sábado, 5 de março de 2016

Se Perguntar O Que É O Amor Pra Mim...

Se Perguntar O Que É O Amor Pra Mim...

Continuando a temática de ontem, resolvi me estender no tema do amor. Afinal de contas, como disse o poeta: “Até hoje ninguém conseguiu definir o que é o amor”. Não vou aqui dizer o que é o amor, não tenho essa pretensão, aliás, acho que ninguém deveria ter, nem mesmo os poetas, que conseguem falar coisas belas a respeito do tema, mas que mesmo assim, nem eles conseguem transmitir o que é o amor para todos as pessoas.
O amor é um sentimento individual, e assim o sendo, cada um o sente de uma forma específica. Claro que existem as ideias genéricas, que se aplicam como ideia básica para todas as pessoas, contudo, a ideia básica não é o que podemos ter como certeza absoluta de tudo o que o amor significa para todo mundo.
Digo isso de forma bem tranquila, afinal, eu já senti o amor, e embora você possa amar sozinho, o certo mesmo é o amor correspondido, aquele amor a dois, aquele amor que dá frutos, passando a ser a três, a quatro, a cinco... Pois gerou uma família, diretamente daquele amor.
Amor não se obriga a outra pessoa, amor é no máximo troca, mas geralmente é doação. É alguém dar, sem pensar em receber nada em troca, a partir do momento em que você se entrega, o amor já não é mais seu, o amor é do outro, e aí, você é passageiro da boa vontade do amor. Se ele será correspondido, se será mágico, se será vibrante, se será maduro, se será explosivo, se será ciumento, nada disso mais é por opção sua, é só por vontade do amor.
O amor entrou em minha vida numa tarde de 98, quando entrei na sala de aula e lá estava sentada uma mulher que, na época era uma menina de 14 anos e eu fazendo meus 16 anos. Ela não foi com a minha cara, pra variar, as pessoas não vão com a minha cara, de primeira, mas com o tempo a gente se entendeu, consegui descobrir porque de eu sempre pensar nela, de querer estar perto dela e tudo mais, e com o tempo, desenvolvemos uma amizade que perdura até hoje.
Parece aquela música do Fundo de Quintal que trata do Primeiro Amor. Aquela que diz que o primeiro amor enche de alegria qualquer coração, que traz para as nossas vidas a mais doce ilusão... Pois bem, eu alimentei pela Ana um amor infantil, mas que eu não tinha ideia no que daria, e tal, foi um sentimento que me fez amadurecer muito, afinal eu me importava pela primeira vez em minha vida com alguém que não era da minha família ou fosse minha amiga, eu me importava com alguém, simplesmente por amá-la, querer seu bem e desejar as melhores coisas do mundo pra ela, antes mesmo do que pra mim.
Acho que o amor é isso, entrega, doação, saber que a outra pessoa não é obrigada a sentir o mesmo do que você e ainda que o amor não se obriga, ou ele existe ou ele não existe. Num outro dia, conversava animadamente com uma moça no ônibus e tratávamos do assunto do amor, ela dizendo que estava saindo com um cara e que tinha parado de ficar com ele, pois ela percebeu que não gostava dele.
O cara falou pra ela que eles deveriam de insistir naquilo, que com o tempo ela se acostumaria com ele e iria acabar se apaixonando... Fiquei bem intrigado com a posição dela, pois geralmente as mulheres fantasiam mais essas coisas, acreditam mais nas teorias de histórias de amor mirabolantes. Mas como diz, histórias de amor mirabolantes, são mirabolantes e por isso mesmo exceções e não regras.
A regra de uma história de amor é ela ser construída a partir de um interesse em comum, quando as pessoas estão dispostas a se entregarem para uma outra pessoa, viver uma paixão, um relacionamento e por fim, uma bela história de amor. Essas histórias são as não contadas, que são aquelas que passaram por percalços reais, por problemas reais, foram vividas realmente e não construídas no imaginário coletivo.
Eu acredito que todo mundo veio para esse mundo para ser feliz, não existe qualquer motivo para que a pessoa não seja feliz ao vir para esse mundo. Claro que fatores externos podem fazer uma pessoa ser infeliz, com toda a certeza, mas no todo, no que nos tange, a felicidade é realmente uma obrigação individual, assim, a busca pelo amor é uma parte da felicidade, mas também não é obrigação.
Ser feliz no amor é o mínimo que se espera de alguém que abre o seu coração e sua vida para compartilhá-las com uma outra pessoa. Por isso mesmo, acredito sempre no amor, seja lá ele quem e o que for.
Continuarei buscando alguém que acredita nos mesmos princípios ideológicos do amor que eu. Sei que é complicado achar quem pense assim também, mas com esse espaço aqui, estou cada vez mais, percebendo, que não sou o último romântico e muito menos um pragmático sem coração, sou apenas mais um cara que só quer parar na frente de uma mulher, olhar em seus olhos e ver que o seu mundo só está completo quando está com ela.

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