domingo, 3 de fevereiro de 2019

Desabafo De Um Poeta


Desabafo De Um Poeta

Não me pergunte a razão de eu fazer isso
Não vou ter uma resposta certa para te dar
Aliás, talvez nem tenha resposta alguma
Eu apenas faço, pois eu sou assim

Não tenho pressa com as coisas
Mas também não deixo o tempo passar
Só que eu vivo do meu jeito e como eu quero
Pois isso é melhor para mim

Não sou de meias verdades ou meias palavras
Eu digo exatamente aquilo que eu penso
Sem medo das consequências
Pois eu já não temo mais o fim

Não busco aplausos, muito menos fama
Não busco os holofotes, nem bajulação
Eu sou diferente do senso comum
Sou grama quando só plantam capim

Não me deixo levar por coisas banais
O vil e o ordinário não me chamam a atenção
Eu gosto do que encanta
Quando buscam o ouro, eu quero o marfim

Não faço arte por escolha, mas sim por vocação
A arte não me chamou, apenas me acolheu
Foi apenas a minha luz no fim do túnel
Ou o som da harpa de um querubim

Não sigo tendências ou sou replicante
Eu faço aquilo que toca a minha alma
Aquilo que sai de mim como catarse
Por mais que eu não esteja a fim

Mas a escrita me dominou a vida
E será assim até o último instante
E quando chegar o dia do meu derradeiro verso
Que meus textos alegrem o meu gurufim

Nenhum comentário:

Postar um comentário