Diário De Um Conflito
Olho para dentro de mim e não vejo respostas
Me
arrasto na beira do abismo de mim mesmo
Sufocado
por todos os meus pensamentos
Só
encontro dúvidas e devaneios
Por
mais que tais conflitos me massacrem
Ainda
me deparo com os meus anseios
Questiono
as minhas escolhas mais pessoais
E
não chego a uma conclusão que o valha
A
guerra acontece dentro de mim
Como
se a dicotomia humana não bastasse
Ainda
me permito ter mais nuances
As
coisas não são só o preto no branco
Na
minha mente há cores
Que
se subdividem até o infinito
Criando
uma variedade múltipla de possibilidades
Me
deixando em constante batalha comigo mesmo
E
meu instinto bélico se aguaça
Preciso
lutar por mim mesmo
Para
descobrir exatamente o que eu sou
O
que eu fui e o que eu um dia serei
E
nessa minha guerra interna eu nunca venço
Eu
sempre me vejo perdendo
Há
dores que me fulminam
E
há dores que me engrandecem
Eu
só posso me contentar em ser o que sou
Aceitando
as dores e as delícias que isso me provoca
Por
mais que lute, sempre acabo errando
Por
mais que eu queira, sempre serei o culpado
Não
há armistício ou acordo de paz
Aqui,
os conflitos são diários e sangrentos
Matam
por dentro as esperanças de quem um dia
Os
sonhos de criança se tornassem realidade
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