Solteiro No Dia
Dos Namorados?
Estou solteiro no
dia dos namorados. Sim, isso não é proibido, aliás, acho até que passei mais
dias dos namorados solteiro do que namorando na minha vida. E nunca tinha me
parecido que havia essa cobrança que sinto hoje para que eu namore. Sempre foi
leve, mas não sei porquê, mas esse ano, parece que o mundo está cobrando de mim
que eu arrume qualquer pessoa só para mudar o meu status nas redes sociais,
levar amanhã pra sair, comprar presente e tirar várias fotos para por nas
minhas redes sociais. E essa cobrança vem de todos os lados, amigos,
familiares, conhecidos, comerciais na TV...
Engraçado como
todo mundo acha que tem sempre um conhecimento maior sobre como você deve viver
a sua vida amorosa, né? Por exemplo, hoje é dia dos namorados e eu estou
solteiro. Sim, solteiro e não vejo problema nisso. O problema na verdade é que
muita gente vê problema nisso. As pessoas realmente não se preocupam com a
felicidade alheia, só querem saber se eu estou com alguém ou não. Como se isso
fizesse diferente para a minha felicidade.
Curioso, que
também estou me aproximando do meu aniversário, faço 35 anos em agosto e
diferentemente do que muitos pensam, estou na minha melhor fase, estou bem
comigo mesmo, estou com a cabeça no lugar, estou com os meus planos e objetivos
traçados, encarando a vida de forma positiva, envolvida em novas experiências e
tudo mais.
Mas isso é algo
que não chama a atenção, afinal, todo mundo tem um plano muito bem traçado na
cabeça de como devem ser as vidas das pessoas. Deve existir um manual para a
vida, que as pessoas receberam ao nascerem, mas que por algum acaso eu não devo
ter recebido o meu e por isso mesmo, não dou tanto valor assim aos
convencionismos e as ideias comuns de vida que as pessoas traçam como o ideal,
afinal de contas, não compactuo com a ideia de que alguém precisa se casar com
35 anos (apesar de que o sábado passado era a data do meu casamento, embora eu
não fosse me casar por isso) ou ter um filho até os 40 anos.
Eu por muito tempo
em minha vida, me preocupei com o que os outros iriam pensar, o que esperavam
de mim, qual a impressão que eu passava, o que eu deveria fazer para ser mais
aceito pela sociedade, o que mais que eu poderia fazer, para me encaixar nas
expectativas das pessoas. Ocorre, que não funcionou muito bem esse plano pra
mim. Tentei ser exatamente como as pessoas esperavam, cumprir com as metas
impostas pela sociedade, viver de acordo com esse convencionismo de que eu
precisaria casar, ter filhos e tudo mais.
Contudo, esse
plano não deu muito certo, em grande parte, justamente por conta dessa minha
incapacidade de ser o que o senso comum espera de mim. Sou uma pessoa que se
forjou em ensinamentos católicos, mas acima de tudo, em ensinamentos de vida.
Passei muito tempo crendo que a felicidade seria alcançada somente se eu
cumprisse com os objetivos traçados no tal manual de vida que não recebi, mas
que todo mundo me falava. Acreditei que para ser feliz, só depois que eu
conquistasse todos os objetivos que eu tinha, igual a um jogo de WAR.
Eu perdi tanto
tempo com essa ideia, mas tanto tempo acreditando que isso era o certo, que
acabei me frustrando com isso tudo, achando que por algum acaso eu estava
fazendo tudo errado, eu estava prejudicando a minha felicidade, por não
conseguir me encaixar no ideal de felicidade, casando e tendo filhos,
simplesmente porque eu, diferentemente de muitas pessoas, acredito que o casamento
é um sacramento, por isso mesmo, tem um valor muito maior do que simplesmente
uma cerimônia para se ter várias fotos bonitas e reunir amigos e família para
curtirem uma festa e comerem e beberem com você e sua alma gêmea.
Ou seja, acredito
que quando for para me casar, será realmente a transformação de duas pessoas em
uma só, aos olhos de Deus, algo que não poderá ser desfeito, por mais que as
pessoas hoje em dia acreditem que se não estão satisfeitas com um casamento
elas simplesmente pegam, abrem mão da relação e fica tudo bem. Não penso assim,
não acho certo, acho que casamento é pra toda o sempre. Simples assim.
Mas vamos voltar
aos objetivos que as pessoas traçam para nós, eu não sou obrigado a me casar só
porque as pessoas acreditam que isso é o certo. Cada um de nós têm as suas
certezas, algumas das minhas são diametralmente opostas ao que pensa o homem
comum, por isso mesmo, não estou preocupado em casar e ter filhos, embora eu
ache que vá ser um bom marido e um excelente pai, mas essas não são minhas
prioridades momentâneas.
No momento, o que
eu mais desejo é estar feliz. Sim, parece algo simples, né? E é algo que o
senso comum não se preocupa muito. As pessoas cobram se você engorda demais, se
você emagrece demais, se você sai com muitas pessoas, se você não sai nunca, se
você se formou, se você tá ganhando bem, se você tá morando sozinho, se você tá
comprando apartamento, contudo, ninguém para, olha nos seus olhos e te pergunta
se você está feliz.
Impressiona, que a
felicidade é supérflua, aliás, sempre foi, mesmo quando eu estava namorando e
depois quando noivei, as pessoas me perguntavam diversas coisas, se o casamento
já estava marcado, se estávamos vendo casa, onde seria a festa, qual o tamanho
da festa, mas ninguém parava e perguntava se eu estava feliz, ninguém queria
saber se eu acreditava que esse objetivo tinha sido bem traçado ou se seria fácil
cumprir com as expectativas de todos.
Ocorre que ao me
deixar envolver por esse turbilhão de condicionantes, acabei me perdendo do que
era importante para mim, do que era do meu interesse, do que eram os meus
objetivos. Acabou que algo que eu imaginava que seria algo alegre e feliz para
mim, acabou me tornando uma pessoa muito pior do que eu era, me fez achar que
nunca seria capaz de ultrapassar as expectativas criadas pelos outros por algo
que só deveria dizer respeito à três pessoas: eu, minha noiva e Deus.
Isso tudo me fez
ver o quanto não me encaixo no convencionismo, não gosto do mais ou menos,
gosto do excelente, nem o bom pra mim é o bastante, quero sempre que as coisas
sejam da melhor maneira possível pra mim. Então, se é pra me casar, quero que seja
algo que eu vou gostar, não algo que vai fazer A, B ou C ficarem bem com isso.
Sendo assim, desde
que terminamos nosso noivado, eu me foquei na minha felicidade. Às favas com o
manual da vida, não sou obrigado a ser como todo mundo espera que eu seja, eu
tenho apenas que viver o que eu quero e desejo.
Não preciso que
venham esfregar na minha cara que estou solteiro, pois eu já sei. E tenham
certeza, estou feliz com isso. De verdade, saio, me divirto, não quer dizer que
eu esteja sozinho, abandonado, muito pelo contrário, como diz o sábio: solteiro
sim, sozinho nunca. Então, passar o dia dos namorados solteiro não é uma
tortura como os casais fazem parecer.
Uma das coisas que
consegui aprender com o tempo é que melhor você estar bem com você mesmo, do
que mal acompanhado. De que adiantaria eu arrumar uma namorada pra amanhã, se
no fim das contas eu não estaria feliz, eu estaria com ela só para fazer a felicidade
dos outros e não a minha?
Em alguns muitos
textos eu já falei sobre a minha ideia de relacionamento, mas não quer dizer que
todos devam seguir a mesma fórmula ou viver da mesma forma, claro que não, todo
mundo é livre (você só é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, por força da
lei, se a lei não fala disso, vá em frente e seja feliz)! Eu não vou voltar a
fazer algo para agradar aos outros. Isso não é mais opção pra minha vida. Se eu
tiver de chegar aos 40 anos solteiro, chegarei, se tiver que chegar aos 50 sem
filhos, também. O que conta pra mim é eu estar feliz e fazendo a minha
esposa/noiva/namorada/ficante/peguete/seja o que for feliz.
Estar solteiro no
dia dos namorados não é algo ruim, de verdade. Eu não me sinto incomodado por
isso, os outros deveriam se incomodar menos ainda com isso. Quando eu tiver de
estar com alguém, vou estar, quando eu tiver de namorar com alguém, vou
namorar, quando eu tiver de noivar com alguém, vou noivar e certamente, quando
eu tiver de me casar com alguém, eu irei me casar. Ah, e quando eu tiver de ter
um filho, com certeza eu terei, com o maior prazer.
Portanto, não é
porque vocês falam que eu preciso disso ou aquilo que eu farei algo. Entendam
de uma vez por todas, que cada pessoa é única, não é porque algo funcionou na
vida de A ou B, que irá funciona com o abecedário inteiro. Cada pessoa sabe do
seu ideal, cada um sabe onde pode e deve parar, cada um sabe onde o calo
aperta, cada um sabe o que lhe traz felicidade, cada um sabe o que lhe faz
feliz.
Se você vai passar
o dia dos namorados namorando, aproveite, é muito bom, muito gostoso,
principalmente quando você pode estar com alguém que realmente é sua alma
gêmea, alguém com quem aproveitar cada momento, alguém que te engrandece e te
faz ser uma pessoa melhor. Contudo, não fique com raiva ou reclamando de quem
não está na mesma vibe que a sua.
Quem está
solteiro, aproveite o dia, vai curtir, entenda que o primeiro e o último amor é
o amor próprio e por isso mesmo, você deve estar feliz com você mesmo. Se você
quer encontrar alguém, mas não está conseguindo, não se desespere, esse manual
de vida não é pra todo mundo, a sociedade quer te impor coisas que ela não te
dá, então, não se preocupe, deixe que digam, que pensem e que falem, você não é
obrigado a fazer o que os outros querem.
Sua única obrigação nesse mundo é ser feliz, então, seja feliz, vá sempre buscar sua felicidade, não deixe que nada e nem ninguém te diga que você não pode ser feliz, afinal, só você é quem pode dizer quais são seus objetivos, mas no fim das contas, seja o objetivo que for, seja da forma que for, sempre o que valerá é se você é feliz ou não. E hoje eu posso dizer: Eu sou feliz. E você?
Sua única obrigação nesse mundo é ser feliz, então, seja feliz, vá sempre buscar sua felicidade, não deixe que nada e nem ninguém te diga que você não pode ser feliz, afinal, só você é quem pode dizer quais são seus objetivos, mas no fim das contas, seja o objetivo que for, seja da forma que for, sempre o que valerá é se você é feliz ou não. E hoje eu posso dizer: Eu sou feliz. E você?
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