quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Fundidos


Fundidos

Quando ato meu corpo ao seu, me acabo
Me faço e refaço tudo o que me dá prazer
E ter você é um ato, visão de um mundo abstrato
E o prazer me consome de fato e por direito
Conceito aberto de pouca importância
A única relevância é estar contigo em meus braços
Atando mais forte os laços que te prendem na cama
Você se recama e depois reclama, mas nada demais
Pois você pede mais e só se satisfaz depois que inflama
E quando me chama, meu corpo em chama te deseja
E aí você vem e me beija e depois se deita
Como uma gueixa pedindo mais de mim

E não é o meu fim, é só o começo
E meu corpo teso em cima do seu corpo
Me finjo de morto e te faço o meu porto
E você do meu peito a sua morada
Descarada, me toca como se eu fosse uma flauta
Pauta meu prazer em notas de uma escala
E quando você dá pala, eu não me contenho
E meu desejo ferrenho vem com força
Por mais que você se contorça o prazer não acaba
E você se acaba, mas logo se reanima
E se aproxima pedindo mais
E de novo na beira da cama

E se faz de mucama, mas não esconde
O desejo te consome e você se dá mais uma vez
E pede de novo, querendo o prazer do meu corpo
Por mais que você me olhe torto, virando os olhinhos
Te agarro com força para não deixar escapar nada
Desencanada, se joga na cama como se não tivesse amanhã
Suco de romã para brindar uma noite de paixão
Nossa união ninguém pode quebrar
Fundidos por Eros, ungidos
Sem nome, mas com seu endereço
Esse amor eu te agradeço
Rezando que nada possa nossos corações separar

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