quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Exótico Em Prosa

Exótico Em Prosa

Sim, eu sou uma pessoa fora do comum, isso tudo já ficou bem claro nessas páginas já publicadas e mais ainda pra quem tem o prazer ou desprazer de conviver comigo mais intimamente. Sou capaz de me encantar com coisa fora do comum, como o senso de humor de uma pessoa, o seu jeito peculiar de ver o mundo, a sua forma de pensar que é fora da caixa, um tipo de humor mais ácido, uma forma diferente de ver o mundo, uma pessoa com um estilo mais peculiar... Coisas que não sejam comuns acabam me chamando a atenção.
Não sou de convenções, não curto essas coisas normais. Respeito quem o faça, mas eu realmente não sou desses, sou do que é diferente, do que é incomum, do que é exótico, de tudo aquilo que não é ordinário. Até por ser uma pessoa que gosta de escrever, gosta de criar um mundo em sua mente, que vive em um eterno estado de criação, eu acabo me apegando a pessoas que tenham certas capacidades criativas, que tendem também a contestar os convencionismos, a caretice e o conservadorismo de nossa sociedade.
Não sou nenhum revolucionário, lunático, maluco, rebelde ou coisa do tipo! Não, nada disso. Você e qualquer pessoa pode ter certeza disso. Sou um homem comum, que paga impostos, que trabalha, estuda, busca um mundo melhor para si e para os outros, mas que ao mesmo tempo, não consegue se encaixar nas imposições que a sociedade faz a mim. Sendo assim, acabo mesmo me agarrando a tudo que posso ter de fora do comum em minha vida.
Meu senso de humor é um pouco mais negro e mais ácido que o comum, meus gostos pessoais são um pouco diferentes do senso comum, não sou obrigado a nada nessa vida que não me seja imposto por força da lei, então, não me obrigo a gostar do que as pessoas acham que eu tenho que gostar, só porque elas julgam isso o certo e o comum. Por exemplo, por ser um homem negro, as pessoas acham que eu não posso ver uma loira que eu logo fico de quatro por ela, babando. Mas não é assim que a banda toca comigo. Eu amo a melanina, eu amo a morenice, amo um cabelo preto, uma pele com cor, com melanina, com um bronzeado, prefiro!
Não é uma coisa de que eu só goste das morenas, por favor, não me entenda mal, saio com mulheres loiras, brancas, albinas, sei lá... Não tenho preconceitos, mas não gosto também de coisas impostas, não acho legal essa coisa de que todo negão curte um loirinha. Preferi desde sempre em minha vida as morenas, acho muito mais interessantes, não tem um porquê, mas sempre foi assim, desde que eu me entendo por gente.
Além disso, as minhas preferências vão além, quando o assunto é comportamental. Não curto mulher submissa, mulher sem conteúdo então, muito menos, mulher dondoca e mulher que é dependente, passam longe do que me agrada. Eu gosto de mulher independente, que sabe se posicionar, que tenha bom papo, que fale palavrão, beba cerveja, goste de sair sozinha e que saiba o seu lugar no mundo. Mulher pra mim tem que saber se portar, mas não necessariamente precisa ser uma lady.
Não tenho essas frescuras de que a mulher tem que ser virgem, gosto de mulher que curta sexo. Não tenho problema com o passado da mulher, até porque eu também tenho um passado. Respeito amizade da mulher com outros homens, não curto ciúmes, pra mim isso é uma infantilidade sem tamanho. Acredito que as pessoas estão juntas porque querem, a partir do momento que não quiserem mais, vão simplesmente pegar e falar que não querem e pronto, não precisamos ficar paranoicos, olhando o celular da outra pessoa, fuçando o Facebook, para saber de cada pessoa que curte as fotos dela ou faz um comentário.
Eu gosto de mulheres sem mimimi, que não ficam remoendo uma coisa por anos. Pegou, falou o que a incomoda, perdoou, vamos em frente, não precisa guardar aquilo pra te atacar naquela discussão na madrugada quando ela te acorda pra falar que sonhou que você fez algo e volta naquele assunto, que teoricamente tinha sido superado.  Aliás, odeio DR! ODEIO!!! Acho uma das coisas mais inúteis que podem existir, até porque, um casal equilibrado acaba sendo de boa e aí, não discute a relação, simplesmente acaba conversando sobre aspectos em comum e pronto, não tem o lado ruim.
Eu gosto mesmo de coisas exóticas, mulheres que são tidas estranhas por uma grande maioria, em muitos casos me atraem, não me pego ao físico apenas, gosto de gente que me agrega, que me faz ter prazer pela companhia, que me faz rir até a barriga doer, que é companheira de copo, mas que sabe fazer um cafuné, não precisa ser daquelas mulheres todas chiques, mas tem que ter seu charme e sua elegância, que pode tomar uma caixa de cerveja e ainda assim ficar de boa comigo, não vira uma maníaca homicida... Gosto de coisas que geralmente outros caras não se sentem atraídos, apesar de gostar de bunda, coxa e peito, como qualquer cara normal, é claro, mas ainda assim, não acho que meus gostos sejam ordinários nesse quesito, pois apesar de gostar disso, o meu gosto é peculiar, para dizer o mínimo.
Não me vejo como uma pessoa estranha no mundo, acho apenas que sou realmente exótico, que eu tenho meus gostos e que eles são fora do comum, mas nem por isso eu acabo me tornando uma aberração ou um esquisito. Mesmo que a sociedade em muitas vezes se espante com os meus gostos, mas eu pouco me importo com tudo isso, pouco me ligo no que as pessoas têm a falar a meu respeito. Beirando os trinta e cinco anos de idade, depois de tantas idas e vindas com o meu bem-estar com a minha autoestima, como o meu jeito de ser, cheguei à conclusão de que estou numa fase boa, de me auto identificar de me olhar no espelho e saber exatamente quem eu sou, quem eu quero ser e quem eu já fui. Não me ligo mais com a opinião alheia, hoje o que conta é a minha e se o mundo me chama de peculiar, de exótico, de diferente, de original e sei mais lá o que, que assim seja.
Eu vim pra esse mundo destinado a ser eu. E serei eu, independente dos rótulos ou do que cada um escolhe achar que sabe ao meu respeito, ninguém mais sabe melhor do que eu quem eu sou, por conta disso, eu não me preocupo mais com ser chamado de esquisito ou de estranho, de exótico ou de anormal, posso ser tudo isso, de acordo com o ponto de vista de pessoas que vivem presas ao convencionismo da nossa sociedade, mas independentemente disso, eu estou interessado é em seguir a minha vida, sem precisar agradar a ninguém além de mim, em ser o que me agrada e se no meio do caminho eu agradar alguém com os mesmos princípios que eu, ótimo, mas se eu não achar também, estarei de boa, pois o que me importa sou eu. E eu, por incrível que possa parecer para muitos, mesmo fora da curva, estou muito bem.

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