Conspiração Internacional Contra a Felicidade
Sei
que ando negligenciando um pouco o espaço, mas é porque com essa proximidade do
carnaval, a correria tá grande e o tempo anda curto, fora isso, a cabeça anda
muito acelerada até para mim, o que tem me feito me perder um pouco em
pensamentos e divagações sobre a vida, contudo, estou eu, aqui, de volta, para
poder refazer minha conexão com vocês, meus queridos leitores, que se dão ao
trabalho de perderem seu tempo lendo esse espaço.
Já
reparou que às vezes parece que o universo está conspirando ao seu favor, mas
tem muita gente que tá jogando contra isso? Como quando você está de bom humor,
e aquele caminho que você sempre pega, pra fugir do trânsito está totalmente
engarrafado? Ou ainda quando você está escrevendo aquele texto bonito, pra
postar na rede e de repente a luz acaba? Ou ainda, quando você se vê apaixonado
por alguém, parece estar sendo correspondido e de repente, não mais que de
repente, a pessoa altera o status de relacionamento para Namorando e você fica
com cara de trouxa?
Pois
é, a gente sempre tende a olhar essa “conspiração internacional contra nós”
como algo negativo, mas você já tentou parar para olhar isso por um outro
prisma? Assim, as adversidades aparecem em nossas vidas para que possamos
crescer, evoluir, buscar um novo posicionamento no mundo (e não estou falando
de posição geográfica), uma nova postura, um novo jeito de encarar a vida.
Uma
vez, li um texto sobre o pescado no Japão, onde os pesqueiros tiveram que
descobrir um meio de encarar a crise de peixes na costa japonesa e passaram a
ir pescar em alto mar. Com o passar do tempo, descobriu-se que o sabor dos
peixes era diferente do sabor dos peixes pescados na costa, então com o passar
do tempo, os pescadores foram criando técnicas novas para fazer com que os
peixes chegassem ao mercado consumidor com o mesmo sabor de fresco como antes
quando eram pescados na costa.
Buscou-se
como primeira solução, deixar os peixes amontoados em pequenos tanques cheios
de água do mar, onde eles nem conseguiam se mexer, só respiravam, ou seja,
chegavam vivos ao mercado consumidor, mas o sabor não era o mesmo de frescor,
de peixe recém pescado.
Resolveram
então aumentar os tanques, para que os peixes pudessem nadar livremente,
contudo, sem seus desafios naturais do mar e com abundância de comida, os
peixes se acomodavam e ficavam pouco ativos, o que também tirava o gosto de
frescor deles para o paladar japonês.
Por
fim, os grandes pescadores resolveram aumentar ainda mais os tanques e
introduzir um pequeno tubarão lá dentro. Com um predador natural, os peixes
precisariam se movimentar, senão seriam devorados, desta forma, os pescadores
conseguiram levar novamente peixe fresco ao mercado japonês.
Assim
também é a vida, as turbulências pelas quais passamos de vez em quando, servem
como o tubarão em nosso tanque, faz com que precisemos nos readaptar, nos
manter alertas, sempre na atividade, nunca descansados ou displicentes.
Na
vida, às vezes, o tubarão é uma mudança de emprego, o término de um
relacionamento, a perda de um ente querido, uma doença, uma adversidade
financeira, uma briga com um amigo... Às vezes, o mundo parecer conspirar
contra a nossa felicidade, mas isso é uma forma do universo mostrar que a gente
não pode se acomodar, aceitar passivamente os acontecimentos em nossas vidas.
Já
comentei aqui, que temos responsabilidade sobre nossas vidas, que nós quem
somos os responsáveis pela nossa felicidade, que só nós seremos julgados por
termos ou não sido felizes nesse mundo. Pois bem, somos os responsáveis também
por não percebermos os sinais que a vida nos manda, então, para nos por de
volta no prumo, a vida bate duro, bate pesado, faz com que a gente pense não
ter mais saída, mas sempre há uma saída. E tenha certeza, essa saída é tudo o
que você precisa.
Uma
vez, um sábio me disse uma frase muito importante: Às vezes a escuridão que nos
metemos é tão grande, que nos esquecemos que até um beco sem saída, existe uma
saída, que é olhar pra trás. E é a mais pura verdade, não temos que nos
desesperar, mas sim encarar os desafios, olhar em frente e quando não houver
mais o que se olhar pra frente, é só olhar pra trás, que haverá uma saída.
Não
se desesperem na adversidade e não se acomodem na calmaria, sejam como os
navegadores, que estão sempre prevendo tormentas nos períodos de calmaria e
prevendo calmarias nos períodos de tormenta. Não se deixe enganar, nada é tão
bom que não possa melhorar e nada é tão ruim que não possa ficar pior. Lute
pelo que é seu, batalhe, não se apequene diante de nada e não se engrandeça
diante de coisas poucas. Saiba das suas limitações, quando necessário e conte
sempre com a ajuda, quando achar que não pode lidar com o problema sozinho,
afinal, ninguém é uma ilha.
Assim,
me despeço, deixando como mensagem final, um sopro de esperança: Muitas vezes
na beira, o mar está batendo e no alto mar existe calmaria, não se limite a sua
zona de conforto, a vida é muito curta para ficarmos nos limitando e fugindo
dos problemas. Batamos de frente com os problemas, pois cada um carrega a cruz
que merece, faça a sua ser sempre de isopor e nunca de chumbo.
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