A
Distância
Há
distância a distância!
Tive
essa leve desconfiança,
Ao
olhar para as minhas lembranças.
Pude
perceber isso nesse último ano,
Me
deixando levar por desenganos
Perdi-me
em todo os meus planos.
Saí
de mim!
Mas
não sei bem se foi assim,
O
acaso não tem fim.
Quer
dizer,
Fui
sempre eu mesmo,
Sem,
contudo, em momento algum ter sido o mesmo.
Sabendo
bem que nenhum ato é a esmo.
A
distância te observei durante um ano inteiro,
De
dezembro a dezembro, perdi dois janeiros.
Pensei
em ti com o coração fagueiro,
Mas
como cego em tiroteio,
Vaguei
sem certeza,
Pois
se agimos com franqueza,
Não
esquecemos da clareza.
Sentimentos
de segunda,
Mágoas
de primeira
E
desculpas de terceira.
Há
distância entre nós,
Entre
o que fomos e o que hoje somos.
Entre
o presente e o passado, esquecemos o futuro.
Agi
errado em muitos momentos,
De
pouco vale o arrependimento,
Sentimento
que sufoca a alma de quem fecha a porta,
De
quem sai e não mais volta,
Por
medo de se magoar
Ah,
distância...
Distância
que mantém viva uma velha ponta de esperança,
Que
ao ver nosso sorriso solto de criança,
Felicidade
inusitada em pujança,
Talvez
nos faça ver que essa imensa galáxia de distância
Se
percorre apenas na amabilidade de um olhar.
Texto
que trata do término de um relacionamento. Escrito em 2006.
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