terça-feira, 19 de abril de 2016

A Teoria da Piscina de Merda

A Teoria da Piscina de Merda

Você já ouviu falar da teoria da Piscina de Merda? Pois então vou te introduzir numa das maiores teorias sobre cometermos erros e fazermos besteiras em nossas vidas e que apesar dos avisos, das indicações, dos recados, das interações contrárias, das manifestações do universo a nossa volta, a gente ainda assim, mergulha numa grandessíssima piscina cheia de merda, embora com a consciência tranquila, de sabermos o que estamos fazendo, ainda assim, após sairmos do mergulho, nos surpreendemos por estarmos malcheirosos e cobertos de excremento.
Daí você se pergunta, mas isso ocorre mesmo? É claro que ocorre! É até bem comum, é aquela sensação de ver o muro se aproximando, de você ter a certeza de que o muro vai se mover pra você passar, mas de repente você mete os cornos no muro e se surpreende com isso.
Chega a ser até engraçado isso, pois você sabe que o muro é um objeto inanimado, mas ainda assim você tem a certeza absoluta de que o muro vai sair da sua frente pra você passar e quando ele não sai, você realmente se choca com essa situação.
Pois bem, a Teoria da Piscina de Merda surgiu da observação de situações cotidianas da minha vida e da vida de pessoas a minha volta, onde todos os prognósticos eram contrários, onde todos falavam coisas contra uma certa tomada de decisão, seja ela profissional, amorosa, pessoal ou em qualquer outro aspecto da vida, o que importa é ser uma decisão tomada de forma consciente, mas cujas consequências já são perceptíveis e totalmente negativas para você, mas você ainda assim decide que não vai ouvir nada e mergulhar rumo à imensa concentração de fezes.
Geralmente, é mais fácil reconhecer esse tipo de situação quando relacionada ao aspecto afetivo/amoroso, onde uma pessoa começa a conhecer melhor outra e seus amigos, em sua grande maioria já se mostram contrários a esse relacionamento, falam que a outra pessoa não lhe fará bem, que não presta, que não é uma pessoa que valha a pena aquele amigo se relacionar.
Pois bem, aí começa a comparação com a piscina, onde você começa a subir no trampolim de 15 metros, ajeita a roupa de banho, ajusta a touca, coloca os óculos de natação, faz o aquecimento, chega à beira do trampolim, olha pra baixo, verifica que a piscina está cheia de merda, logo em seguida, faz o sinal da cruz, e assim, se lança na imensidão do infinito, em direção à piscina de merda, fazendo as maiores acrobacias, aquele salto ornamental rumo ao mar de fezes.
Embora você já esteja a ponto de entra na merda, você chega à piscina e ainda atravessa toda ela, julgando estar fazendo um bom trabalho, quando sai na outra margem da piscina, você começa a sentir o cheiro ruim, daí se dá conta de que está completamente coberto de merda, aí você tem um choque, se surpreende, fica totalmente sem chão, pois só aí se dá conta do que todos tentaram te alertar, sobre o que todos tentaram te demonstrar: NÃO MERGULHE NUMA PISCINA DE MERDA.
Mas você mergulhou e julgou que ao final dessa travessia você estaria limpo, lépido e fagueiro, cheirando a rosas, mas o que você não se deu conta até esse exato momento é que você mergulhou em uma grande piscina abarrotada de merda, não teria como você não sair disso a não ser malcheiroso e sujo.
Existem pessoas que parecem até que são praticamente as Tartarugas Ninjas, que habitam os esgotos de Nova Iorque, de tanta familiaridade que possuem com essa imundice, pois parecem gostar dessas situações, não escutam avisos, não escutam conselhos, não dão ouvidos aos amigos e quem lhes quer bem.
Como já disse o poeta: Quem não escuta cuidado, escuta coitado. E aí é que mora o perigo. Quando você se acostuma a coisas ruins na sua vida, você acaba achando que isso que é o comum, que isso que é o que deve acontecer, não se preocupa com mudar esse panorama e acha que embora todos digam o contrário, aquela vez vai ser a que vai mudar tudo, dessa vez será diferente.
Eu sou pragmático, então, ouço muito os outros, principalmente pessoas que tenham mais experiência que eu em certos assuntos, que possuam mais conhecimento científico que eu, pessoas que tenham mais vivência que eu, que possam me agregar mais valor e conhecimento, para que eu encurte meus caminhos para a glória.
Não que eu nunca tenha mergulhado em uma piscina de merda. Às vezes a gente sabe que a situação tem aquele selo: “É cilada, Bino!”, mas ainda assim, a gente insiste em fazer a coisa do nosso jeito, em alguns casos, meramente por capricho ou birra, contudo, o resultado de um mergulho nesse tipo de piscina é sempre o mesmo: sair malcheiroso e sujo, coberto de merda.
Não há consequência boa de um mergulho desses, invariavelmente você terminará emporcalhado, em situação desfavorável, surpreso e quase sempre envergonhado de ter se metido nessa cilada, mesmo, embora, você tenha sido o único e exclusivo responsável por se enfiar em tal situação. Claro que o arrependimento posterior é totalmente cabível, necessário e até mesmo louvável, mas acima disso, o bom, é aprender a perceber quando estamos nos metendo nessas situações, quando nós estamos expostos a um mergulho numa piscina assim, para que evitemos isso.
Afinal, ninguém sai cheiroso depois de um mergulho em uma piscina de merda, mas ninguém também está livre de ser conduzido até a beira do trampolim e ser empurrado de lá, seja por um capricho, por vaidade ou por qualquer outro sentimento menos nobre.
Sabe aquela situação em que a esmola é demais e o santo sempre desconfia? Pois é bem por aí, você pode se prevenir de determinados erros e deslizes e mergulhos, mas ainda assim corre o risco de tomado por vaidade, cego de desejo ou até mesmo por burrice, não dar ouvidos a mais nada e ninguém e aí quando perceber, vai estar na beira do trampolim, prestes a ser empurrado.
De qualquer maneira, a Teoria da Piscina de Merda está aí, explicada, exemplificada e demonstrada com clareza para vocês, meus queridos. É uma grande teoria moderna, onde cada um pode tirar o melhor proveito dela, evitando de se colocar em certas situações.
Dedico essa teoria a todos os meus amigos e amigas que em algum momento já me ouviram falar dessa teoria e hoje levam uma vida um pouco melhor, escapando de certas ciladas em suas vidas e de mergulhos indesejados num mar de merda.

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