terça-feira, 25 de junho de 2019

No Calabouço


No Calabouço

O calabouço da alma lhe prendia
Atando aos grilhões de mágoas
Chorando pela dor que lhe perseguia

Refém de um passado sofrido
Com desamores e desilusões
Sorria para esconder o choro contido

Abraçou a dor como colete salva-vidas
Achando que a mesma lhe teria pena
A dor se diverte com almas sofridas

Perdeu a sanidade ao partir seu coração
Uma lobotomia se faz necessária
Para curar uma mente em abstração

Se o fundo do poço tem o cheiro do amor
Tente escapar cavando com as suas mãos
A paixão não pode causar tanto clamor

A catatonia de um coração errante
Cansado de tanto desprezo alheio
Sofre buscando o amor, pobre recalcitrante

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