Esquisitos, Somos Muito Esquisitos

Esquisitos, Somos Muito Esquisitos

Engraçado que pessoas esquisitas acabam sempre se aproximando, falo esquisitas no sentido de serem diferentes do senso comum, aquelas pessoas que são tidas como foras da casinha, mas que na verdade, apenas aprenderam uma forma diferente de viver a vida delas. Elas apenas não são iguais ao senso comum, são tidas esquisitas, mas aprenderam a viver bem as suas vidas e se atraem umas às outras.

Falo isso, pois é o que tem acontecido comigo, eu encontrei alguém que é tão esquisita quanto eu, achei alguém que me faz realmente parecer normal, encaixado no mundo, alguém que não me faz achar que é errado ou inadequado pensar, agir e falar de certa forma, uma pessoa que me faz me ver que pode existir alguém que seja igual a mim e esse pensamento não mais me parece ruim ou difícil de lidar.

Cada dia a mais de convívio com a Bruxinha é um dia a mais sabendo que existe sim alguém que seja capaz de me fazer crer que nesse mundo existe um lugar normal para mim, um lugar onde eu possa ser eu mesmo, sem amarras, sem máscaras, sem fingimentos, sem que isso me crie grandes problemas, sem que crie horror ou ojeriza na outra pessoa.

Me pego pensando que eu nunca tive isso com ninguém, nunca houve essa conexão mental, astral e espiritual. Forma de agir, pensar, falar e viver são definidoras das pessoas, ou seja, são o que definem quem ela é, o que ela é capaz. No nosso caso, é uma conexão mental, capaz de mostrar o quanto um é o outro e vice versa, o quanto somos iguais em sermos esquisitos, diferentes, foras da casinha, pontos fora da curva.

O que mais chama a atenção nessa história toda é que não temos vergonha de sermos iguais, de nos descobrirmos cada vez mais parecidos, de notarmos as semelhanças nos pensamentos nos desejos, nas formas como nós colocamos nossas vidas, como imaginamos o que queremos e o que não queremos para nós.

Curtimos essas semelhanças, mesmo que elas em mim, causem um pouco de estranheza, afinal, eu nunca pensei que pudesse existir alguém como eu, ainda mais que além de ser como eu, fosse ainda linda, simpática, cheia de vida, ultra interessante. A pessoa é realmente alguém que eu tenho não só carinho e interesse, mas admiração, por saber tudo o que ela é capaz de ser, mesmo que nem ela concorde com certos julgamentos meus a respeito dela.

Acredito que todo mundo entra na nossa vida por algum motivo. Com ela não foi diferente, nos encontramos simplesmente para podermos ver que não somos sós, apesar de únicos, somos os últimos exemplares de seres realmente estranhos e esquisitos, somos aquelas pessoas que não se encaixam normalmente na sociedade, que são difíceis de serem catalogadas, que são difíceis de serem descritas.

Somos o terror dos psicólogos, psiquiatras e psicanalistas, somos indecifráveis, somos estranhos, somos fora do comum, somos diferentes do normal, somos aquilo que nada tem a ver com a normalidade, com a mediocridade, com a vida normal. A gente é o oposto de tudo aquilo que as pessoas pensam para algo simples, a gente é complexo, a gente é multidimensional, a gente vai além da página dois.

Somos escritores, ambos gostamos da fantasia, mas a realidade é o que nos fascina, somos muito certos do que queremos e do que não queremos, acreditamos que a vida pode ser mais do que o que as pessoas comuns imaginam para pessoas como nós.

O que quero dizer, é que não nos preocupamos com a opinião alheia, não estamos preocupados com o que os outros acham de nós, apenas nos preocupamos em ser nós mesmos, em sermos originais, em vivermos nossas vidas, em termos nosso estilo, em emitir nossas opiniões, em respeitar as nossas essências e sermos nós mesmos.

A gente só visa o que nos faz bem e nos ocupamos somente com isso e não nos ligamos com as coisas ruins que os outros nos trazem. Assim sendo, apenas queremos seguir nossas vidas sem nos importarmos com o que os outros julgam melhor pra nós, mas somente com aquilo que nos faz bem e nos permite sermos felizes.