sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O Sentido Da Vida

O Sentido Da Vida

Uma das minhas leitoras mais queridas, a Lurdinha Bevilacqua me sugeriu escrever sobre o sentido da vida. Eu acho esse um tema superinteressante, pois acho que é uma das poucas questões em que passamos a vida inteira para respondermos. Afinal de contas, podemos dar um novo sentido a nossa vida a cada novo dia, a cada novo instante, a cada novo respiro que damos.
Quem me conhece, sabe que já passei por poucas e boas na minha vida, mas que a minha depressão foi algo que realmente me marcou profundamente. Hoje posso falar que me marcou para melhor, pois foi ela que me fez dar um novo sentido para a minha vida. Foi ela que me fez ver a vida por um novo prisma, mudar a forma como eu analisava a vida até então.
Me libertei de pensamentos que eu tinha, parei de valorizar coisas que agora vejo, eram sem importância e passei a dar valor as coisas que eu negligenciava até então. Esse período ruim que passou, me serviu para aprender sobre mim mesmo, afinal, fui fazer análise e pude olhar mais para dentro de mim e deixar de lado os paradigmas que tinha criado até então para a minha vida.
Engraçado que ao falarmos de sentido da vida, geralmente colocamos arrumar um bom emprego, ganhar dinheiro, comprar coisas, ter uma boa qualidade de vida... E tudo isso é curioso, pois cada um de nós é um ser, cada um de nós é um indivíduo e ainda assim, temos que suportar as imposições de uma sociedade doente como a nossa, que obriga você a ter, a ser e a consumir sempre o máximo que essa sociedade julga o certo.
Quando paro para ver quem eu era e quem eu sou, posso ver o quanto me livrei dessas obrigações impostas pela sociedade, que davam um sentido para a minha vida que não era O sentido da minha vida. E aí está o ponto que eu quero tratar aqui, não posso falar do sentido da vida de todos, posso falar do sentido da minha vida e o que é que me faz me sentir bem, realizado e satisfeito com o meu viver.
Claro que criei um conceito que pode ser aplicado a todos os seres humanos, um conceito de sentido universal da vida, algo que toda e qualquer pessoa na face da Terra pode focar e fará com que sua vida seja excelente e valha a pena. Por mais que eu me desvie da ideia central, por mais que eu tente ver outras coisas, sempre que eu penso nisso, me vem à mente o pensamento de buscar a felicidade e estar de bem comigo mesmo.
E aí que mora a principal questão desse conceito de sentido da vida, pois Deus, Jah, Javé, Buda, Shiva ou qualquer outra divindade em que você acredite resolveu te colocar aqui nesse mundo cão, Ele te colocou aqui para você ser feliz. Todas as religiões trazem ensinamentos, muitos deles ainda mais específicos, dando diretrizes e tudo mais, porém, no fim das contas, a ideia básica, aquela que fez com que essas divindades tivessem quisto trazer os seres humanos a vida, é tão somente a felicidade de cada indivíduo.
Tá, você não acredita em divindades, acha isso baboseira. Eu te entendo, de verdade, não critico. Mas isso não inviabiliza a minha tese, afinal, você está nesse mundo, você está aqui e tem um propósito a cumprir em sua trajetória. E qual seria esse propósito? Simples, ser feliz! E digo isso tranquilamente. Ninguém passa por esse mundo para sofrer. Não importa se você é o Bill Gates ou o Fernandinho Beira-Mar, sua missão ou seu propósito aqui, nunca foi sofrer, mas sim, ser feliz.
Esse é o aspecto coletivo do sentido da vida, mas o aspecto individual é você identificar o que te faz feliz. Para muitas pessoas, a felicidade está em ser rico, ser admirado, ser belo, ser famoso, ser inteligente... Reparou? Todos esses conceitos são relativos, nenhum deles é concreto, afinal, depende do que cada um de nós julga ser rico, admirado, belo, famoso e inteligente. Entende?
Não dá para ser taxativo sobre isso. E isso foi uma coisa que me fez entrar em depressão, pois eu me pautei por anos nos conceitos dos outros, buscando um emprego que os outros julgavam ideal, buscando o modelo de família que os outros julgavam ideal, buscando fazer aquilo que os outros julgavam ser o ideal, deixando de lado justamente o mais importante, eu estou aqui nesse mundo para me fazer feliz.
E para mim, o que é ser rico? Ser rico para mim é ter saúde e não depender dos serviços hospitalares tanto público quanto privado, que estão em estado de calamidade. É poder pagar meus luxos, sem que eu precise gastar a minha saúde para conseguir isso, é eu ter milhares de amigos e pessoas me querendo bem.
Ser admirado? É eu ter pessoas que fazem questão da minha companhia, que gostam de mim e das minhas ideias, que buscam a mim para se aconselharem, não por me acharem o suprassumo em um determinado assunto, mas, tão somente por verem em mim uma outra forma de ver a vida e que seja boa para resolver os problemas alheios.
Ser belo? É ter beleza interior, é fazer o bem, é espalhar amor, é fazer com que todas as pessoas que estejam a minha volta se sintam bem com elas mesmas, é tratar todos como iguais, é não passar por cima de ninguém, é fazer as pessoas a minha volta crescerem como seres humanos, é levar sempre paz e amor por onde quer que eu passe e ainda ser lembrado quando longe por essas mesmas pessoas.
Ser famoso? Para mim é ser lembrado por quem me ama, ser lembrado como exemplo de amor pelos parentes, é poder chegar em qualquer lugar e ser bem quisto, é não despertar inveja nos outros, é poder ver pessoas torcendo por mim, simplesmente por quererem ver o meu bem.
Depois que passei a aplicar esses conceitos em minha vida, passei a ser mais feliz, a ver a felicidade com mais facilidade, pois não preciso mais de coisas superelaboradas, passei a ver a felicidade nas coisas pequenas. Seja no abraço gostoso que minha sobrinha me dá todo dia quando ela acorda, seja nas palavras de amigos, seja no acordar bem disposto...
Hoje, a minha felicidade sou eu quem faço, não preciso de mais nada ou ninguém, estou fazendo o que eu gosto para viver, tenho casa, comida, tenho amor, posso dar amor, tenho a minha paz de espírito, tenho a minha vida organizada e estou batalhando para conseguir ser a pessoa que me propus a ser. Aprendi na minha vida, depois de muitos tombos e problemas, que o maior sentido que posso dar para ela é esse, ser feliz é uma obrigação.
Mas não é uma obrigação para os outros, é uma obrigação para mim. Tenho que ser feliz sob os meus conceitos de felicidade, fazendo o que me faz feliz, o que me completa, o que me dá satisfação. Então, sobre o sentido da vida, para mim é sempre para frente, em busca da felicidade e a felicidade está dentro de cada um de nós. Só quando encontramos a nós mesmos, encontramos o real sentido para a nossa vida, que é sermos felizes e espalhar amor ao mundo!

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