Todo
Carnaval Tem Seu Fim
Adoro
carnaval, coisa de paixão mesmo, de querer me fantasiar, acompanhar desfile de
escola de samba, curtir uns blocos e acima de tudo, por o meu bloco na rua, para animar a mim, aos meus amigos, meus
familiares, aos foliões e a mim também.
Hoje
o carnaval finalmente se encerra pra mim, esse foi um ciclo que começou em
abril do ano passado, com a escolha do enredo do carnaval 2016, daí veio a luta
para conseguir a liberação junto a Rio Tur em agosto, depois, aguardar até
dezembro para saber se seria aprovado o bloco, em janeiro pegar a liberação e
depois organizar todo o carnaval em si, com bateria, estrutura, camisas e
afins, tudo para sair o mais perfeito possível.
Durante
o desfile, ter o prazer e o privilégio de ser o intérprete oficial do É Pequeno
Mas Não Amolece, ainda mais nesse desfile maravilhoso, foi mais que especial, é
inenarrável, ver as pessoas se divertindo, curtindo, sorrindo e brincando,
aproveitando de um sonho seu e dos seus familiares que começou literalmente na
garagem da sua casa, não tem preço.
Depois
disso tudo, mereço o descanso dos justos. Ainda estou na adrenalina da coisa
toda, acordei cedo hoje, ainda elétrico, cheio de vontade de que o dia de ontem
não acabasse nunca, pois pude fazer algo que eu gosto, cercado de pessoas que
eu adoro, amigos que vieram prestigiar o bloco, pessoas que apareceram em cima
da hora, gente que ouviu o samba rolando e foi atrás da bateria. Tudo isso só
porque um dia, a gente ousou fazer uma brincadeira na garagem de casa, pra
curtir um bloco, sem correr o risco de pisar no xixi, de ser assaltado, de ter
briga, de beber cerveja quente ou de qualquer outra intempérie que acontecem
nos carnavais de blocos famosos.
As
pessoas nos perguntam porque que não colocamos nosso bloco na praia, não
fazemos algo maior, mais grandioso, algo mais profissional e tudo mais. A gente
simplesmente não faz porque não tem interesse. Pra gente é gratificante
conhecer os foliões que frequentam o nosso carnaval, poder nomear todas as
pessoas que aparecem nas nossas fotos ou que estão no arrasto da Bateria Pura
Potência, saber quem está no nosso bloco é o diferencial pra gente.
Não
precisamos de 100000 pessoas seguindo o nosso carro de som, precisamos de
pessoas que incentivem o nosso carnaval, que estejam dispostas a ajudar, que
entendam o espírito do nosso bloco, o nosso estilo de carnaval, que é por a
nossa galera para participar do nosso Majestoso Desfile, seja da forma que for,
tocando, cantando, andando de perna de pau ou simplesmente curtindo a bateria.
Claro
que o bloco está crescendo, claro que o bloco está ficando famoso, claro que
estamos atraindo mais olhares, mas a nossa essência ainda é a mesma, é a
vontade de estar se divertindo em um dia totalmente voltado para o carnaval de
rua que a gente curtia quando era pequeno no subúrbio carioca. Local cheio de
amigos, gente feliz, crianças, jovens, adultos e idosos, todos cheios de vida,
alegria e disposição para correr atrás do som do samba.
Esse
carnaval nos trouxe a certeza de que iremos seguir em frente com essa nossa
brincadeira de garagem, almejando sempre mais e mais, dar mais conforto, mais
diversão, mais qualidade, mais felicidade e acima de tudo, ser mais Pequeno.
Todo
carnaval tem seu fim, o nosso se encerrou ontem, às 20 horas da noite, na praça
Professor Henrique Niremberg, com a lua já no alto, a noite caindo, os
instrumentos já parados, a voz já mais avariada, mas com o sentimento de que o
dever foi cumprido com louvor.
Esse
carnaval pode ter chegado ao fim, mas amanhã já iniciamos a batalha para em
2017 o É Pequeno estar novamente na rua, fazendo um carnaval ainda melhor para
os nossos foliões e também para nós.
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