No
Tabuleiro De Xadrez Que É Gostar
Quando
a gente resolve gostar de alguém, tomamos uma atitude pensada e consciente,
onde temo que ter a certeza do que estamos fazendo, para o bem e para o mal.
Onde qualquer decisão que nós tomemos será para nós mesmos, será aquela que
poderá mudar nossas vidas para sempre.
Falo
gostar como ato de se interessar por alguém, permitir que esse alguém derrube
suas barreiras e travas iniciais, passando a abrir espaço na sua vida para
aquela pessoa, tornando-a cada vez mais presente em sua vida, seja com
conversas diárias intermináveis, mensagens bobas nos aplicativos de smartphone,
encontros ou até mesmo com um relacionamento.
Gostar
é diferente de se apaixonar, que é diferente de amar. São gradações numa mesma
escala de sentimentos. Essa escala de sentimentos só serve para pessoas pragmáticas,
para pessoas que são assim, a escala começa com “Chamar a Atenção” (algo no
outro te atrai, você observa, é um sentimento bem básico, pode ser despertado
pela beleza, a voz, o corpo... Tanto faz), depois que chama a sua atenção,
desperta o seu “Interesse” ou “Encantamento” (quando você passa a querer saber
mais sobre a pessoa, tenta descobrir seu nome, endereço, telefone, interesses
em comum, para saber se você vai se permitir gostar ou não da pessoa).
Daí
vem o “Gostar”, quando você resolve gostar de alguém você já juntou informações
suficientes sobre a pessoa, para saber se será algo que será bom para você ou
não, aí, você desperta o interesse, se permite abaixar o nível de segurança pro
seu coração, vai conhecendo melhor a pessoa, em busca de se apaixonar, fazendo
a escolha consciente de que deve escolher aquela pessoa para se apaixonar. Você
escolhe gostar, e a partir daí, você está gostando e simplesmente vai vivendo o
sentimento.
Muitos
de vocês vão dizer: Mas Victor, não escolhemos por quem nos apaixonamos, a
gente se apaixona e pronto, não tem como evitar isso. Bem, eu já disse que não
sou uma pessoa normal, que tem o pensamento funcional normal, funciono de forma
diferente do ordinário, então, a mim não se aplicam as regras normais do amor.
Nunca me apaixonei à primeira vista, comigo sempre ocorreu de seguir a escala
de sentimentos que vos apresentei, sendo assim, posso afirmar que comigo, só
rola assim.
Então,
assim, estou numa fase em que quero me apaixonar, quero mesmo, quero ter alguém
pra mim, mas tá difícil escolher. Existem algumas opções muito boas, atualmente
para mim, sejam por serem pessoas interessantes, sejam por me fazerem bem, seja
simplesmente porque eu vejo muito potencial nelas, mas me falta ainda a certeza
de que qualquer das escolhas será A Certa!
Pois
é, como eu também já disse em um outro post, no amor, tudo é aposta, você nunca
terá certeza de nada, sempre vai ser um tiro no escuro, pois o amor é um jogo
de azar. No entanto, eu sou uma pessoa pragmática, odeio pisar em ovos, logo,
eu tenho uma compulsão por controlar a situação, então, acabo tratando esse
jogo de azar, na verdade, como um jogo de xadrez, onde cada movimento é
calculado, estudado, pensado no objetivo final, que seria sempre o xeque-mate.
Nesse
caso, meu xeque-mate seria iniciar um relacionamento saudável, visando algo
mais sério, maior, com alguém que seja companheira, me entenda, esteja na mesma
vibe que eu, que tenha os mesmo princípios, virtudes e objetivos que eu, que
entenda meu humor, encare com tranquilidade meus defeitos, minhas neuras e meus
surtos, que entenda que o relacionamento tem que ser pensado para ser para
sempre, mas que sempre não é todo dia.
Conseguir
isso é o objetivo, é a meta, é o gol a ser marcado, do meu jeito, de forma ordenada,
pragmática, sem fraquejar na busca, afinal, o jogo já tá quase acabando e em
poucas jogadas vou definir se vai rolar o xeque-mate ou se vou ter que jogar o
tabuleiro pro alto, acabar com esse jogo e recomeçar tudo, do zero, desde o
início, ajeitando peça por peça, executando jogada por jogada, passo a passo,
cada etapa na sua vez, buscando dar o movimento final para chegar ao último
xeque-mate da minha vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário