terça-feira, 17 de setembro de 2019

Sorte De Navegador


Sorte De Navegador

Te olho ao largo e já nem consigo ver aquilo que me faz bem ou me faz mal
Só vejo em você a força sobrenatural que me prende a você
Pensando se isso é ou não é uma interdependência simbiótica
Ou apenas o que os loucos chamam, inadvertidamente, de paixão
Pois, tento me livrar de toda a afasia que sinto
E me prendo ainda mais aos nós com que me ata
Notando o quanto a luz que me ilumina tem o brilho dos teus olhos
Mas me forço a crer que nada disso pode ser verdadeiro
Afinal o amor não foi feito para doer no peito
E quando eu paro e penso no que é o amor
Só consigo ver meu barco velejando para o desfiladeiro
E por mais que eu busque portos e boas paradas
Eu sinto que só em você eu encontro um cais
Se sou barco sem vela ou motor, largado à deriva
Abandonado a própria sorte de navegador
Observo as estrelas para encontrar um caminho
Ou ao menos, uma esperança de um dia encontrar
O farol que me levará de volta para os seus braços
Por mais que eu navegue para longe, eu sempre volto
A solidão do mar é mais suave que a falta de você

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