fica com a fama positiva?!
Tenho amigos que ainda hoje pensam em casar com uma mulher virgem. Sério mesmo! E nisso eu fico pensando, pô, o cara transa com um bando de gente, faz um monte de coisa, têm várias experiências sexuais, será que esse cara vai realmente se saciar com uma virgem?! Porque pra mim, fica a questão de que sexo é prazer mútuo, e eu não tive muitas experiências boas com virgens, as transas sempre tinham uma carga mais tensa, de você fazer a coisa bem, pra deixar a mulher à vontade, pra ela ter uma primeira experiência válida. Mas essa responsabilidade não é muito legal, a tensão é grande, a mulher não sabe bem o que faz bem a ela, não tem aquele conhecimento real do que faz bem a ela, não entende a diferença entre o prazer e a dor.
Fico mais espantado com esse tipo de pensamento, afinal, aonde está escrito que só os homens podem se divertir sexualmente? Porque nós que podemos escolher as parceiras, quando e onde transar? As mulheres têm total direito de escolher essas coisas também, mas já disse no outro post sobre o machismo, até as mulheres são machistas, quantas amigas minhas já criticaram alguma mulher que eu saía por ela ser mais adepta dessa questão da liberdade sexual, da mulher saber o que quer, com quem quer e como quer.
Outro ponto que me comprova que o nosso mundo é muito machista é o fato de uma mulher fazer um vídeo íntimo e quando por algum acaso esse vídeo vaza, todos, homens e mulheres criticam a moça que está no vídeo e não o rapaz pra quem ela fez esse vídeo. Não tenho muita paciência pra isso, a mulher confia no cara, resolve fazer a vontade dele, para apimentar a relação, confiando que está com alguém que a respeita, mas basta uma briga, um término ou às vezes nem isso, pra o cara jogar o vídeo na rede.
A verdade é que as pessoas não estão preparadas para uma sociedade em que a mulher tenha vontade, desejos e tesão. Hoje, as mulheres estão mais abertas e aptas ao sexo, as relações mais mundanas, menos paixão e mais tesão mesmo. As mulheres descobriram que elas também têm direito a transar, as beijar quem quiserem, a estarem com quem quiserem, a terem as experiências que os homens são doutrinados a terem desde pequenos. As mulheres começaram a ter o controle das suas vidas sexuais e isso assusta aos meninos, mas é uma festa para os homens.
Ainda acho que a luta das mulheres em relação a esse assunto é muito grande, tanto entre as meninas como entre os meninos, mas hoje já temos muitas pessoas que já entendem que o mundo mudou, que a mulher não está lá pra ser a rainha do lar, que ela tem direitos e deveres numa relação, mas que acima de tudo, ela também está nesse mundo para ser feliz. Se o que a faz feliz é beijar dez caras numa única noite, ela tem esse direito, se ela quer transar no primeiro encontro, ela transa, se ela achar que deve fazer um vídeo íntimo, que faça. O que importa é ser feliz!
No fim das contas, todo mundo tem um passado, tanto homens quanto mulheres, se um cara era o “garanhão”, comeu todo mundo que quis e que não quis, a mulher pode respeitá-lo, aceitá-lo e amá-lo, porque o cara não pode fazer o mesmo?! Todos nós temos a liberdade de fazermos o que quisermos, desde que respeitando a nós e a outra pessoa, mas de resto, não importa a mais ninguém o que a gente faz, se estamos felizes beijando várias pessoas, transando com várias pessoas, o que conta é a satisfação e prazer pessoal.
Acho que as mulheres têm sim que saber o que querem, conhecerem seus corpos, beijarem quem e quantos quiserem, transarem com quem, quando e onde quiserem, aproveitarem a vida. Não é porque uma mulher usa roupa curta que ela é uma mulher de menos valor, não é porque ela bebe muito que está sendo uma promíscua, não é porque ela usa roupa curta que ela está querendo ser estuprada. Por isso mesmo, respeite as mulheres, deixem elas terem suas experiências, deixem elas serem felizes. Quem é feliz, não enche o saco, tanto homens quanto mulheres.

Por fim, não se mede o caráter de ninguém pela quantidade de parceiros que ele teve na vida, mas sim o quanto essa pessoa está disposta a fazer esse parceiro feliz. E no mais, é só isso que conta. Pare de se preocupar com o prazer dos outros e tenha você mais prazer.